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Judith

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Judith

Na manhã seguinte...

— Eu não vou fazer isso?! — protesto.

— É claro que você vai! Você está na Inglaterra, Senhora Birmingham. E isso é um lago petrificado de gelo. Precisa apender a patinar...

— Eu não preciso não! — Volto a protestar.

— Eu preciso lhe informar que você não tem outra saída, esposa. — Thomas avisa de um jeito envolvente e galanteador, porém, imperativo. E apenas suspiro, entregando-me ao seu desejo porque eu sei que ele não vai desistir de me convencer a fazer essa loucura. — Agora deixe-me ajudá-la com os sapatos.

Sem alternativas, me sento em uma rocha gelada e Thomas me ajuda a me livrar dos meus sapatos, para colocar os patins de gelo. E enquanto ele faz isso, fito o imenso lago congelado na nossa frente. Meu estômago chega a revirar só de pensar que logo pisarei nessa grossa camada de gelo.

— Pronto. — Thomas fala, endireitando-se e logo ele segura nas minhas mãos para me pôr de pé.

— Não me deixe cair, Thomas! Não me deixe cair! — resmungo em um misto de nervosa e apavorada.

— Olhe para mim, Judy. — Ele pede e eu faço. Seus olhos estão penetrantes agora. E a intensidade das suas retinas me absorvem completamente. — Eu preciso que confie em mim — pede, mas ainda estou presa ao fato de que ele continua usando o meu apelido. E isso me causa uma sensação estranha de prazer. — O que foi?

Dou de ombros.

— Nada.

— Está pronta?

— Não.

— Ok, vamos lá! — Ele ignora a minha negação e á medida que caminhados para o lago congelado, sinto o meu estômago se embrulhar ainda mais. — Tudo bem, querida. Respire e espire.

Ele pede e eu faço.

— Agora arraste um pé suavemente para frente. — E eu arrasto. — Agora o outro. Isso. Agora vamos fazer uma sequência. Um pé, depois o outro. De novo e de novo. Assim!

Sorrio, sentindo o meu coração saltar dentro do peito.

— Viu, não é tão difícil.

— Oh meu Deus, eu estou patinando!

— Sim, você está. Agora vou soltar uma de suas mãos.

— O que? — Estremeço.

— Fique tranquila, Judy. Lembra-se da primeira aula? — Assinto trêmula.

— Um pé e depois o outro.

— Isso. Agora me acompanhe.

E de repente estamos deslizando pelo lago. A sensação do vento frio batendo no meu rosto, enquanto damos pequenas voltas me faz rir. E devo admitir que é gostoso e... fascinante e... divertido. Então ele para bruscamente e fica de frente para mim. Ansiosa, busco os seus olhos. Contudo, uma mão sua se aloja na base da minha coluna, enquanto a outra segura a minha mão. Thomas cola o seu corpo no meu e as nossas respirações se confundem com a fumaça esbranquiçada de sai de nossas bocas. Inesperadamente ele começa a se mexer em uma dança lenta.

Um Duque Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora