Capítulo 25 - Que os jogos comecem!

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Minhas pernas tremiam só de olhar as arquibancadas lotadas. Mesmo com Harry, Rony e Gina ao meu lado, eu sentia que desmaiaria a qualquer momento. Merlin! Maldita hora que eu concordei com aquela maluquice!

Tomamos nossas posições assim que Madame Hooch se posicionou no meio do campo para apitar o início do jogo. Tão logo a partida teve início, todos saíram do chão. Eu fui a última a voar e a primeira a chegar no alto dos aros.

Tremi pela velocidade, enquanto os grifinórios nas arquibancadas aplaudiam e gritavam. Eu continuei onde estava, ignorando o espaço entre meus pés e o chão, agarrada na vassoura nova que ganhei devpresente poucas horas antes.

No café da manhã, Rony estava tão desesperado quanto eu e parecia que enfartaria. Mas Harry colocou um pouco da poção Felix Felicis em seu suco e pouco depois, o ruivo era um poço de confiança. A questão é que, quando o correio chegou, outro embrulho enorme foi depositado na minha frente por um corvo. Bellatrix não poderia comprar uma coruja como todos os bruxos?

Ao abrir o papel pardo que envolvia o embrulho, me deparei com uma vassoura nova. Segundo a empolgação dos meninos, era uma Firebolt da nova geração. Atualmente a vassoura mais rápida do mundo.

Merlin, Bellatrix queria me matar? Porque era o que aconteceria quando eu subisse naquela coisa a 240km/h.

Um cartão acompanhava a vassoura. Preparei-me psicologicamente para o que viria e o abri.


"Hermione,

Draco me enviou uma coruja ontem à noite para contar que você jogaria no time de quadribol da sua casa hoje. Como você mencionou que não tinha uma vassoura, estou lhe dando uma de presente.

Aproveite que temos toda a fortuna de Rodolfo para gastar!


Acabe com esses lufanos e não morra.

Com amor,

Bellatrix."



Com amor? A ironia daquela mulher iria me matar.

Acordei dos meus devaneios para desviar de um balanço mal intencionado que voara na minha direção.

"Se eu fosse o batedor da Lufa-lufa, tomaria cuidado para não acertar a garota Black. Ouvi dizer que ela é boa em se livrar de pessoas, perguntemos a Greyback."

A voz do locutor do jogo soou pelo campo, fazendo grande parte dos espectadores rir.

Que merda era aquela?

Aproximei-me do ponto da arquibancada que o locutor estava e não o reconheci, mas era um lufano. Eu iria mandá-lo calar a boca, quando notei que estava no meio de um lance do jogo.

Dois lufanos vieram na minha direção com o objetivo de chegar aos aros. Segurei-me na vassoura com o máximo de força possível e tentei me desviar. Ainda assim, um dos bruta-montes conseguiu me acertar e eu me desequilibrei, ficando pendurada no cabo da vassoura. Se não estivesse com as mãos grudadas na madeira, teria caído.

– Hermione! – a voz de Harry se sobrepôs aos gritos assustados do público.

Não olhe para baixo. Não olhe para baixo. Não olhe para baixo.

Eu repetia como um mantra. Continuei com as mãos agarradas na vassoura, mas sentia o suor das minhas palmas torná-las escorregadias. Só Merlin sabia quanto mais eu aguentaria. Olhei ao redor e vi Harry voando na minha direção, até que um balanço o atingiu, impedindo suaaproximação.

Sangue Negro | SnamioneOnde histórias criam vida. Descubra agora