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SAMEu esperei por ele no campo de lacrosse, perto do helicóptero. Estava com medo de não conseguir cumprir o plano. Estava com medo do que aconteceria com Nathan. Estava com medo de não funcionar. Meu celular vibrou.
Você vai arrasar, minha rainha vampira
Precisei morder a bochecha para manter a compostura quando Victor Castel surgiu do caminho que subia o campus. O diretor Atherton estava ao lado dele, feito um gatinho correndo atrás de um pit bull.
— Sam, siga para suas atividades. A visita do sr. Castel foi interrompida — disse o diretor Atherton.
Eu nem olhei para ele. Na verdade, sua presença irritante fez ser mais fácil eu encarar Victor, cortando o diretor da conversa inteiramente.
— Victor, o senhor me deu uma tarefa... analisar as ameaças à Vampiria. Uma dessas ameaças emergiu.
— O sr. Castel está muito ocupado... — começou o diretor. Victor levantou a mão, e o diretor Atherton se calou.
— Pois não? — disse.
— Uma coisa que aprendi em sua mentoria é a importância de controlar quem sabe do quê — falei, olhando de relance para o diretor Atherton, que estava com o rosto vermelho, ainda perto demais. — Sei de um lugar onde podemos conversar em particular.
Victor me analisou com uma expressão ilegível. Tentei imitar sua postura pétrea. Ou seja, tentei muito parecer sua dentescendente.
— Mostre-me o caminho.
A porta se fechou atrás de nós com um ruído de sucção. A escuridão além da parede de vidro da Estante dava a impressão de flutuarmos no espaço. Eu estava inteiramente a sós com Victor Castel — o homem que causara o Perigo que levara à morte do meu pai, que transformara minha mãe, que calculara cada circunstância que levara àquele momento.
Mexi no meu celular.
— Não tem sinal, e o diretor Atherton não instalou Wi-Fi. Além do mais, o ar aqui tem baixíssimo oxigênio, para impedir incêndios. Nenhum dos serventes pode nos espionar. Podemos conversar livremente. Seu arquivo fica por aqui.
Luzes com detector de movimento se acenderam, revelando o Arquivo CasTech. Deixei meu celular, virado para baixo, na mesa em que eu e Nathan trabalhávamos.
— Nathan pôs o senhor em uma posição difícil.
— Os Black agiram por conta própria — disse Victor, calmamente. — Eu os teria impedido, se soubesse.
Sorri para tranquilizá-lo.
— Eu já falei, só estamos nós dois aqui. Não precisamos fingir que os Black jamais fizeram qualquer coisa por conta própria. Nem Nathan, até hoje. Deve doer, depois do senhor ter dado tanto a ele. Afinal, o senhor precisou se esforçar por tudo que tem, e Nathan mal percebe tudo pelo que deveria ser grato. Entendo por que nunca o respeitou.
Victor massageou a mão, franzindo a testa.
— Respeito deve ser merecido.
— Exatamente — falei. — Nathan nunca seria quem o senhor queria que ele fosse. O senhor sempre soube disso. Para liderar os Sangue-Frescos, como o senhor lidera a Vampiria, ele deve ser independente. Se ele for independente, o senhor não pode controlá-lo, e agora mal pode confiar nele. O problema é que o senhor protegeu Nathan demais.
— Você me fez vir até aqui só para criticar a criação de Nathan?
— Só é um problema porque o senhor não precisa de um protegido. Precisa de um aliado. Alguém que queira as mesmas coisas que o senhor. Precisa de mim. Não foi por isso que me trouxe aqui?
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SANGUE FRESCO, billie eilish
ParanormalSam Clarke e sua mãe são duas vampiras vivendo entre os humanos que precisam se esforçar para pagar as contas e comprar Hema, o sangue sintético caríssimo de que todos os vampiros necessitam para sobreviver, desde que a humanidade foi quase inteiram...