A atmosfera no salão do GoldenHall era densa com tensão e poder. Os homens de Jace, todos alinhados e prontos para receber as ordens, ocupavam as longas fileiras do salão imponente. As paredes de pedra e madeira escura refletiam a história de gerações de poderosos líderes da máfia, e no centro de tudo isso, erguia-se a grande cadeira, o trono, onde Jace Herondale sentava como o soberano indiscutível de Nova York.
Jace e Clary entraram no salão com uma postura firme, de braços dados. Jace, em seu habitual terno preto, exalava uma aura de comando que silenciava qualquer inquietação à sua volta. Ao seu lado, Clary usava uma roupa elegante, que misturava sofisticação com uma força silenciosa. Ela parecia uma rainha ao caminhar ao lado do marido, como se já tivesse sido moldada para aquele momento, apesar das barreiras que muitos ainda insistiam em impor a ela. Isabelle e Alec caminhavam logo atrás, formando um quarteto que irradiava confiança e controle.
Jace parou no degrau mais alto da escada, ajudando Clary a subir com cuidado, e então ela se posicionou à esquerda do trono, enquanto Alec se colocava à direita de Jace e Isabelle ao lado de Clary. O salão ficou em silêncio absoluto quando Jace sentou-se no trono, seus olhos varrendo a multidão de homens diante dele. O simples ato de sentar ali reforçava sua autoridade, mas hoje, ele não estava apenas como líder. Havia algo mais. Uma guerra estava prestes a começar, e ele precisava preparar seus homens.
— Senhores, — Jace começou, sua voz cortando o silêncio com facilidade, — uma guerra está se aproximando. A Ordem está se movendo mais rápido do que esperávamos. E, como vocês sabem, há sinais de que talvez tenhamos um traidor entre nós aqui, em Nova York.
A menção da Ordem causou murmúrios inquietos. Alguns homens trocaram olhares preocupados, enquanto outros mantinham suas expressões duras e impenetráveis. Alec avançou um passo, com seu olhar determinado.
— Vamos sair vitoriosos, — Alec afirmou com confiança, sua voz firme ecoando pelo salão. — Mas precisamos de cautela e estratégia. Não podemos subestimar nossos inimigos, nem os riscos que estamos enfrentando.
Jace permaneceu frio, seus olhos atentos. Ele notou que um de seus homens mais velhos, um veterano com muitas batalhas nas costas, estava inquieto, e seu olhar de desdém estava fixado diretamente em Clary. O desconforto do homem era evidente, seus olhos cheios de ódio reprimido.
Jace não se conteve e quebrou o silêncio com uma voz gélida e direta:
— Algo errado com minha esposa? — Ele perguntou, os olhos fixos no homem. — Por que não compartilha com todos o que o incomoda tanto?
O homem hesitou por um segundo, mas logo ergueu o queixo, sua expressão amarga e desrespeitosa.
— A presença da sua esposa... — ele começou, a voz áspera. — E da menina Lightwood... — ele lançou um olhar para Isabelle, que o encarou com desprezo — não deveria ser permitida em GoldenHall. Este não é lugar para mulheres.
A tensão no ar ficou palpável. Os olhares se voltaram para Jace, esperando sua resposta, mas antes que ele pudesse dizer algo, foi Clary quem quebrou o silêncio.
Com um sorriso calmo e confiante, ela perguntou gentilmente, mas com um toque de ironia em sua voz:
— Ah, e qual seria o lugar de uma mulher então?
O salão inteiro ficou em silêncio absoluto. O homem que havia falado ficou sem reação, como se não esperasse que ela respondesse, muito menos com tal compostura. Ele abriu a boca para dizer algo, mas as palavras lhe faltaram.
— O que foi? — Clary continuou, com um sorriso intrigado nos lábios. — Algo aconteceu com sua língua? Porque, de repente, parece que perdeu a coragem de falar.
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Sombras da Máfia - Clace Fanfic IA
FanfictionO dever é algo que supera tudo, inclusive seus próprios sentimentos. Jace Herondale e Clary Morgenstern cresceram aprendendo isso. Seus destinos foram traçados a quinze anos e agora havia chegado a hora de cumprir seus deveres para com suas famílias...