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Judith
_ Judith! _ Abgail, Sophie e Violet praticamente gritam assim que nos vir entrar na mansão Birmingham. Elas abrem enormes e sorrisos e correm animadas na nossa direção.
_ Ei, eu não ganho abraços não? _ Thomas resmunga com fingida indignação quando sou abraçada pelas três ao mesmo tempo.
_ É claro que sim, irmão. Mas estávamos com muitas saudades da Judith. _ Abgail retruca.
_ Thomas, que saudades! _ Josephine o abraça carinhosamente, assim como a Lydia e logo elas estão tagarelando perguntas umas atrás da outra.
_ Como vocês estão? _ Josephine procura saber quando as meninas se afastam animadas com seus presentes. Em resposta, Thomas me puxa para colar-me na lateral do seu corpo.
_ Perdidamente apaixonados. _ Ele beija calidamente os meus cabelos e a garota abre um sorriso de olhos brilhantes.
_ Eu sabia!
_ E, estamos casados de verdade.
Josephine parece confusa.
_ Como assim, sua graça?
_ A Judy eu tínhamos um acordo nupcial. Mas agora nos casamos por amor.
_ Simples assim.
_ Estou feliz por vocês. _ Minha cunhada declara com comoção. _ Estou feliz que tudo deu certo. _ Ela abraça o irmão e depôs a mim. _ Bom, imagino que estejam cansados da viagem, então pedi para preparar vosso quarto.
_ Hum, você está me saindo uma dona de casa maravilhosa, Senhorita Birmingham! _ Thomas ralha com tom de brincadeira a fazendo sorrir.
_ Thomas, eu quero te pedir algo.
_ Sabia que vinha coisa por aí. Do que precisa, irmãzinha?
_ Ah, tem uma festa em um barzinho no centro da cidade e...
_ Não!
_ Thomas!
_ Querido, por que a deixa ir?
_ Judy, não posso largar a minha irmã com algumas amigas em um bar...
_ Eu já cresci, sabia?
Thomas lhe aponta o indicador.
_ Você tem razão. Estamos muito cansados da viagem e vamos para o nosso quarto. E você, deveria ir para o seu quarto estudar um pouco.
Escuto o grunhido irritado de Josephine e seguro o riso.
_ Deixe isso comigo, cunhada _ sibilo sem emitir som e sigo o meu marido pelas escadas. _ Por que trata a sua irmã como se ela fosse uma criança? _ interpelo docemente.
_ Porque é isso que ela é.
_ Josephine fará dezenove em breve, Thomas. Não acha que ela precisa adquirir suas próprias experiências?
_ Como assim?
_ Não pode tranca-la dentro de uma redoma de vidro para sempre. Ela precisa sair. Conhecer pessoas, dançar e se divertir.
_ Não sei Judy. _ Meu marido ralha entrando no nosso quarto.
_ Precisa dar uma chance para ela, querido. Precisa confiar que ela fará o certo. _ Seus olhos encontram os meus.
_ Você acha?
_ Eu acho.
Thomas pressiona os lábios.
_ Tudo bem. Mas se ela cometer um deslize...
_ Eu sei. Ela volta para a gaiola de ouro. Você da a boa notícia oi ei dou?
_ Eu faço isso. Quero que tome e banho e descanse um pouco.
_ Um banho? Sozinha?
_ Judy?
_ O que? Ei só estou dizendo que não sei se consigo mais fazer isso sozinha! _ retruco, lançando lhe um olhar sugestivo.
_ Va se despindo. Eu vou em um pé e volto no outro.
Abro um sorriso largo e ele sai praticamente correndo para fora do quarto.
***
_ Eu te amo! _ Thomas sussurra em minha boca a medida que ele se mexe dentro de mim.
Os meus gemidos se arrastam pela minha garganta e se espalham pelo cômodo, enquanto sinto o ápice se aproximar sorrateiro, quente e vibrante.
_ Thomas! _ sussurro febril, mexendo-me debaixo dele, ansiando por mais. Ele entende a minha súplica e da ritmo as suas estocadas, levando-me ao delírio do orgasmo. Os seus beijos abafam os meus sons e logo somos absorvidos pelo êxtase do nosso amor.
_ Eu te amo, minha linda esposa! _ Ele beija calidamente a minha boca e cai amolecido do meu lado.
_ Precisamos dormir _ falo quando percebo que o dia já está amanhecendo.
_ Sim, precisamos. _ Seus beijo minúsculos começam a se espalhar pelas minhas costas e sorrio preguiçosamente. _ Que tal se ficarmos assim coladinhos até adormecemos?
_ É uma boa ideia, sua graça.
_ Não me chame assim, Judy. Ou não respondo por mim.
_ Chamá-lo como, sua graça? _ O provoco e sorrio lánguida.
_ Judith de Birmingham! _ Thomas me repreende e eu juro que levaria isso a diante não o cansaço não me arrebatasse segundos depois para o mundo dos sonhos.
***
Na manhã seguinte...
A claridade do quarto me faz abrir uma brecha de olhos e percebo o sol já alto lá fora. Contudo, eu mal consigo me mexer com o seu braço e perna em cima de mim.
Suspiro um tanto sonhadora e me pego sorrindo a toa.
Contudo, sinto a minha boca seca e sou obrigada a me afastar um pouco do seu calor para ir beber um pouco de água fresca direto de uma jarra que está em cima de um móvel o lado da cama. Logo sinto uma estranheza no meu paladar, seguida de algumas náuseas e apressada, salto para fora da cama e tento vomitar, mas não há nada para por para fora.
_ Thomas? _ O chamo quase sem forças, entregando-me a mais uma onda angustiante de náuseas e quando percebo o meu corpo começar a se acalmar, me levanto com dificuldade e decido voltar para o quarto. _ Thomas? _ O chamo, sentindo as minhas vistas escurecerem em seguida.
***
_ Oi! _ Escuto a voz do meu marido quando abro os olhos e confusa, olho ao meu redor.
_ Onde estou?
_ No hospital.
_ Hospital? Por que?
_ Você passou mal e desmaiou.
No mesmo instante as lembranças vem a tona.
_ Eu vomitei.
_ É.
_ Eu estou doente?
_ Ah... na verdade, não.
_ O que eu tenho então?
_ Hum, estamos esperando os resultados dos exames, querida. Então fique tranquila. _ Thomas me abraça e na sequência sinto o seu beijo no topo da minha cabeça.
Contudo, sinto que ele está escondendo algo de mim.
Minutos depois, a porta do quarto se abre e um homem usando um jaleco branco surge no meu campo de visão.
_ Senhor e Senhora Birmingham!
_ Doutor! _ Thomas responde ao seu cumprimento.
_ O que eu tenho, doutor? _ pergunto diretamente.
_ Bom, segundo os seus exames, suas taxas estão normais. Exceto o hormônio do HCG. Esse está bem alterado.
_ HCG? Esse não é o hormônio da... _ engasgo no mesmo instante.
_ Isso, Senhora Birmingham. A senhora está grávida.
Grávida.
Meu cérebro repete essa palavra como se não acreditasse no que estou ouvindo.
Grávida.
Um grito ecoa apavorado dentro da minha cabeça e de repente meus batimentos cardíacos começam a se alterar.
_ Judy, o que foi? _ A voz de Thomas parece distante. Eu o olho, mas não o vejo. E logo algumas imagens que eu não me lembrava mais começam a se projetar na minha frente. O sorriso da minha mãe acenando para mim. O olhar carinhoso do meu pai quando ele abre a porta do carro. Eles acenam uma despedida com um balançar de mãos, enquanto a minha babá segura firme nos meus ombros.
O ar me falta.
Eu não posso!
_ Judy, você está me deixando preocupado.
As lágrimas despencam, molhando o meu rosto. E por mais que eu puxe o ar, não consigo respirar.
_ Eu não posso fazer isso. _ As palavras saem da minha boca com certo desespero.
_ Fazer o que, amor? _ Ele tenta me tocar, mas eu me afasto imediatamente.
_ Eu não posso! Não posso!
_ Querida...
_ Você fez de propósito! _ O acuso, saindo da cama estreita, tentando manter distância.
_ Judy, do que você está falando, meu amor?
Oh Deus, esse deu jeito carinhoso me irrita.
_ Saiam daqui!
_ Senhora Birmingham...
_ EU QUERO FOCAR SOZINHA! _ grito em lágrimas.
_ Não posso deixá-la sozinha. Judy...
_ Eu não quero que você fique aqui! Saia agora, Thomas! Saia!
Ele me lança um olhar confuso e cheio de medo. Mas a verdade, é que eu estou tomada pelo pânico e sei que agora chegou o nosso final.
_ Tudo bem! _ Thomas se dá por vencido. E mesmo relutante, ele sai do quarto. O médico sai em seguida e me entrego a um choro dolorido.
Segundos depois, alguém bate na porta e impaciente grito para me deixar sozinha. Mas ela se abre no mesmo segundo e Ellen passa por ela.
_ Ah, Ellen! _ Me jogo nos seus braços em prantos, sentindo as suas mãos me afagarem.

Um Duque Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora