24 Hold On - Chord Overstreet

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Pov. Richard

– NÃO! – berro, enquanto Noah me segura por trás.

– Rick – chama me chama. – Você não pode evitar.

Minhas mãos tremiam, uma angústia percorria meu corpo enquanto eu via meu irmão, meu Thomas, meu melhor amigo, meu Tommy sendo colocado no camburão da polícia, seus olhos me fitaram pela última vez, mar morto, embrulhando meu estômago. Aquilo não poderia estar acontecendo.

– Vai ficar tudo bem – Thomas tentava me tranquilizar, suas mãos estavam algemadas às costas. Eu sabia, ele queria gritar, sair dali, ser livre, mas não relutava enquanto a porta era fechada. – Anthony.

Foi a última coisa que ele me disse. Anthony.

As luzes foram acionadas, como uma discoteca azul e vermelha. Fiquei na rua por minutos vendo o automóvel desaparecer ao virar a esquina. Tinha a necessidade de correr atrás, de resgatá-lo, apenas levá-lo para casa, mas apenas caí de joelhos no asfalto, manchando minha calça vermelha, começando a chorar.

Tudo desabou na minha frente.

Sinto a mão de Noah em meu ombro, apertando de leve, encarei seus olhos, havia lágrimas não derramadas fazendo com que sua córnea brilhasse na luz refletindo a luz.

– Thomas me pediu para segurar as pontas, lembra? – sua mão esguia deixou meu ombro, mas ficou parada no ar, na minha frente, um convite. Sinto o calor irradiar por todo o meu corpo, eu estava me descontrolando. Então eu peguei a sua mão e ele me arrastou até o carro.

Noah dirige minha Ferrari, suas mãos estavam firmes no volante. O relógio que Thomas e eu lhe demos de presente de natal encontrava-se em seu pulso esquerdo, enquanto minha cabeça repousava no vidro do passageiro. Meu peito ardia, minha cabeça doía, lágrimas ferventes saíam de meus olhos e, pelo retrovisor, pude ver que eles estavam em chamas.

– Andou saindo com alguém esses dias? – O Elfo tentava me acalmar e me distrair. Nada funcionava, nada supria o rombo no meu coração. Minha vida parecia não fazer sentido, mesmo sabendo que tiraríamos Thomas de lá quando a hora chegasse. Eu não parava de chorar.

Acabo ignorando Noah involuntariamente.

Nem sei que horas eram quando cheguei em casa, via a estrada no caminho, mas era uma vaga lembrança, como um borrão – o famoso você enxerga, mas não vê – só prestei atenção, uma mínima atenção, quando já estávamos na frente do portão de ferro.

Passei pela porta de madeira, entrando em casa, querendo apenas meu chuveiro e minha cama. Mamãe, Maddy, Papai, a Caçadora e Kana nos esperavam. A oriental veio tentar nos receber:

– Vocês estão bem? – Que vontade de vomitar, ela fingia que se preocupava, tudo o que ela fazia parecia falso para mim, desde a primeira vez que a vi, o santo não bateu. Eu odiava aquela garota. Queria que ela queimasse.

– Vá embora, garota – esbravejo, sentindo a raiva me consumir. – A culpa do meu irmão estar preso, É TODA SUA!

– RICHARD! – minha mãe me reprimia.

Ignoro e estico o braço apontando para a porta, me contendo para não pegá-la pelos cabelos e chutá-la para fora da propriedade. Eu fui um general, não devo descer meu nível.

– Some daqui, sua puta! – meus olhos brilham, as chamas começaram aparecer nos meus sapatos lambendo a barra da calça. – Saia por aquela porta e não me apareça aqui, nunca mais. Você não é bem-vinda!

Vejo-a se encolher.

– Richard! – mamãe grita. – Isso são modos? Não pode fazer isso dentro da...

O Lobo SangrentoOnde histórias criam vida. Descubra agora