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MARRETA

William estava amarrado na cadeira, o rosto inchado de tanta pancada que já tinha levado. Seus olhos inchados mal se abriam, mas ele ainda conseguia me enxergar. O medo que eu via nele era combustível pra minha raiva.

— Eu disse que ia resolver essa merda do meu jeito, não disse? — minha voz saiu baixa. Peguei uma chave de fenda em cima da mesa que Coringa tinha deixado ali. — Mas não vai ser rápido, não. Tu vai sofrer, William. Vai sentir cada maldita parte do seu corpo implorando pra morrer.

Me aproximei mais, a chave de fenda girando entre meus dedos. William tentou mexer o corpo, mas tava preso firme na cadeira, as cordas apertadas o bastante pra cortar a pele.

— Marreta... por favor... — ele gaguejou, o som da sua voz era quase um sussurro.

— Cala a porra da boca, William! — berrei, segurando o rosto dele com força, forçando ele a me encarar. — Já te dei chance demais. Achou mesmo que ia fazer isso e sair vivo?

Eu me aproximei mais, a ponta da chave de fenda encostando nos dentes da frente dele.

— Sabe o que dizem sobre a dor nos dentes, né? — perguntei, minha voz carregada de sarcasmo.

William começou a chorar de novo. Eu forcei a chave de fenda contra o primeiro dente, arrancando um grito de dor dele.

O som da carne rasgando e do dente saindo fez um sorriso surgir no meu rosto. Puxei o dente com força, o sangue escorrendo pela boca dele.

— Gosta disso? — perguntei, segurando o dente ensanguentado entre meus dedos e mostrando pra ele. — Vai ser assim, um por um.

Ele gritava, o rosto contorcido de dor, mas isso só me dava mais vontade de continuar.

Coloquei a chave de fenda no segundo dente e fiz a mesma coisa, arrancando outro grito dele.

— Porra, William, tá ruim? Vai piorar. — Eu disse, enquanto me deleitava com a dor dele. Continuei arrancando dente por dente, ouvindo os gritos desesperados dele. Cada dente arrancado era uma parte da dívida que ele tinha comigo sendo paga.

O sangue escorria pela boca dele, manchando a camiseta, mas eu nem ligava. Era o preço da traição.

Depois de arrancar todos os dentes da frente, larguei a chave de fenda na mesa e me aproximei dele novamente. William tava quase desmaiando, o rosto banhado em sangue, os olhos meio fechados, a respiração falha.

— Ainda não acabou, desgraçado. — sussurrei no ouvido dele, pegando uma faca na mesa. — Agora vem a parte final. Você não vai mais precisar dos seus olhos. Eu não quero que você veja a merda que fez com a própria vida.

Ele tentou gritar, mas mal conseguia falar sem os dentes. O som que saiu foi abafado, desesperado.

Eu levantei a faca, apontando direto pro olho direito dele.

— Sabe, eu até pensei em te deixar viver. Pensei que seria mais justo te deixar ver o que acontece quando alguém trai a família. Mas aí eu lembrei que tu não merece, amigo.

E sem esperar mais, enfiei a ponta da faca no olho dele, girando lentamente enquanto ele gritava de dor. O som que saiu foi um misto de desespero e agonia pura. O olho dele estourou, sangue escorrendo pelo rosto enquanto ele se debatia na cadeira, sem ter pra onde fugir.

— Tá vendo, William? Ou melhor, não tá vendo mais nada. — Eu ri de novo, arrancando a faca do olho destruído e indo pro outro.

— Marreta... por favor... para... — ele implorou, a voz tremida, quase inaudível.

— Já era, cara. Acabou pra você. — Respondi, frio.

Com o mesmo movimento, enfiei a faca no outro olho, repetindo o processo. O som dos gritos dele foi ficando mais baixo, e finalmente ele desmaiou, o corpo pendendo pra frente.

Eu observei por um instante, respirando fundo enquanto limpava o sangue que tinha espirrado no meu rosto.

— Hora de acabar com isso. — murmurei, mais pra mim do que pra ele.

Me aproximei devagar, a faca ainda na minha mão. Segurei o cabelo dele, puxando a cabeça para trás, expondo o pescoço, enquanto o corpo mole dele se inclinava.

— Eu realmente te considerava meu irmão, William, mas tu morreu no dia em que traiu a minha confiança, desgraçado. — falei baixo, mais frio do que nunca.

E sem hesitar, passei a faca pelo pescoço dele, num corte rápido e preciso. O sangue jorrou com força, manchando tudo ao redor. Os últimos espasmos de vida correram pelo corpo dele, e então... silêncio.

Eu soltei a cabeça dele, que caiu sem vida sobre o peito.

O William estava morto.

Por um instante olhei para o corpo sem vida dele e senti um nó na garganta, minha mente trazendo lembranças que eu não queria. Foda-se, ele não era mais meu amigo.

Coringa entrou logo em seguida, vendo a cena e assentindo com um sorriso de satisfação.

— Finalmente. — disse ele, se aproximando. — Teve o que mereceu.

— É. — Respondi, limpando o sangue nas minhas mãos com um pano. — Aqui, traição se paga com sangue.

E eu garanti que a dívida foi quitada.

***

Terminei de limpar o sangue que ainda manchava minhas mãos e o rosto. Cada gota que caía me lembrava do que eu tinha feito, mas, sinceramente, já não me importava. O William era passado. Agora, só tinha uma coisa na minha mente: Safira.

Peguei uma roupa limpa que Coringa tinha deixado pra mim e comecei a me trocar. Não queria que ela me visse daquele jeito.

Me olhei no espelho por um instante. O reflexo mostrava um homem que tinha acabado de tirar uma vida, mas tudo que eu conseguia pensar era na Safira. Precisava dela. Precisava sentir o cheiro dela, a pele, o calor. Queria ir pra casa e abraçar minha mulher e nunca mais soltar.

— Tá na hora de ir embora. — falei pra mim mesmo, fechando o zíper da jaqueta e ajeitando o cabelo.

Saí do cômodo, deixando o corpo de William pra trás, tudo que eu queria era voltar pros braços da Safira, e esquecer dessa merda toda.

Saí do cômodo, deixando o corpo de William pra trás, tudo que eu queria era voltar pros braços da Safira, e esquecer dessa merda toda

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NOTA DA AUTORA:

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Falta só 4 capítulos pra terminar a história e Protegida pelo Dono do Morro já está disponível no meu perfil para que vocês possam adicionar na biblioteca! 😉🔥

Aprisionada pelo Dono do Morro [Série Donos do Morro #2]Onde histórias criam vida. Descubra agora