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Judith

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Judith

— Eu vim para devolver os seus presentes. — Vou direto ao ponto. Contudo, ele me lança um olhar confuso que me deixa aturdida. No entanto, giro nos meus calcanhares no mesmo instante para ir pegar as sacolas e caixas dentro do táxi.

— De que presentes está falando?

— Você sabe, o vestido, todos os acessórios e os sapatos...

— Ah, eles não são presentes, Senhorita Evans. — O homem rebate com um tom seco que me incomoda. — Os enviei porque quero que esteja apresentável para o jantar dessa noite.

Largo tudo no chão e logo me aproximo mais dele para olhar dentro dos seus olhos.

— Eu não preciso deles, sua graça. Sou perfeitamente capaz de estar apresentável para qualquer situação, a qualquer hora e em qualquer lugar. Você só precisa me dizer onde e quando que eu estarei lá.

Atrevidamente Thomas se inclina um pouco na minha direção deixando o seu rosto próximo demais do meu e os seus olhos parecem penetrar os meus como o mais afiado punhal. No ato, prendo a respiração, porém, não declino e continuo o encarando firmemente.

— Você é mesmo um desafio, Senhorita Evans. — Ele sibila com um som baixo e áspero.

O desafio?

O que isso quer dizer?

— Tudo bem não aceitar a minha generosidade, mas ir sozinha para o restaurante está fora de cogitação.

O que?!

— Esteja preparada as dezenove em ponto. — Então ele ergue o seu corpo e como se tivesse a droga de um rei na barriga abre a porta do carro para mim. — Até a noite, Senhorita Evans!

— Até a noite, sua graça! — respondo-lhe como um cãozinho que coloca o rabo entre as pernas.

Ah, eu me odeio por isso!

Rosno mentalmente quando o veículo entra em movimento.

As minhas próximas horas foram de pura agonia e me peguei olhando no espelho por várias vezes me perguntando: cabelos soltos ou presos? Vestido longo ou curto? Sandálias de tirinhas ou salto de bico fino? E por que esses detalhes são tão relevantes?

— É apenas um jantar, Judy, nada demais! — ralho comigo mesma e escolho uma roupa entre tantas espalhadas em cima do meu colchão. Opto por um macacão negro, de alça única e larga, com um laço na cintura e saltos altos. Deixo os meus cabelos soltos e faço uma maquiagem leve. E por fim, paro diante do espelho outra vez.

Sorrio para o que vejo.

— Você está perfeita, Judith Evans — sibilo para a minha imagem e assim que seguro a minha bolsa, a campainha começa a tocar.

Um Duque Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora