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Thomas

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Thomas

Na manhã seguinte...

Solto um suspiro alto e arrastado, abrindo os meus olhos pesados e sinto um incomodo desagradável devido a claridade do meu quarto. Com um grunhido estrangulado me sento e percebo que adormeci no chão, ao pé da minha cama. Olho para o cobertor grosso e macio e uma lembrança da noite passada me absorve. Eu no fundo da piscina tentando calar os meus pensamentos. Depois, Judith surge bem na minha frente. Seus cabelos flutuavam na calmaria da água transparente e os seus olhos me fitavam em um misto de preocupação e de medo. Então ela me puxou.

Ela estava tentando me salvar, mas ela não faz ideia de que não tenho salvação.

Ela não pode me salvar.

... Saia de perto de mim!

... SAIA!

... Vai embora! Me deixe sozinho!

Respiro fundo, esfregando o meu rosto veementemente.

O que eu fiz?

Angustiado me levanto do chão e vou direto para o banheiro. Tomo uma ducha fria e demorada e quando já me sinto renovado, volto para o quarto a procura de algo para vestir e enquanto faço isso, seus olhos surgem na minha frente. Confusos e doloridos.

Bufo alto.

Preciso compensá-la de alguma maneira. Penso e após sair do cômodo vou direto para a cozinha, porém, não me animo a cozinhar. Olhar para essa casa me machuca, me afunda ainda mais em minhas dores. Eu preciso respirar ar puro. Então algo se passa na minha cabeça. Algumas horas depois escuto os sons dos seus passos na escadaria e o meu coração começa a bater acelerado.

É simplesmente difícil de entender. Ele sempre acelera quando ela está por perto. Isso me irrita e em uma atitude de defesa, pressiono os meus dedos contra a palma das minhas mãos.

— Bom dia, Judith! — digo quando sinto que ela vai se afastar de mim.

— Bom dia! — Por mais que ela queira esconder de mim, consigo sentir o seu receio.

Judith está com medo de mim.

— Eu... estava indo tomar café da manhã. — Viro-me para olhá-la e... o que eu posso dizer? Ela está ainda mais linda do que ontem.

— Não temos café da manhã. Eu gostaria de levá-la para comer fora. — Essa última frase soou com suavidade e eu já não me sinto mais na defensiva.

— Para onde vamos? — Minha esposa pergunta quando o carro entra em movimento.

— Existe um vilarejo do outro lado dessa ilha. É um lugar bem simples, mas acredito que você vai gostar.

— Gosto de simplicidade. — Ela declara e fico declinado a abrir um sorriso satisfatório, porém, permaneço sério. Não demora e eu estaciono o veículo debaixo de umas palmeiras. Ansiosa, Judith abre a porta do carro e os seus olhos vívidos percorre todo o local.

Um Duque Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora