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Thomas

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Thomas

— Sua graça, conseguimos o contato com os brasileiros como me pediu. — Doris, minha assistente avisa, largando alguns papéis sobre a minha mesa.

— Eles disseram quando poderão vir avaliar o nosso projeto? — inquiro, analisando os documentos que acabara de trazer.

— Disseram que precisam de mais detalhes, mas que ficariam felizes em vir a Londres, Senhor.

— Ótimo! Posso ver isso com alguns sócios e com a rainha em breve. Retorne para eles e avise que darei uma resposta assim que puder.

— Certo, sua graça.

— Está falando sobre o projeto do hospital? — François pergunta, invadindo o meu escritório antes que Doris consiga fechar a porta. E sem ser convidada, ela se senta na cadeira que fica de frente para a minha mesa, cruzando as suas pernas em seguida de modo que o seu decote dê ênfase a pele clara da sua coxa.

— Estamos empolgados com esse projeto, François. Ele irá ajudar muitas pessoas carentes.

— Eu acho isso uma perda de tempo — Ela resmunga, se ajeitando em cima da cadeira e no ato, mexendo na fenda da saia em uma tentativa de frustrada de fechá-la diante do meu olhar reprovador. — As pessoas precisam lutar para ter o melhor. Se tem tudo de mãos beijadas, se tronaram o câncer desse país.

— Na verdade, não a chamei até para pedir a sua opinião, mas já que mencionou. Uma população luta pelo melhor quando se tem força e saúde para fazer isso, François. É uma engrenagem que funciona muito bem. Povo saudável e feliz, país progredindo e crescendo. Um bom líder reconheceria isso. E com a benção da rainha é exatamente o que faremos pelo povo de Birmingham.

— Eu não entendo. Por que você se importa tanto com eles? Essas pessoas nasceram para isso. Para servir. Elas são fortes e o estado deles deveria ser insignificante...

— Nenhuma vida é insignificante! — rosno irritado com os seus pensamentos. — Cada pessoa têm o seu valor e algumas delas infelizmente não tem condições para se ajudar. Mas nós temos e podemos. Que espécie de líder eu seria que somente cruzasse os meus braços para o meu povo? Eu sou um Duque, François, e preso pelas vidas e bem-estar das pessoas me cercam. Seja ele um embaixador ou um simples agricultor. No mais, como já disse, não foi por esse motivo que a chamei até aqui.

Observo a elegante mulher se ajeitar em cima da cadeira e no ato, ela deixa uma alça fina da sua blusa de seda cair sobre o seu ombro. O seu olhar ganha um brilho vertiginoso. E François abre um pequeno sorriso, que não deixa de insinuar uma esperança pomposa.

— Sobre o que deseja falar comigo, sua graça? — Ela se inclina um pouco sobre a minha mesa e os seus cílios tremulam com um gracejar que me faz grunhir de desagrado.

— Sobre isso — ralho seco, jogando um envelope na sua direção e toda a sua sensualidade feminina se esvai como fumaça no ar. Curiosa, minha assessora pessoal abre o envelope e tira uma foto de dentro dele. O seu sorriso de desfaz e o seu olhar congela, encarando o meu. Vejo o exato momento que as suas retinas se encolhem receosas. — Achou mesmo que eu não ia descobrir sobre esse encontro? Acreditou que eu nunca saberia sobre essa sua conversa extraordinária com a minha esposa? — questiono-a.

Um Duque Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora