Capítulo 16

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Nathan

Vai ser assim toda vez que eu ficar a sós com ela no quarto?
Tipo, por mim tudo bem, mas parece bom demais para ser verdade. Faz
semanas que pensava em como seria ter Tasi nua, debaixo de mim.
Eu pensei em como seria transar com ela quando me chamou de “estrela
de hóquei de família rica” e falou o quanto não estava nem aí para o esporte.
Deveria saber no que estava me metendo.
Não sei como vou sair vivo dessa, porque minha imaginação não fez
justiça à realidade, nem de longe. Eu diria que ela vai arruinar todas as
outras mulheres para mim, mas não consigo pensar em mais ninguém além
dela.
Quando Summer apareceu na minha frente, sabia que Anastasia não iria
gostar disso. Ela já tinha me chamado de ciumento, então ao ver uma
oportunidade de fazê-la provar do próprio remédio, mas sem precisar
rejeitá-la, tive que aproveitar.
Eu sei como aquilo pareceu. Vi a descrença no rosto de todos eles. Os
meninos sabem quanto tempo passei atrás da Summer, mas, pela primeira
vez, não estava mais interessado. É, me surpreendeu também. Peguei uns
absorventes pra ela no armário do banheiro do Henry e só fiquei
observando enquanto ela descia de novo.
Achei que Anastasia iria aguentar mais tempo. Summer mal deve ter
pisado no térreo quando Tasi subiu.Talvez ela não gostasse tanto de Rothwell quanto gosta de mim, e ela
gosta mesmo de mim, ainda que diga o contrário.
É perfeito que ela esteja aqui esse tempo todo. Agora posso ficar com ela
no meu quarto a noite inteira e transar até o ciúme passar. Toco o nariz dela
de leve com o meu.
— Vou devagar.
De repente, ela morde meu lábio inferior com força, e depois passa a
língua no mesmo lugar.
— Nada disso. Me come com força, como se você me odiasse.
Cacete.
— Não vou fingir que te odeio, Anastasia.
Ela treme, desesperada por algo que alivie o desejo. Seus olhos se
estreitam e ela se ergue na cama, de forma que ficamos cara a cara.
— Por quê?
— Porque eu jamais conseguiria te odiar. — Seguro a nuca dela para
deixar sua boca colada à minha, engolindo seu gemido alto quando a
penetro devagar. — Vou te comer como se essa bocetinha apertada fosse
minha. E você vai ficar quietinha pra mim, não vai?
O choque faz nós dois ficarmos em silêncio, exceto por nossas
respirações sincronizadas e pelo gemido suave dela quando mexo os
quadris. Ela está toda molhada e apertada de um jeito tão gostoso que é
difícil acreditar que vou precisar fazer outras coisas depois disso.
Estou me controlando para ficar parado e deixar ela se ajustar, ciente de
que, com o jeito mandão dela, vai me dizer quando estiver pronta. É só
quando estou por cima, assim, que percebo o quanto sou maior que ela.
— Você tinha que meter tudo, não é? Seu exibido de merda. — Os dedos
dela viajam pelas minhas costas ao mesmo tempo que seu quadril começa a
se mexer, sinal de que preciso tirar e meter de novo.
— Estou colocando só metade. — Os olhos fechados dela se abrem de
repente, e ela se levanta para olhar o ponto onde nossos corpos se conectam.
— Mas acho que você aguenta mais.
Me afasto, depois enfio o máximo que consigo até sentir uma resistência.
As unhas dela afundam em meus ombros e suas costas arqueiam,pressionando a barriga na minha.
— Meu Deus!
— Você é muito gostosa, Anastasia, cacete, que boceta gostosa. — As
pernas dela se enrolam em volta do meu quadril, os tornozelos se cruzam no
final das minhas costas, me prendendo no lugar, bem fundo.
— Nate — sussurra ela como se fosse um segredo. — É tão grande.
Caralho. Ah.
Ela está tentando me fazendo gozar só com palavras, e porra, se
continuar assim talvez consiga. Minha cabeça encosta no ombro dela; beijo
sua clavícula, depois o pescoço até nossas bocas se encontrarem, uma briga
entre lábios e língua.
Uma das mãos puxa meu cabelo, a outra aperta minhas costas. Ela está
quase lá; sei disso pelo jeito como se mexe debaixo de mim, o jeito como sua
respiração acelera quando meu pau toca no ponto G dela, o jeito como seu
rosto se contorce de prazer quando meto fundo.
Tiro a mão que apoia a cabeça dela e a coloco entre nós, meu polegar
esfregando o ponto inchado até seu corpo inteiro tensionar e ela abrir a
boca.
— Goza no meu pau, Tasi. Goza pra mim.
Seu corpo inteiro tensiona quando ela me grita em meu ombro, as unhas
cravadas tão fundo que fico surpreso de não estar sangrando. Sua boceta
pulsa ao meu redor quando desacelero, beijo sua testa e a puxo até ficar
deitado de costas e o corpo macio e mole dela estar sobre meu peito, com
meu pau ainda dentro dela.
— Isso foi… — Ela está ofegante. — Você… Você gozou?
— Ainda não. Quero ver você sentar em mim.
Todas as vezes que tomei banho essa semana, sonhei acordado com essa
imagem. Não penso em outra coisa desde que ela falou nisso. Pelo jeito
como seus olhos brilham quando me encara, pelo sorriso que aparece em
seu rosto, sei que vem coisa boa aí.
Ela se senta, ereta, e desliza devagar até envolver meu pau inteiro. Olho
para o espaço entre suas pernas onde estamos conectados e nada mais passa
ali.Caceeeete.
— Assim? — pergunta ela, baixinho, tirando o cabelo do rosto. Eu
concordo com a cabeça e seguro o quadril dela, sem conseguir falar direito.
Seus quadris giram e esfregam, fazendo minha respiração falhar. — Ou
assim?
— Isso, linda, assim mesmo — digo, com a voz rouca.
Sei que Tasi é flexível por causa da patinação. Então não sei por que fico
surpreso quando ela estica as pernas para os lados, fazendo um espacate.
— Ou assim?
Não consigo falar nem pensar. Meto ainda mais; não sei como ou de onde
vem nem para onde vai. Ela coloca as mãos na minha barriga e se mexe para
cima e para baixo. A onda de prazer toma conta de mim, e agarro seus
quadris com tanta força que vai deixar marcas.
— Você é incrível, puta merda.
Cada movimento dela é no ritmo perfeito e estou enlouquecendo. Ergo o
quadril no mesmo momento em que ela desce e joga a cabeça para trás.
— Isso, bem aí, isso…
Ela cai no meu peito, os dedos puxando meu cabelo. Ela continua a
sentar, e o som delicioso das peles batendo ecoa pelo quarto. Neste
momento, fico feliz por ter uma festa barulhenta do lado de fora.
O corpo de Tasi é perfeito; forte e flexível, com a bunda redonda e
carnuda e os peitos grandes. Nada disso importa tanto quanto a sensação de
sentir ela tendo um orgasmo.
— Vai gozar de novo pra mim, Anastasia? — provoco quando suas
pernas tremem e as unhas se enfiam na minha pele.
Ela murmura algo incompreensível, a pele bronzeada brilhando sob a luz
do quarto, o cabelo grudado na testa e uma expressão de cansaço e prazer
no rosto enquanto sua boceta engole cada centímetro do meu pau como se
fosse feita pra isso.
Envolvo sua cintura com o braço para segurá-la no lugar e coloco a outra
mão entre nós. Pressiono seu clitóris de leve, e ela se desfaz.
Mereço uma medalha por não gozar na hora, porque seu corpo inteiro
fica ainda mais tenso, o que achei que fosse impossível. Ela está tremendo, osquadris tendo espasmos enquanto aproveita o orgasmo e chama meu nome.
— Você é um monstro. — Ela se aproxima, me beija na boca, nossos
corpos colados do melhor jeito possível. — Um monstro de verdade.
— Nunca achei que você fosse dessas que desistem fácil, Allen. — Coloco
uma mecha de cabelo atrás da orelha dela e seguro seu rosto. Paro um
segundo para olhá-la. Seus bochechas estão vermelhas e seu sorriso,
cansado, ao virar o rosto para beijar a palma da minha mão.
— Você é linda demais, sabia?
— Você já tá transando comigo, Hawkins. Não precisa puxar meu saco.
Olha ela aí.
A garota carinhosa e dócil pós-coito se foi, e o jeito mandão voltou. Dou
um tapa na bunda dela e faço ela se deitar de costas de novo. Saio de dentro
dela e dou uma risadinha do gemido triste e depois do som de surpresa que
ela faz quando a viro de barriga para baixo de novo.
— Não aguento mais uma. — Ela geme. — Não consigo.
Eu puxo seus quadris até ela ficar com a bunda no ar, e é com essa
imagem que vou sonhar toda noite.
— Quer parar? — Ela olha para mim por cima do ombro e nega com a
cabeça. — Que bom, então segura na cama.
Anastasia estica as mãos e segura nas barras da cabeceira da cama,
encostando a cabeça em um travesseiro e tentando me olhar enquanto me
posiciono atrás dela.
Eu sinceramente acho que nunca fiquei tão duro assim.
Esfrego meu pau para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que
massageio o clitóris supersensível dela e faço seu corpo tremer. Quando ela
geme, impaciente, finalmente me posiciono e a penetro.
Ela quica a cada pulsada, sua bunda batendo na minha virilha, me
deixando ainda mais excitado. O encaixe das minhas mãos na curva da
cintura dela é perfeito, e os sons que ela faz não estão ajudando a me
controlar.
— Eu disse que ia comer essa boceta como se fosse minha, porque ela é
minha.— Nathan… — Ela geme, mas ainda consegue me provocar. — Vai
sonhando.
— Solta a cama. — Sinto uma onda de satisfação ao ver ela me obedecer
imediatamente, pela primeira vez na vida. Puxo ela para perto de mim,
porque eu quero, preciso dela mais perto, e passo a língua pelo ombro até o
pescoço, sentindo o gosto salgado de sua pele.
Uma das minhas mãos passeia pelo corpo dela até seus peitos e a outra
fica entre as pernas, sentindo meu pau entrar e sair enquanto ela quica em
um ritmo incrível. Seu corpo inteiro está tremendo, o peito arfando, a
boceta pulsando.
— É demais pra mim, Nate. É bom demais, não aguento.
— Não desiste, Anastasia.
Meus dedos provocam seu clitóris, de leve, e ela está quase gozando. Sua
boca vira para mim, seus quadris se movem, os olhos se reviram. Eu aperto
minha boca na dela quando ela grita, a boceta me apertando com tanta força
que não resisto mais, enchendo a camisinha.
É como se meu corpo estivesse em chamas que me consomem e me
sufocam. Estou tremendo com os espasmos, ainda dentro dela, muito depois
de termos parado, tomados pelo prazer.
— Foi melhor do que sexo com raiva? — resmungo e apoio a testa no seu
ombro.
Ela começa a rir, o corpo se mexendo nos meus braços.
— Ai. Meu. Deus. Cala a boca, Nathan.
O lado ruim de estar com a casa cheia de gente, além de, obviamente, estar
com a casa cheia de gente, é tentar sair sem que ninguém note.
Depois de me forçar a sair de dentro dela, eu joguei a camisinha fora e
vesti uma calça de moletom. Ela olha para mim da cama e faz uma careta
quando percebe que tenho uma missão pela frente.
— Você derreteu todos os meus ossos — diz Anastasia. Ela está nua na
minha cama, o estômago se movendo com a respiração. Ela está linda. De
uma maneira inacreditável, depois de tudo isso, meu pau se move, mas se eusugerir mais uma, ela vai me matar. Tasi me vê atravessar o quarto até a
porta. — Aonde você vai?
Eu beijo sua testa e a cubro, ignorando a careta.
— Vou abrir a porta. Quer arriscar que alguém do lado de fora veja sua
bunda? — Ela dá de ombros. — Vou roubar umas coisas do Henry. Já volto.
Henry salvou o dia, e acho que vou na Target amanhã comprar uma caixa
dessas coisas que ele guarda no banheiro. Aperto todos os zeros e entro,
ficando em total choque quando vejo Henry de cueca, beijando uma menina
seminua na cama dele.
— Merda! — grito e cubro meus olhos. — Desculpa, irmão, merda. Eu
preciso daquela caixa de coisas do teu banheiro. Me desculpa…
— Daisy — diz a menina.
Cubro os olhos e vou até o banheiro, fecho a porta depois de passar e
logo encontro o que estava procurando. Roubo sabonete líquido, xampu,
condicionador, um elástico de cabelo e uma escova. Eu dou mais uma
olhada, então decido pegar meias também. Seguro tudo com um braço e uso
a outra mão para cobrir os olhos quando me preparo para sair.
— Ela já saiu. Pode tirar a mão — diz Henry, sério.
— Me desculpa, irmão. Não achei que estaria aqui. Quem é?
— Uma conhecida minha. A irmã mais nova da Briar. — Ele suspira, e
me sinto culpado. — Da próxima vez que estiver com alguém, capitão, não
deixe a garota sozinha, senão vou roubá-la pra mim.
Maravilha.
— Você provavelmente conseguiria, cara. Não vou voltar, prometo. Corre
atrás dela.
Anastasia está na mesma posição quando volto para meu quarto.
— Eu acabei de ser empata-foda do Henry por acidente. Chega de ser
amiguinha dele, Allen. Ele disse que, se eu te deixar sozinha, vai acabar te
roubando de mim.
Mesmo depois de ter guardado as coisas no banheiro e voltado para a
cama para carregá-la, ela continua rindo.
— Ele conseguiria, viu? Ele tem aquele jeitinho gentil e misterioso.Eu sei bem disso. Toda mulher é louca pelo Henry. Eu ligo o chuveiro na
pressão e temperatura certas, entramos e a coloco em pé de novo. Pego o
xampu e ela bufa.
— Nathan, posso fazer isso sozinha.
— Por que faria isso se estou aqui para fazer por você?
Ela não discute enquanto mexo meus dedos pelo seu cabelo, cobrindo-o
de espuma e depois enxáguo.
Meus dedos se afundam nos ombros dela e seu corpo relaxa, então ela se
encosta em meu peito, suspirando. Está calmo e silencioso aqui, um
contraste marcante com alguns minutos atrás — isso é, até eu pegar o tubo
de condicionador e encarar as instruções.
— Onde raios eu devo aplicar isso?
Ela se acaba de rir.
— Nas pontas.
Esfrego ela dos pés à cabeça e, quando terminamos, eu a enrolo na toalha
mais fofa e gigante que tenho. Tasi vai de calma e passiva para estressada
mais rápido do que qualquer pessoa que já vi, mas ninguém diria isso ao vêla
aconchegada no meu peito.
Pego a camiseta do Titans na minha gaveta e coloco nela, visto uma
cueca boxer, e a deito na cama, me aconchegando ao seu lado.
Não me importo com a festa barulhenta lá fora. Desligo as luzes e me
deito com Anastasia, abraçando-a quando ela se aninha em mim. Ela coloca
o corpo sobre o meu e cai no sono, roncando de leve em meu peito.
Em vez de dormir, fico deitado no escuro, ouvindo-a respirar e tentando
bolar um plano para convencê-la a não querer fazer isso com mais ninguém.
Não consigo pensar em nada.

Quebrando o Gelo- Hannah GraceOnde histórias criam vida. Descubra agora