Após perder os seus pais de forma repentina e trágica, Thomas Elliot tornou-se o mais jovem e poderoso Duque de Birmigham. Cobiçado pelas moças da alta sociedade inglesa, Thomas escolheu a mais linda e delicada filha de um conde para se casar e não...
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Judith
— Obrigada, Bóris! — digo ao sair do carro e quando dou alguns passos na direção da entrada do prédio, paro e olho para trás. — O Thomas não virá essa noite. Será que pode focar de olho nas coisas para mim?
— É claro, duquesa. Ninguém chegará perto da sua porta — garante. O fito em silêncio por alguns segundos. Então meneio a cabeça em concordância e caminho para dentro do prédio.
Dentro do elevador tiro o cartão da jornalista do meu bolso e olho para o número tentada a fazer uma loucura.
Nervosa, solto uma lufada de ar pela boca e quando dou por mim, estou fazendo a ligação.
— Lucy Michel?
— Sim, é ela. Com quem eu falo?
— Judith Evans, a esposa do Duque de Birmingham — respondo-lhe com um tom firme na voz. E o seu silêncio me diz que ela foi pega de surpresa.
— Oh, claro! Em que posso ajudá-la, Evans?
— Você disse que queria a verdade, certo?
— Com certeza. Fale conosco, Evans. Exponha o seu lado da história e deixe que o mundo conheça a sua versão.
As portas do elevador se se abrem para mim e imediatamente adentro o meu apartamento.
— Essa noite. Às oito horas. Tudo bem, para você?
— Está perfeito!
Respiro fundo para conter os meus nervos.
— Ótimo! Acho que não preciso mandar a minha localização. Vocês jornalistas tem os seus meios para me encontrar. Estarei aguardando.
Encerro a ligação com as mãos trêmulas e fito a porta fechada do meu apartamento.
Espero que Boris faça a sua parte. Essa entrevista depende muito disso. Penso e vou imediatamente para o meu quarto. Entro no banheiro e tomo um banho demorado. Depois, retorno para a sala e resolvo deixar uma mensagem para Thomas.
... Não venha para o apartamento essa noite. Vou ficar com a baronesa. Preciso conversar um pouco com ela.
Pressiono a ponta da unha do meu indicador com os dentes e protelou em enviar. Contido, Clico no botão e ela já foi.
Respiro fundo algumas vezes e impaciente, começo a andar de um lado para o outro.
Os minutos se arrastam e se transformam em horas, até que a campainha começa a tocar.
— Senhorita Evans!
Sorrio de boca fechada.
— Lucy! — A mulher abre um sorriso largo e me estende a sua mão, que eu aperto, revelando o meu nervosismo através do gelo em minha mão.
— Esse é Eduard. Ele é responsável pelas imagens. Espero que não se importe.
— Eu não me importo. Podem entrar. — Abro um pouco mais a porta, dando-lhes passagem. Entretanto, ao fechar a porta, me viro e olho para eles.
