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SAFIRA

Eu estava em um sono profundo quando senti beijos molhados na minha nuca. Era uma sensação familiar e, por um momento, pensei estar sonhando.

Abri os olhos lentamente, tentando entender o que estava acontecendo, e paralisei ao sentir dois braços fortes me envolverem. O calor do corpo contra o meu e o cheiro de álcool me alertaram imediatamente.

— O que é isso? Me solta! — Tentei afastar os braços de mim, mas fui envolvida com mais força, sentindo a pressão firme em torno da minha cintura.

— Para, Safira! — A voz de Murilo me fez parar de me debater. O tom rouco e possessivo era inconfundível.

— Murilo? O que você está fazendo aqui? — Antes que eu pudesse terminar a frase, ele me virou de frente e colou sua boca na minha, com uma urgência que me deixou sem ar.

— Eu quero você, Safira. — confessou, com uma intensidade que me fez estremecer. — Quero você agora.

Ainda tonta pelo sono interrompido, correspondi ao beijo sedento de Murilo, tentando acompanhar seus movimentos rápidos e desesperados.

Ele separou nossas bocas e, em um gesto rápido, tirou sua camiseta e a jogou no chão. O corpo musculoso e tatuado de Murilo sempre chamava minha atenção. Eu nunca cansaria de admirá-lo. As tatuagens que contornavam seus músculos definidos pareciam ganhar vida sob a luz fraca do abajur.

Sem esperar, ele também retirou suas calças, quase tropeçando no processo. 

Era óbvio que Murilo tinha bebido. 

Estranhamente, o Murilo bêbado era o meu preferido. Sem ofensas, sem xingamentos, sem puxões de cabelo.

Murilo quando bebia ficava carinhoso, ria, me tratava como alguém de verdade.

Assim que conseguiu se livrar da calça, caminhou novamente em minha direção. O volume em sua boxer branca chamou minha atenção, e mordi meu lábio inferior, com a respiração entrecortada pelo desejo e pela vergonha. Mesmo após várias e várias noites como aquela, eu ainda ficava envergonhada em vê-lo daquele jeito.

Era patético.

Ele deitou seu corpo sobre o meu, murmurando algo incompreensível, e com as duas mãos segurando firme o meu rosto, sugou meu lábio inferior, prendendo-o entre os dentes e puxando devagar, sem todo aquele desespero.

— Hum. — gemi quando uma de suas mãos começou a explorar meu corpo, esfregando meu pescoço, meus seios, descendo até a barra da minha camisola de cetim.

Seu beijo era lento e sensual, sua língua procurava a minha com uma urgência contida. Quando se afastou, olhou fundo nos meus olhos. Envergonhada, desviei o olhar.

— Você é tão linda, Safira. — confessou, com um brilho nos olhos que eu raramente via. — Você é a única, ouviu?

Franzi o cenho sem entender. A única o quê?

Ele não me deu tempo de perguntar e voltou a me beijar. Seus beijos desceram pelo meu pescoço, clavícula, o começo do decote, e quando viu que minha camisola estava atrapalhando, baixou as alças finas. Suas mãos pararam e, em vez de continuar, ele apertou meus seios através do tecido, fazendo meus mamilos apontarem sob a blusa.

— Murilo... — gemi num sussurro quando seus dedos capturaram meus mamilos.

— Você gosta assim ou prefere a minha boca neles? — murmurou, olhando nos meus olhos.

— Os dois.

— Hum... safada. — soltou um riso, consequência da bebida, e me deu um selinho antes de baixar a cabeça para sugar um dos meus mamilos.

Aprisionada pelo Dono do Morro [Série Donos do Morro #2]Onde histórias criam vida. Descubra agora