Capítulo 15

222 2 0
                                    


Anastasia

Estou muito feliz comigo mesma.
Nate está a dez minutos daqui e faltam apenas quinze minutos para a
meia-noite. Ele me mandou mensagens a noite inteira, me implorando para
dar uma pista. Nem eu, nem ninguém que me jurou segredo deu o braço a
torcer.
Toda festa à qual ele vai tentando me encontrar sem sucesso o deixa mais
irritado. Ele gastou muito tempo indo em festas de fraternidades, o que
diminuiu suas chances, e agora estou esperando o tempo acabar.
Doze minutos.
Aceito a chamada de vídeo dele e sorrio quando vejo seu rosto irritado
preencher a tela.
— Você ainda está em Los Angeles, né?
— Tique-taque, Hawkins. Seu tempo está acabando.
Ele passa a mão pelo cabelo e solta um suspiro pesado.
— Isso é castigo, né? Por ter passado do horário do treino? Ainda tá com
raiva por isso, não tá?
Eu me levanto da cama e passeio pelo quarto com os olhos fixos nele
enquanto seguro o celular.
— O que você acha?
— É claro que você está com raiva. — Ele suspira. — Eu sei.
Ando pelo quarto e vejo a expressão dele mudar ao entender onde estou.
— Você não devia atrapalhar minha agenda de treinos, Nathan.Nove minutos.
— Você está no meu quarto — diz ele, sério. — Por que me fez correr
pelo campus inteiro se está no meu quarto?
— Ninguém te disse que estava rolando uma festa na sua casa? Que
estranho.
— Vou matar eles.
— Que pena que você está tão longe e não vai chegar antes da meia-noite.
— Solto um suspiro dramático, me deliciando com a situação. — Acho que
vou lá pra baixo, ser mandona com outra pessoa. Se cuida, Hawkins.
— Anastasia, espe…
Foi tão fácil convencer os amigos do Nate a zoar com ele.
JJ
Preciso de um favor.
Vai acabar com o dia do Nathan.
Sou todo ouvidos.
Eu disse pra ele que poderia fazer coisas comigo.
Coisas que ele quer muito fazer.
Mas só se me achar em algum lugar do campus
antes da meia-noite.
E como posso ajudar?
Que tal dar uma festa depois que ele sair de
casa?
Mas ele não pode saber de nada até perto da
meia-noite.
Você é malvada demais.
Pode deixar comigo.
Ele tá mandando mensagem no grupo
perguntando se alguém quer sair hoje kkkk.
JJ e eu formamos uma amizade baseada no prazer mútuo em sacanear
Nathan. Começou semana passada, quando não tinha lugar para sentar.
Nate estava olhando para mim, praticamente me comendo com os olhos,
então decidi zoar com ele.Jaiden me deixou sentar no colo dele e apostou que, se Nate não viesse
falar comigo em até um minuto e meio, ele pagaria a conta inteira. Foram
apenas vinte e sete segundos.
Também foi ele que me impediu de sair correndo depois do meu
momento de ciúmes e me pôs pra dormir no quarto de Henry. Na sua
opinião, Nate não iria agir racionalmente se me visse no quarto dele, mas
daria o benefício da dúvida para o colega mais novo.
A razão disso, de acordo com o próprio JJ, é porque ele é um amante
incrível e, portanto, uma ameaça para Nathan.
Foi divertido ficar no quarto do Henry. Tem uma caixa de itens essenciais
no banheiro dele com coisas tipo xampu, lenço umedecido, elástico de
cabelo e absorvente. Eu perguntei se foi alguma ex dele que esqueceu tudo
aquilo lá, mas ele disse que mantém essas coisas caso alguma mulher passe a
noite. Ele gosta de se certificar de que ela teria tudo o que precisasse, porque
mulheres sempre esquecem esses apetrechos.
Eu queria ter uma irmã para casar com Henry, porque ele é tudo para
mim.
Quando vou para a cozinha me juntar ao pessoal, fica claro que todo
mundo está empolgado. É um milagre terem mantido essa festa em segredo.
Mattie aparece com uma garrafa de champanhe na mão.
— Três minutos!
Robbie distribui copos de plástico enquanto Mattie abre a garrafa.
— Um minuto para a meia-noite — diz Henry, olhando para o relógio.
Apesar de ser outubro, parece que é uma festa de Ano-novo,
considerando a empolgação de todo mundo e as pessoas olhando para o
relógio.
Tem algo no ar, e quem não é do nosso grupo não faz ideia do que está
acontecendo. Fico feliz, porque é uma coisa absolutamente idiota, mas os
caras estão amando. Pelo que percebi, estão cansados de ver Nate pegar
qualquer mulher que queira.
Três.
Dois.
Um.Eles comemoram, virando o champanhe e se cumprimentam. Um braço
pesado cai sobre meus ombros e olho para o rosto sorridente de JJ.
— Formamos uma boa equipe, Allen. Ele está a uns trinta segundos de
distância. Vamos nos divertir?
Bobby e Kris ficaram na Vigília Hawkins a noite inteira, mandando
atualizações da localização e irritação dele. Supostamente, ele não se
importa com a minha oferta; só não quer perder para mim, porque seria
insuportável.
Isso deve ser a única coisa em que concordamos.
Da ilha da cozinha onde estamos temos uma visão perfeita para a porta
da casa. Quando Nate entra, a primeira coisa que faz é balançar a cabeça ao
ver a sala cheia de gente.
— Ele parece meio puto — diz Lola, com uma risada.
— Sim, e é comigo — diz JJ, entornando o copo de uma vez, sem tirar o
sorriso do rosto. — Se ele não reagisse assim, eu não faria essas coisas. É
fácil demais.
Eu decido encontrá-lo no meio do caminho, em parte porque estou com
medo de ele ir até a cozinha e matar Jaiden, e na mesma hora uma menina
aparece e o abraça pela cintura.
Nate parece surpreso, mais do que todo mundo. Lola se aproxima e
estreita os olhos.
— Essa é a Summer Castillo-West?
Summer mora no mesmo prédio que a gente com nossa amiga do
Honeypot e, neste momento, está nas pontas dos pés sussurrando no ouvido
do Nate. O olhar dele encontra o meu, ele sorri com o canto da boca e pisca.
Eu termino a minha bebida.
— Sim, ela mesma.
Um sentimento quente e desconfortável se espalha pelo meu corpo, mas
não sei dizer o que é. Não quero senti-lo de novo; ele se espalha pelo meu
estômago, que revira ao ver Nathan pegar na mão de Summer e levá-la para
as escadas.
Não é raiva, é mais profundo do que isso. Algo agonizante e irritante, que
me inflama como o riscar de um fósforo. Acho que é ciúmes. Merda.JJ coça a nuca e uma expressão confusa toma conta do seu rosto delicado.
Ele olha para os amigos, como se pedisse ajuda, mas todos estão olhando
para seus copos e evitando fazer contato visual. Ele limpa a garganta e olha
de novo para mim.
— Nate está atrás dela desde o primeiro ano, mas ela nunca deu bola. Eu,
hã… Não sei o que está acontecendo.
Somos dois, então.
Enquanto Nate e Summer estão lá em cima, eu mal pisco. Uns dez
minutos depois, finalmente a vejo descer as escadas, mas sozinha. Ela se
junta de novo ao seu grupo e continua a beber. Não parece que acabou de se
pegar com alguém.
Vou em direção às escadas e começo a pensar que talvez não seja uma
boa ideia. Estou cheia de álcool, ciúmes e talvez um pouco de choque.
Afinal, o que pode acontecer?
Parte de mim espera encontrar com Nate descendo as escadas enquanto
fecha o zíper, ou algo nojento assim, mas não. Digito o código no painel da
porta, o certo, e a luz pisca verde.
Nate está sentado na cama, no mesmo lugar onde estive mais cedo,
quando nos falamos pela chamada de vídeo. Ele parece infinitamente mais
feliz do que estava ao entrar na casa, e isso me deixa irritada.
— Que caralhos foi isso? — pergunto o mais calmamente possível e, ao
me ouvir falar, percebo que “o mais calmamente possível” é zero calma.
— Está com ciúmes, Anastasia?
— Estou irritada. — Ele ajeita a postura e sorri quando me aproximo. —
Você me fez de idiota na frente dos nossos amigos!
Nate ri.
— Você me fez rodar o campus inteiro enquanto estava literalmente onde
eu queria que estivesse a noite toda. Imagina o quanto eu me senti idiota.
— Você comeu outra garota enquanto eu estava lá na cozinha!
Ele se levanta; é imponente e muito mais alto que eu, e o aroma doce do
perfume começa a mexer com os meus sentidos. Ele coloca uma mecha do
meu cabelo atrás da orelha, ignorando minha tentativa de afastar sua mão.— Nem toquei nela. Ela ficou menstruada e precisava usar o banheiro
urgente. Eu fiquei aqui em cima, esperando você vir e brigar comigo. — Ele
segura meu queixo de leve e passa o polegar pelo meu lábio inferior. —
Fiquei curioso para saber como funciona aquele negócio que você falou
sobre não ter ciúmes.
— Eu… — Cacete. — Bom, estou puta contigo, Nathan.
— Que bom.
— Puta de verdade.
— Perfeito.
Nossas bocas se chocam, movidas por uma frustração e um desejo sexual
desesperado, intenso e bêbado. Ele me pega pela parte de trás das coxas e me
levanta, colocando minhas pernas ao redor da cintura. Minhas mãos
mergulham em seu cabelo enquanto nossos corpos se movem como um só
para ficarmos o mais perto possível.
Não tem nada romântico nesta cena. Meu corpo está entre o dele e a
porta, nossas línguas lutam entre si, e as mãos dele apertam minha bunda.
Deixo escapar um gemido desesperado quando ele pressiona a virilha contra
mim, e sinto o quanto ele está duro.
Passando a boca pelo meu queixo, ele mordisca o lóbulo da minha orelha
e faz meu corpo tremer.
— Fala que você quer que eu te coma, Anastasia.
— Fala você. — Minha resposta severa perde a força quando ele suga meu
pescoço e eu gemo. Antes que eu consiga acompanhar a situação, ele me
coloca na beirada da cama, se agacha aos meus pés e começa a tirar meus
sapatos.
É impressionante como ele consegue mudar de intensidade em questão
de segundos. Agora sem sapatos, coloco os pés embaixo da bunda e o
observo se levantar. Por um breve momento de silêncio, apenas nos
olhamos. Meu coração martelando no peito, sangue queimando sob a
superfície, meu corpo inteiro hipersensível.
Seu olhar está concentrado em mim, então não deixo de ver a surpresa
dele quando estendo as mãos para o seu cinto.
— Você quer isso?— Pra caralho.
Ele me ajuda a tirar as roupas até estar em pé, na minha frente, apenas de
cueca, e então percebo que ele não vai caber na minha boca nem em
qualquer outro lugar.
Nate está sorrindo enquanto fico ali parada, em choque. Saio do transe
porque não sou de desistir e com certeza não vou lhe dar a satisfação de
comentar como é grande.
— Eu fiz testes recentemente e não tenho nada, mas posso colocar uma
camisinha, se quiser — pergunta ele enquanto passo as mãos pelas suas
coxas.
Nego com a cabeça e observo ele tirar a cueca, segurar a base do pau com
a mão e se preparar. Ele se inclina e beija minha testa.
— Me avisa se quiser que eu vá mais devagar, ok?
Uma das mãos segura minha nuca e a outra guia o pau duro na minha
direção.
— Coloca a língua pra fora, sua gostosa. — Faço o que ele manda e vejo
sua satisfação quando passo a língua pela cabeça, sentindo o gosto salgado.
— Isso aí.
Envolvo a cabeça com os lábios e chupo de leve. Ele tira a mão da minha
nuca e enfia os dedos no meu cabelo.
— Cacete, Tasi.
Ele geme alto e na mesma hora desisto de esperar por suas instruções.
Coloco as mãos na frente de suas coxas, me inclino para a frente e o
coloco na boca até quase tocar o fundo da garganta e eu me engasgar.
Uma série de xingamentos toma conta do quarto. A outra mão dele
também vai para o meu cabelo quando eu tomo controle da situação. Seguro
a base e mexo os dedos no mesmo ritmo da boca, gemendo e me
engasgando, olhando para ele com os olhos marejados.
Nate está com a cabeça caída para trás, os músculos do abdômen
tensionados, e ele solta gemidos guturais de prazer enquanto mexe o quadril
para a frente, enfiando mais.
— Que delícia. Você é gostosa demais.Os movimentos dele ficam mais fortes e irregulares, o que quer dizer que
está prestes a gozar. Quando pego suas bolas com a outra mão, já era.
— Puta que pariu, Tasi. — As mãos dele apertam meu cabelo enquanto
ele treme e eu engulo tudo que me dá, os olhos ainda úmidos e a garganta,
seca.
Limpo os cantos da boca com o polegar e lambo.
— Ainda estou me sentindo mandona — provoco. — E impaciente.
Ele ri com gosto, e fico um pouco surpresa com isso. O brilho pósorgasmo
deixou suas bochechas vermelhas, os olhos brilhantes e intensos, e
ele está lindo.
— Você é impossível.
Nathan me levanta pelos braços, então começa a puxar a alça do meu
vestido.
— Isso precisa sumir.
— Quem está sendo mandão agora?
Eu me viro para Nathan poder abrir meu zíper. Seus lábios traçam meu
ombro, e ele me beija todinha quando tira meu vestido, deixando-o cair aos
meus pés.
Estou tomada por uma energia inquieta e selvagem. Ele está agindo de
forma controlada e lenta, me torturando de propósito, atrasando o prazer
inevitável. Quando pega meus seios por trás e começa a brincar com os
mamilos, esfrego a bunda nele.
— Pede com jeitinho — sussurra ele no meu ouvido. — E vou te comer
gostoso.
Quanto mais Nate me fala para pedir com jeitinho, mais quero mandar
ele ir se foder. Tiro suas mãos de mim e me arrasto até o meio da cama, me
acomodando de costas entre os travesseiros. Ele apoia o joelho na cama,
pronto para me seguir, mas eu estico o pé no peito dele e o impeço de se
aproximar.
— Fica no pé da cama.
Ele parece confuso, mas está curioso, e estreita os olhos enquanto
obedece. Puxo a calcinha pelas pernas com as pontas dos dedos.Seus olhos se arregalam quando entende o que vou fazer. Ele se inclina
para a frente e segura a base da cama. Eu abro as pernas o máximo que
consigo, de modo que ele consiga ver como minha boceta está molhada;
também não vai ter problema nenhum para ver meus dedos me penetrarem.
— Hummm, Nathan…
O som molhado é o único que ressoa pelo quarto, além dos meus
gemidos e do “puta merda” que ele solta.
O pau dele está duro de novo, quase saltando da pélvis com um pouco de
gozo na ponta. Eu revezo entre passar os dedos no clitóris inchado e enfiálos
em mim, e Nate parece que vai entrar em combustão espontânea.
Acho que é o fato de estar gemendo o nome dele e a maneira como
minhas costas estão arqueando enquanto me esfrego.
— Pede com jeitinho — provoco. — E eu deixo você me comer.
— Você é do mal — resmunga ele enquanto passa a mão no rosto. — Me
deixa te ajudar, Tasi.
Ele se aproxima de uma gaveta e pega um pacote de camisinhas, abre e
coloca o preservativo. Subindo em mim devagar, ele se acomoda entre
minhas coxas e pega um travesseiro, então me fala para erguer os quadris
para que possa colocá-lo sob a minha lombar.
Não consigo me concentrar no que deveria fazer porque ele está de
joelhos no meio das minhas pernas, e seu corpo parece ter sido esculpido
pelos deuses, com um pau grande, grosso e duro.
— Quer que eu te coma, Anastasia?
— Quero. — Sim, quero demais.
Nathan se inclina sobre mim, um braço apoiando o peso do corpo e o
outro segurando minha cabeça. Estico a mão entre nós e esfrego a cabeça do
seu pau no meu clitóris, o que faz nós dois nos arrepiarmos, e o posiciono.
— Vou devagar — murmura ele, passando o nariz de leve no meu.
Eu mordo seu lábio inferior com força, e depois passo a língua no mesmo
lugar.
— Nada disso. Me come com força, como se você me odiasse.

Quebrando o Gelo- Hannah GraceOnde histórias criam vida. Descubra agora