Capítulo 29

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Anastasia

Nunca fiquei tão feliz de me despedir da maratona de estudos e da
semana de provas.
A casa dos meninos está passando por uma transformação para se tornar
a caverna do Papai Noel, que é um sonho do Robbie. Para alguém que é
geralmente muito tranquilo, ele fica muito estressado com toda a coisa da
caverna… que começou por causa dele.
JJ diz que ele é um senhorzinho preso no corpo de um jovem e por isso
tem permissão para ser rabugento às vezes. Henry diz que Robbie precisa de
um motivo para mandar neles quando não estão no gelo. Lola diz que ele
tem uma personalidade dominante e isso é excitante pra caralho.
Não sei qual deles está certo, mas quando chegou um pacote de galhinhos
de visco que poderia encher a casa inteira, eu decido me afastar das
decorações.
Lola e eu estamos dançando músicas de Natal enquanto tentamos
adivinhar onde colocar as coisas. Em certo momento, tive que desistir
porque era demais para mim. Decido voltar para minha outra tarefa: encarar
meu computador e decidir se compro uma passagem para Seattle no Natal.
Henry para na porta da frente e processa a visão da nova sala de estar.
— Vocês duas são lentas demais. Eu e JJ já teríamos terminado.
Ele consegue desviar do enfeite que Lo joga nele, que acaba atingindo
Robbie no peito quando ele passa pela porta. Ele o joga de volta para ela.
— Obrigada, amor. Estava com saudade também.— Querida, cheguei! — grita JJ quando entra na casa de terno.
Eles tiveram um jogo em Utah, então passaram a noite fora. Apesar de
Nathan não poder jogar, ele pode viajar e assistir. Porém, teve que dividir
um quarto com Mattie e Bobby, então acho que ele preferia não ter ido. Eles
tentaram levar mulheres para o quarto e Nate acordou com barulho de
Faulkner gritando com eles.
Nate me lança um sorriso maravilhoso quando entra, a mochila
pendurada no ombro. Sinto falta das minhas pernas estarem em volta dos
ombros dele. Ele tem ombros largos que ficam muito bem de terno. Ele
inteiro fica bonito de terno. Estou pensando em como está apertado na
região do quadril quando ele se senta no sofá ao meu lado e fala:
— Para de me comer com os olhos, Allen.
Ele tem razão. Estou praticamente babando, e não estou sendo nada
discreta.
— Desculpa, é que você está absurdamente bonito de terno. Está difícil
de lidar.
— Podemos lidar com isso juntos, se quiser — ele me provoca, me
levanta e me coloca em seu colo. Ele olha para a tela do meu notebook e me
lança um olhar gentil. — Ainda não decidiu?
— Estou tentando decidir há uma hora.
Nate passa as mãos pelas minhas pernas enquanto explico pela milésima
vez que eu quero ir para casa. Ele sabe como eu me sinto porque já
conversamos muito sobre isso, e ele entende que estou enrolando, mas não
fica me cobrando.
— Por que você não vem pro Colorado comigo? — pergunta ele quando
começo a listar minhas desculpas de novo. — Minha família não vai estar lá.
Podemos patinar no lago no quintal e usar o spa no resort de esqui à
vontade. Fala pros seus pais que são preparativos pra competição.
— Por que você está pesquisando voos saindo de Seattle?
— A gente pode ficar na casa dos seus pais por alguns dias, depois pegar
um voo para Eagle County via Denver. Ou você pode ir, depois me
encontrar lá. Acho que você deveria ir ver seus pais. Eu sinceramente acho
que vai ficar triste se virar o ano sem fazer uma visita.A ideia de visitar meus pais com Nate parece séria, mas, de certa forma,
alivia minha ansiedade.
— Deixa eu falar com a minha mãe primeiro, ok?
— Tudo bem, mas faça isso logo. O Papai Noel está chegando.
Um dos principais motivos de o meu planner ser tão maravilhoso é que eu
me preparo bem para o Natal.
Eu faço anotações ao longo do ano de coisas que as pessoas mencionam
e, no Natal, escolho os presentes. Bom, com exceção de uma pessoa.
— O que você quer de Natal?
— Nada.
— Nate — insisto. — Me diz o que você quer de Natal ou vai ganhar
carvão.
— Não quero nada.
— Nathan!
Estamos assim há dias, mas estou ficando sem tempo para comprar algo.
Todo mundo facilitou a minha vida, mas Nate nunca diz o que quer, então
não anotei nada.
Comprei um conjunto de lápis e tintas para Henry e coisas de hóquei
para Robbie. JJ não comemora o Natal, então comprei um voucher de uma
aula de culinária vietnamita para dois, para continuarmos nosso
aprendizado culinário ano que vem, porque adoramos cozinhar juntos.
Mas nada para Nathan.
Nosso muro de travesseiros nunca mais foi o mesmo, então não é difícil
subir nele e exigir sua total atenção.
— Por favor, me diz o que você quer. Eu quero te dar algo que vai te
deixar feliz.
— Você já me faz feliz. Só quero ter você por perto.
— Mas eu já estou aqui — reclamo. — E você não pode me
desembrulhar.
— Eu poderia te desembrulhar se você deixasse… — responde ele
enquanto desliza a mão por baixo da minha camiseta e faz cócegas na minha
barriga.Sinto ele ficando duro entre minhas pernas e na hora esqueço tudo sobre
distrações e conflito de interesses.
Quatro semanas não parecem grande coisa, mas, quanto mais eu o
conheço, mais quero escalá-lo como se fosse uma árvore. É muito
interessante saber que o filme favorito desse jogador de hóquei forte e
musculoso é Viva: a vida é uma festa.
Isso mexe com uma pessoa.
Quando levanto meus braços, ele tira minha camiseta. Seus olhos
castanhos ficam sombrios, e sinto o calor do seu olhar passeando pelo meu
corpo, o que me deixa toda arrepiada. O próximo é meu sutiã e a língua dele
vai imediatamente para o meu mamilo endurecido. Ele passeia pelo meu
peito, beijando a pele sensível do pescoço, e segura meu rosto com as mãos.
— Estamos quebrando as regras? — pergunta ele contra a minha boca.
Não tem espaço entre nós, e eu juro que este é o momento mais feliz das
minhas últimas semanas.
— Com certeza.
Finalmente, os lábios dele encontra os meus, sua língua explorando
minha boca ferozmente enquanto meus quadris ganham vida própria e se
esfregam nele. Cada movimento do quadril envia uma onda de prazer pelo
meu corpo.
— Caramba, como senti sua falta. — Ele mordisca meu lábio inferior, a
voz baixa e preguiçosa. — Não vou me aguentar se você continuar fazendo
isso.
— Me diz o que você quer de Natal ou não vou deixar você gozar — digo
ao mesmo tempo em que coloco a mão entre nós para pegar nele sobre sua
cueca. Sua risada logo dá espaço para um gemido gutural e forte quando o
aliso. — Vamos, Hawkins, só um presentinho de Natal.
— Eu não sei! — Fico de costas no colchão quando ele me vira, seu corpo
musculoso acima de mim. Ele desce pelo meu corpo, parando para beijar e
lamber cada pedaço de mim até sua boca pairar sobre o ponto úmido na
minha calcinha. Ele faz uma careta quando levanta o olhar e puxa a renda.
— Isso está me atrapalhando.Assim que a boca dele me toca, estou escalando, arqueando as costas e
rebolando no rosto dele. Solto gritos de desespero e desejo, mas ele não está
nem aí enquanto chupa meu clitóris, que lateja. Não aguento. Sinto prazer
em todo meu corpo: uma vibração gutural vem da garganta dele quando sua
língua me penetra, me tira do sério e me faz gritar o seu nome.
Você pode pensar que isso seria o suficiente, mas não. Nate prende
minhas pernas com os braços e me segura firme enquanto a sensação de
estar superestimulada e sensível faz eu tentar me mexer. É forte demais, e, se
minhas costas arquearem mais, acho que vou quebrar no meio. Faz semanas
que tem sido apenas eu e uma ducha, então vê-lo enfiar a cara entre minhas
pernas e me devorar, gemer de felicidade, é demais para mim.
— Mais uma vez, meu bem.
É claro que meu corpo faz exatamente o que ele diz.
— Garota esperta — ele comenta enquanto sobe de novo até mim,
tirando o cabelo úmido da testa. Eu puxo a cueca dele, deixo seu pau livre e
o aliso para cima e para baixo enquanto vejo seus olhos revirarem.
— Me diz o que você quer de Natal, Nathan.
Ele mexe os quadris com meu toque.
— Como consegue pensar em Natal depois que eu te fiz gozar duas
vezes?
— Porque é importante para mim fazer algo para você.
— Eu só quero você, Anastasia. Nada que você compre vai ser melhor do
que ter passado essas últimas semanas com você. Me dê mais disso e vou
ficar feliz.
Eu levo a boca dele até a minha, provando meu sabor na sua língua. Fico
sem palavras. Como não? Esse homem acaba com todos os meus
argumentos contra exclusividade. Por que eu iria querer me dividir com
mais alguém, ou dividir ele?
Ele me beija, toca meu rosto e me dá toda a atenção e carinho possível.
Quando ele estica o braço para a mesa de cabeceira, eu falo:
— Não precisamos usar camisinha… a menos que você queira. Estou
tomando anticoncepcional e não estou transando com mais ninguém. Eu
confio em você. — Eu respiro fundo. — E espero que você confie em mim.Acho que nunca o vi ficar sem palavras. Depois de me encarar
boquiaberto por trinta segundos, ele fala:
— É sério?
— Sim. Nunca fiz sem camisinha, mas não me sinto pressionada nem
nada.
— Nem eu. Meu… Cacete. — Ele se prepara e a antecipação está me
deixando louca. — Tem certeza?
— Por favor, já esperei demais.
Não sei explicar o que é a sensação de Nate me comendo sem nada. Tudo
fica dez vezes mais intenso, e eu sinto cada centímetro dele. Ele está arfando
no meu ombro, deixando que eu me ajuste depois de me penetrar.
— Meu Deus. Que delícia da porra, Anastasia. Você está tão molhada
para mim.
Ele afasta o quadril e mete de novo, o barulho de pele ecoando pelo
quarto. Minha pele parece prestes a entrar em combustão e todos os nervos
do meu corpo estão ativados. Eu quero mais.
— Mais, mais — sussurro, enrolando as pernas ao redor dele e cruzando
os calcanhares às costas.
— Não vou aguentar — ele geme. — Você é gostosa demais. Estou me
controlando para não gozar agora.
Uso meus pés para mover meu quadril para cima e para baixo, rebolando
quando chego na cabeça do pau dele.
Eu quero sentir Nathan quicando em mim e ver ele enlouquecer, mas ele
é tão generoso que está mais preocupado em me fazer gozar e tremer
loucamente. De novo.
— Não tem problema — falo sinceramente. — Pode vir, não se controla.
Ele coloca as mãos por baixo de mim e segura meus ombros. Eu tento
controlar a expressão de felicidade no meu rosto, mas ele percebe e dá um
sorriso.
— Me abraça e não esquece que foi você quem pediu.
Ninguém pode dizer que Nate Hawkins não sabe seguir ordens.
A mão dele me empurra para baixo quando ele mete, e cada investida me
faz gritar na boca dele e enfiar as unhas em seus ombros. Minhas pernasestão tremendo e, toda vez que ele entra fundo, eu arqueio as costas e o
aperto com as pernas.
— Nathan…
— Eu sei, meu bem. Eu sei. — Ele encosta a testa em mim, nossos narizes
se tocando, nossas bocas se beijando desesperadamente. — Olha só como eu
te como inteira, sua gostosa da porra.
— Estou quase lá — grito e aperto a nuca dele com uma das mãos e me
toco loucamente com a outra.
— De quem é essa boceta, Anastasia? — Sua respiração está pesada e as
investidas ficam mais fortes e descompassadas.
— Ai, meu Deus. Sua. É sua.
— Goza pra mim. Deixa eu sentir você.
— Nathan, cacete…
Meu corpo inteiro se remexe, tensiona, para e derrete ao mesmo tempo.
Eu não sei qual sensação acompanhar, então escolho me desintegrar. O
corpo dele cai sobre o meu, o peito arfando e o corpo tremendo quando
sinto ele pulsar e gozar dentro de mim.
— Caceeeeeeeeete.
Ficamos deitados por alguns minutos, em silêncio, ele ainda ereto e
dentro de mim, com beijos preguiçosos. Não sei como algo pode ser melhor
do que isso, como posso aceitar menos do que isso.
Quando recupero o fôlego e os efeitos do orgasmo começam a passar,
passo os dedos pelo cabelo.
— Não fiz você me falar o que você quer de presente de Natal —
resmungo, decepcionada comigo mesma por ter sido hipnotizada pelo pau
dele.
Ele ri, sua respiração fazendo cócegas no meu pescoço, onde está
apoiando a cabeça.
— Acho que você acabou de me dar meu presente de Natal.
Feliz Natal, então.

Quebrando o Gelo- Hannah GraceOnde histórias criam vida. Descubra agora