Sombras da Máfia - Clace Fanfic IA

Capítulo 13

A manhã estava carregada de emoções contidas enquanto Jace e Clary se preparavam para deixar a mansão Herondale. O sol brilhava, iluminando o caminho que levaria o casal ao próximo passo de sua nova vida juntos, rumo ao luxuoso apartamento de Jace. Stephen, como de costume, não se fazia presente, uma ausência que não surpreendia nem incomodava a maioria. Ao invés disso, Celine aguardava na entrada, ansiosa para se despedir de seu filho e de sua nova nora.

Clary estava um pouco tensa. Até então, sua relação com Celine fora praticamente inexistente, mas agora seria o momento de enfrentar a mãe de Jace pela primeira vez em uma situação mais íntima. No entanto, assim que Celine se aproximou, a tensão em seus ombros diminuiu. Celine a abraçou com carinho, sua voz suave e acolhedora.

— Clary, sei que você é forte e capaz — disse Celine, olhando profundamente nos olhos de sua nora. — E sei que meu filho está em boas mãos. — Ela lançou um olhar amoroso para Jace, que sorriu levemente. — Eu desejo que vocês sejam felizes. E lembre-se, estarei sempre aqui se precisar de mim.

Clary, surpreendida pela doçura de Celine, retribuiu o abraço. A suavidade daquele momento era uma quebra bem-vinda após toda a intensidade das tradições e do casamento.

— Obrigada, Celine. — Clary respondeu, sua voz genuinamente grata.

Celine se despediu de Jace com um beijo carinhoso na testa e lágrimas nos olhos, antes de finalmente deixar o casal com suas próximas despedidas. Clary então se voltou para Jonathan, e logo os sentimentos que tentava controlar se tornaram incontroláveis.

Jonathan, sempre tão forte e imponente, surpreendeu Clary ao se ajoelhar à sua frente, da mesma forma que fazia quando eram crianças. Ela se lembrava com clareza da primeira vez que ele fez isso, quando, ainda pequenos, ele jurou sempre protegê-la, não importa o que acontecesse. Agora, ali, a cena se repetia, mas de uma maneira muito mais solene e significativa.

— Vida longa à princesa — Jonathan disse, emocionado, com a cabeça inclinada em sinal de reverência. — Assim como eu prometi quando éramos crianças, eu sempre estarei aqui por você, Clary. Sempre e para sempre.

A voz dele carregava um peso que fazia com que as lágrimas ameaçassem cair dos olhos de Clary. Ela abaixou-se, segurando as mãos do irmão, seus olhos marejados de emoção.

— Sempre e para sempre — ela sussurrou, retribuindo a promessa.

Eles se abraçaram com força, uma conexão silenciosa que apenas irmãos poderiam compartilhar. Valentine e Jocelyn, que observavam a cena, sorriam com carinho e orgulho nos rostos. O vínculo entre Clary e Jonathan era algo que nem o tempo, nem a distância, jamais conseguiriam quebrar.

Valentine, sempre o homem controlado, deu um passo à frente para se despedir da filha. Ele a olhou com orgulho estampado no rosto, algo raro vindo de um homem tão acostumado a esconder seus sentimentos.

— Lembre-se, Chicago será sempre sua casa, Clary — Valentine disse, sua voz firme, mas carregada de um amor paternal que não era frequentemente visto. — Você será sempre a princesa da máfia de Chicago, onde quer que vá.

Com um sorriso raro e uma ponta de emoção nos olhos, Valentine entregou uma caixa delicada para Clary. Ela a abriu com cuidado, e sua respiração parou por um momento ao ver o belíssimo colar de rubi, com o lema dos Morgenstern gravado no fecho. Um símbolo poderoso de sua família, de sua herança.

Clary olhou para o pai, e uma lágrima solitária desceu por seu rosto.

— Esse era... o colar da vovó? — Ela perguntou, sua voz levemente trêmula.