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Judith

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Judith

— A Senhora só precisa estar ao lado dela, sua graça. — O instrutor diz chegando mais perto. — Cabeça erguida — fala, erguendo o meu queixo com dois dedos cruzados. — Olha no horizonte e um sorriso largo no rosto.

Sorrio.

— Mantenham a postura ereta. — O homem caminha para atrás de nós e logo o seu bastão nos faz erguer a coluna.

Lydia acha graça, mas mantenho-me instável.

— Agora caminhem! — Ele pede e nós obedecemos. — Não! Não! Não! O que estão fazendo?!

— Caminhando! — Lydia rebate segurando o riso.

— Deem passos graciosos, coo plumas levadas ao vento. Mantenham a postura e não se esqueçam do sorriso no rosto.

Mas ao erguer os meus olhos para o horizonte, o vejo em pé no espaldar na porta larga. O seu olhar parece diferente. Está rígido como sempre, exigente como sempre, mas parece ter um brilho nele. Um brilho que eu não consigo decifrar. Mas o fato de um sorriso sutil brincar no seu rosto anguloso, me faz sorrir também.

— Sua graça, a senhora está bem?

— O que? — inquiro aturdida e percebo que parei no tempo. O sorriso de Thomas se enlargueceu e ele resolve sair do local, trazendo a minha estabilidade de volta.

— Passo! Passos! Passos! — Ele retruca e eu seguro a ânsia de revirar os olhos para esse ensaio.

Nunca me vi tão ansiosa em ir ter com ele. É irritante pensar que estou contando os minutos para falar-lhe.

— Isso, gracioso, imponente, mas sem perder a delicadeza. Agora curvem-se, sorriam e saiam.

— Já chega Leopoldo! — Josephine pede para o meu alívio e o instrutor acata ao seu pedido e ambos se afastam para conversar.

Logo os meus passos se apressam a sair do salão de dança que é tão imenso, que parece não ter fim e quando alcanço o longo corredor, com seus enormes quadros antigos nas paredes, me pego indo direto para o escritório da casa. Contudo, dou uma freada brusca, parando rente a porta e a fito sem saber exatamente o que estou fazendo ali. Respiro fundo e não me demoro em girar a maçaneta, abrindo a porta lentamente. O encontro em pé próximo de uma janela e fitando o lado de fora. Seus ombros largos e rígidos de alguma forma relaxam e Thomas parece tomar uma respiração alta.

— Você... demorou.

Estou cobrando ou exigindo?

Talvez exigindo, a final ele saiu daqui possesso com a história do Adam.

— Precisava respirar ar fresco.

— Sei. — Adentro ainda mais o cômodo, fechando a porta logo em seguida e Thomas se vira de frente para mim. Seus olhos passeiam pela minha estrutura até encontrar os meus olhos e por algum motivo me sinto assaltada por eles. — Está melhor? — Agora ele dá alguns passos na minha direção e à medida que ele se aproxima sinto o meu ar ficar rarefeito.

Um Duque Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora