Após perder os seus pais de forma repentina e trágica, Thomas Elliot tornou-se o mais jovem e poderoso Duque de Birmigham. Cobiçado pelas moças da alta sociedade inglesa, Thomas escolheu a mais linda e delicada filha de um conde para se casar e não...
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Judith
— Me desculpe se magoei! — digo de repente no meio da refeição.
— Quando você me magoou? — Thomas questiona e logo após ele leva uma porção da sua comida a boca.
— O vestido. Thomas, eu não fazia ideia. — Então os seus olhos se erguem para os meus. Seu rosto se endurece e ele larga o talhe com calma. — Sei o quanto ama Rebecca e sei o quanto sente falta dela. Eu jamais...
— Você não me magoou, Judith. — Ele me interrompe bruscamente. — Não pense que me atingiu ao vê-la dentro daquele vestido. Ou com o fato de esforçar-se tanto para ficar igual a ela, porque você não me atingiu.
— Eu não... — Penso em rebater, porém, respiro fundo e pergunto: — então, por que saiu daquele jeito?
— Porque eu fiquei com raiva. — Uno as sobrancelhas.
— Com raiva de mim? — Ele passa o guardanapo no canto da boca sem pressa e esvazia a sua taça em seguida.
— Entenda uma coisa, e não quero outra Rebecca na minha vida. E não quero que tente copiá-la. Se eu exigisse tal coisa, seria uma grande idiotice minha.
— Eu juro que não quis...
— Então por que vestiu aquele vestido? Por que fez questão de ficar exatamente igual? — Deixo meus ombros caírem.
— Flora o levou para mim. — Thomas me lança um olhar interrogativo.
— Flora?
— Ela disse que você pediu. Que queria me levar para jantar. — Thomas fica calado por alguns segundos. Provavelmente avaliando-me.
— Onde ela estava com a cabeça?
— Sério que você está perguntando isso? — O ataco um tanto irritada. — A Flora tem me atacado desde que pus os meus pés pela primeira vez naquela casa. Ela está sempre me comparando com a sua falecida esposa e sempre deixando bem claro que não sou bem-vinda. Não é óbvio o porquê?
Ele respira fundo.
— Não se preocupe, eu vou conversar com ela. — Ele diz e volta a comer. Seguro o talher e começo a mexer na minha comida.
— Eu a demiti — falo sem olhá-lo e levo uma porção da salada a boca.
— Você fez o que? — O tom firme que sai da sua boca me faz encará-lo.
— Eu a demiti.
— Sem falar comigo? — inquire. Franzo a testa.
— Eu sou sua esposa, Thomas. Se um empregado me ataca ou me afronta, e não faço nada...
— Eu vou falar com ela! — repete baixo, porém, não menos irritado.
