Como você é burra, Judith!
Quantas vezes falei que essa história de amor a destruiria? Quantas vezes repeti para nunca, jamais, em hipótese alguma se apaixonar?
Aí você descobre essa droga de amor justamente quando o perde de vez.
_ Céus, já estou até me depreciando _ resmungo sentindo a minha cabeça latejar pelas horas de lágrimas derramadas.
Eu sou mesmo uma idiota.
Ele é tão lindo!
Tão envolvente.
Tão...
Era um acordo. Por que você não se atentou ao quarto adjacente? Por que tinha que aderir as sugestões daquele homem?
Pego mais um lenço de papel e soou fortemente o meu nariz.
_ Você precisa parar de chorar. E precisa se levantar também.
Ount, por que essa droga dói tanto?
Me deixo cair na cama e encaro o teto do meu quarto. Tenho feito isso por horas, na esperança de que la exista alguma saída para toda essa turbulência que estou sentindo.
_ Pare com isso! _ falo mais forte. _ Enxugue suas lágrimas. No fundo foi melhor assim. Ele lá com o amor da sua vida e você sem amor nenhum. Isso vai passar _ digo, voltando a me sentar no colchão. _ Vai passar e você ficará forte outra vez. _ Saio da cama e me dirijo para a saída do meu quarto. Contudo, paro a centímetros da porta e sou afogada pelas lembranças de nós dois.
As lágrimas voltam e eu me revolto.
A campainha toca, fazendo-me engolir a próxima sessão de choro.
Ellen. Céus, que seja ela ao meu resgate. Rogo mentalmente e apressada abro a porta da frente encantando-o. Imediatamente as minhas barreiras se levantam e me espraguejo por estar em um estado deplorável.
Meu peito infla e dói quando eu respiro e me forço a engolir o nó em minha garganta.
_ O que você está fazendo aqui?
Thomas não me responde. Ele apenas me olha.
_ Se veio ver como estou. Eu estou bem. Eu sempre fico bem. Ah... eu sei que você a ama.
Sorrio amarga.
_ E ela está viva. Era o que você queria, não é?
Esse maldito silêncio. Por que ele não diz nada?
_ Era um acordo, Thomas. Eu sempre soube disso. Eu... _ Seguro as novas lágrimas. _ Nunca quis o amor mesmo. Eu... _ Respiro fundo. Mas droga, mesmo assim não as contenho. E eu me odeio por isso.
Soou o nariz novamente.
É repugnante.
É constrangedor.
É imperdoável.
Vai embora!
Simplesmente me deixe aqui e vai!
_ Você não vai dizer nada?
_ Eu te amo!
Meu mundo deu um giro violento e me senti desestabilizada.
O que ele disse?
_ Eu te amo, Judith Evans. A Ellen me pediu para nunca te dizer antes que você...
_ Espera! A Ellen sabia?
_ Ela percebeu.
_ E disse para você não me dizer?
_ Ela acho que você fugiria para longe.
_ E eu devia _ sussurro. _ Devia fugir de você. Desse mundo se faz de conta. Desse sentimento que destrói...
_ Que destrói?
_ Eu te amo!
Ele puxa o ar com força. E sem eu esperar me puxa para os seus braços, torando-me imediatamente do chão. Sua boca se impacta na minha em um beijo sôfrego e dolorido e de repente respirar tornou-se a coisa mais fácil desse mundo.
_ Eu... quero você, Thomas! _ sibilo arrastado em sua boca e uma urgência me acomete. Minhas mãos se apressam em tirar as suas roupas e em segundos estamos no meu quarto e na minha cama. _ Ah!
O gelo que antes dominava o meu corpo dá lugar ao seu calor. Sinto-me acesa, frenética, dominada por sensações implacáveis e tudo ao meu redor ganha um sentido.
_ Thomas!
As palavras se arrastam pela minha garganta e escorregam pela minha língua, passando direto para a sua boca.
_ Eu te amo! Sou louco por você!
Sua boca abandona a minha, mas logo ela se arrasta pela minha pele, deixando-a febril, ardendo entre lambidas e beijos minúsculos, que me arrancos suspiros e palavras sussurrada. Meus dedos penetram em suas mexas sedosas, quando ele escala o meu corpo e livrando-se da minha blusa, abocanha o meu seio.
_ Eu tenho fome de você, Judy! _ declara, enquanto me devora sem qualquer piedade.
O delírio, a sensação de estar presa ao seu corpo, o calor escaldante que vem dele. Tudo está me enlouquecendo. Então decido trazê-lo para mim e faminta, tomo a sua boca. A sua rigidez cutuca a minha intimidade por cima do tecido do meu short e eu anseio pelo seu avanço. Cuidadoso, Thomas se afasta para se livrar das barreiras de pano que nos separa e após revestir-se, ele escorrega suave para dentro de mim.
Nossas respirações se confundem, aquecendo as nossas faces tão próximas uma da outra. As sensações querem me arrebatar, mas não quero desviar os meus olhos dos seus, porque não quero abri-los outra vez e perceber que tudo isso não passa de um sonho.
Seus movimentos são carinhosos e atenciosos. Seu olhar penetrante. E quando sinto o ápice se aproximar, Thomas volta a tomar a minha boca, colocando ritmo e força nos seus movimentos.
Engolimos nossos gemidos.
Nós entregamos ao desespero do nosso prazer e logo somos jogados contra as ondas revoltosas. Thomas fica sem forças e cai do meu lado.
Em silêncio, encaro o teto.
Ele me ama.
Céus, isso é tão... bom!
Alguém me ama.
Ele me ama.
_ Não sei se consigo ficar longe de você. _ Thomas diz de repente, quebrando o silêncio do meu quarto. Confusa, me viro de frente para ele.
_ Como assim? Por que teria que ficar longe?
Ele respira fundo, ficando de frente para mim.
_ Collin acha melhor eu ficar distante. Para não te atingirem. E eu concordo com ele.
_ Então, eu não posso ir para a sua casa? _ inquiro baixinho.
_ Só até resolvermos essa situação.
_ Mas foi ela quem mentiu. Ela fingiu estar morta...
_ É mais complicado do que isso, querida. Eu estava tão quebrado com a sua morte que não quis dar entrevista sobre o caso. Não quis que o mundo a visse naquele estado.
_ Entendi. Ela pode te avisar de ter levado uma amante para a ilha.
_ Isso. E ainda, usar você para sujar ainda mais oei nome. Isso renderia um escândalo para a coroa. E seria imperdoável.
Suspiro.
_ Compreendo. E o Barão está certo. Ficaremos longe um do outro por enquanto.
Thomas me lança um olhar de admiração.
_ Você é tão compreensiva _ sussurra.
_ Nem tanto, Senhor Duque. Pois já que está aqui e que vamos ter que ficar longe um do outro, eu quero mais uma dose sua _ sibilo e o monto no mesmo instante, tomando a sua boca em um beijo preguiçoso, porém, demorado.***
Na manhã seguinte...
Abro os meus olhos com algumas lembranças da noite passada... oi ei deveria dizer da madrugada?
Sorrio preguiçosamente, esticando-me no processo e no ato, deslizo uma mão do meu lado. Meu sorriso desaparece quando percebo que ele não está mais aqui. E suspiro frustrada.
Queria ter me despedido dele. Penso, sentando-me no colchão e olho imediatamente para a porta do banheiro, na esperança de ouvir a água do chuveiro se derramar, mas não há nada além do silêncio.
_ Droga! _ resmungo e me forço a sair da cama. Vou tomar um banho e me trocar para ir a editora. Um dia cheio de trabalho deve manter a minha mente ocupada.
... Eu te amo!
Sorrio quando me lembro das suas palavras e esse som dentro da minha cabeça faz o meu coração se aquecer.
Ele me ama.
Oh Deus, não permita que os meus medos venha atrapalhar isso que temos.
Puxo a respiração pela boca e saio do quarto, sentindo meu estômago roncar no processo.
Uma noite inteira de sexo me deixou faminta.
Entretanto, estanco bem na entrada da minha cozinha quando o encontro dentro dela, descalço e usando apenas uma calça moletom. Meus olhos percorrem pelos braços fortes e abdômen trincado, e depois pelo peitoral firme, encontrando enfim olhos divertidos.
_ Você não se foi _ digo o obvio.
_ Não iria a lugar nenhum sem me despedir de você.
Thomas sai de trás do balcão e se aproxima, puxando-me para perto do seu corpo. Seus braços me mantém cativa ao seu calor e zonza, seguro nos seus ombros. Mas não tenho tempo de olhar nos seus olhos, pois logo a sua boca está colada na minha, e a sua língua não tarda em invadir a minha boca.
_ Bom dia! _ Seus beijos se tornam minúsculos e se espalham pela minha pele, causando-me arrepios.
_ Bom dia! _ Consigo responder.
_ Está com fome?
_ Ei devoraria um leão.
_ Oh! Não cacei um leão para você, mas tenho bastante comida aqui.
Sorrio.
_ Hum, o aroma está delicioso. É bom ter o meu chef de volta. _ Ele me rouba um beijo e logo que acomodo em um banco alto,ele faz o mesmo, ficando de frente para mim.
_ O Boris continuará cuidando de você. Espero que não se importe. Ele é um ótimo motorista e segurança também.
Dou de ombros.
_ Por mim, tudo bem.
_ Perfeito. Judy, você precisa evitar a todo custo os jornalistas. Não diga nada a eles. Deixe tudo comigo.
_ Está bem.
_ Com o reaparecimento de Rebecca, eles vão cair em cima de nós como abelhas no mel. No mais, darei um jeito de te ver.
_ Dará? _ Arqueio as sobrancelhas. _ Você quer dizer com disfarces e tudo mais?
Thomas une as sobrancelhas.
_ Disfarces?
_ Hum, eu não me oporia.
Um sorriso cínico brinca no canto dos seus lábios. _ Eu preciso ir, sua graça.
Levanto-me imediatamente do banco. Contido, ele se mexe rápido e em um segundo estou presa nos seus braços.
_ Não quero mais que me chame de duque ou de sua graça. Me chame apenas de Thomas, Judy. _ Thomas sussurra perto demais do meu rosto, fazendo-me esquentar sobremaneira.
_ Se é assim que você quer, Tom.
_ Tom? _ Ele grunge desgostoso.
_ Se eu sou sua Judy, você será o meu Tom.
_ Céus, isso soa horrível!
_ Eu gosto. _ O beijo, não uma, mas duas, três vezes até me afastar do seu agarre. Mas confesso que gostaria de passar o dia inteiro presa a esse amor. _ Eu realmente preciso ir _ lamento.
_ Também tenho que ir. Vou me encontrar com o Collin.
_ Tão rápido assim?
_ Parece que ele tem novidades.
Aproximo-me dele, olhando-o con ternura.
_ Tome cuidado, Thomas _ peço.
_ Prometo que voltarei inteiro para você. _ Ele deixa um beijo calido e eu me forço a sair do apartamento.****
Segue mais um capítulo. Desculpa tantos erros, mas escrever pelo celular é o fim. Kkkkkk
Bom, Thomas salvou a Judy de se afundar em um mar de amargura e o casal agora está mais forte e mais unido do que nunca.****
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Um Duque Em Minha Vida
RomanceApós perder os seus pais de forma repentina e trágica, Thomas Elliot tornou-se o mais jovem e poderoso Duque de Birmigham. Cobiçado pelas moças da alta sociedade inglesa, Thomas escolheu a mais linda e delicada filha de um conde para se casar e não...