Hermione quis ir andando até o salão principal. Por sorte, os corredores estavam vazios e ela não se distraiu como antes. Para que ela não tivesse que carregar o livro que Alvo lhe dera, eu o diminui e o guardei no bolso. Isso a deixou mais livre para caminhar, mesmo que minha mão atada a sua não lhe permitisse estripulias.
Ela ficou deslumbrada quando abri as portas de carvalho e ela entrou no grande salão. Por estarmos no meio do feriado das festividades do final do ano, e a grande maioria dos alunos estar fora de Hogwarts, as quatro mesas das casas foram reduzidas a uma.
O gritinho animado de Hermione chamou a atenção de todos. Ao perceber que arrecadara muita atenção para si, ela segurou na minha mão com ainda mais força e tentou se esconder atrás das minhas pernas. As meninas que cruzaram nosso caminho mais cedo se debruçaram namesa para cumprimentar Hermione. Ela sorriu em resposta e deu um leve aceno com a mão livre.
Vendo que ela não sairia do lugar tão cedo, eu a peguei no colo e a levei até a mesa dos professores. Minerva e Pomona nos recepcionaram e pareciam encantadas com a menina. Talvez fosse o instinto materno.
– Quem é essa princesinha, Severo? – McGonagall perguntou enquanto mexia nas mãos de Hermione.
– Ela ficará conosco por algum tempo, Minerva – Alvo respondeu aparecendo atrás de nós. – Esta é Hermione.
A garotinha olhou de Alvo para Minerva e então para Sprout. Sorriu para os três como se tivesse chegado a uma conclusão e então apontou para Alvo.
– Vovô. – Virou-se para indicar Minerva. – Vovó. – E por fim, parou em Pomona. – Tia!
Achei que McGonagall não reagiria bem ao ser chamada de "vovó", mas ela pareceu se derreter ainda mais pela garotinha. Sprout sorriu carinhosamente para Hermione, feliz pela menina vê-la como um membro da família.
– E quem é esse? – Alvo perguntou a ela apontando para mim.
Ele sabia a resposta, mas queria me constranger. Queria que todos os professores ouvissem Hermione me chamar de "Príncipe". Lancei a ele a minha melhor carranca, mas logo voltei minha atenção para a garotinha que respondia a pergunta.
– Meu pincipe soseino – soltou feliz, agarrando meu pescoço em um abraço. – E eu sou a pincesa soseina dele.
Sua resposta me desconcertou. Fiquei em estado de choque por alguns segundos e esperei o deboche dos meus colegas de trabalho. Mas ele não veio. Minerva e Pomona pareciam emocionadas com o carinho que Hermione nutria por mim e Alvo sorria afetuosamente para a menina.
– Já está ensinando a menina que ela deve escolher a sua casa, Severo? – Flitwick se aproximara sem que eu percebesse e murmurou em tom bem- humorado.
– Não tenho culpa se ela tem bom gosto – rebati seco com uma sobrancelha erguida.
– Ora, parem – Minerva pediu e voltou sua atenção para a garotinha no meu colo. – Quer almoçar com a vovó?
Eu quase agradeci McGonagall e joguei Hermione no seu colo. Olhando o banquete na mesa, eu não fazia ideia do que dar para ela comer. Outra pessoa se responsabilizar por isso, seria ótimo! Porém, esperei que Hermione decidisse. Ela me olhou em duvida antes de voltar a encararMinerva, por fim, esticou os braços para a bruxa.
Mal havia me sentado em meu lugar ao lado de Alvo quando ouvi a voz etérea de Sibila. Olhei na direção de Minerva e Hermione, e lá estava a charlatã metida a vidente se aproximando da garotinha. Eu estava pronto para levantar e tirar Trelawney dali, quando Alvo me segurou e pediu que eu esperasse.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sangue Negro | Snamione
Fanfiction1982 Uma vila bruxa é invadida por lobisomens e apenas uma garotinha sobrevive. Dumbledore mantém a menina em Hogwarts até que a descoberta de seus pais biológicos leva o Ministro da Magia à exigir que ela seja criada por trouxas. 1996 Hermione Gran...