Sombras da Máfia - Clace Fanfic IA

Capítulo 31

Semanas haviam se passado, e Clary finalmente começava a mostrar sinais de recuperação. Cada dia era uma pequena vitória, mas Jace sabia que eles ainda estavam longe de um desfecho tranquilo. O alívio de vê-la melhorando fisicamente era constantemente ameaçado pelo caos que os cercava. Os ataques contra eles se tornavam mais frequentes, e a tensão estava no limite.

Jace passava cada minuto com os nervos à flor da pele, não apenas com a segurança de Clary e do bebê, mas também com o avanço de seus inimigos. Charles não dava sinais de parar, e o símbolo dele estava em todos os lugares, uma lembrança constante de que não havia escapatória fácil dessa guerra. A máfia rival os estava encurralando lentamente, e Jace sentia a responsabilidade pesando sobre seus ombros.

Ele estava sentado no escritório de GoldenHall, olhando para os relatórios diários que chegavam sem parar, quando Alec entrou.

— Os ataques em nossos armazéns estão se intensificando. Charles está tentando nos sufocar, — Alec disse, jogando um arquivo sobre a mesa. — E não é só isso, há um boato circulando entre nossos contatos de que ele sabe sobre o bebê.

Jace fechou os olhos, o nome de Charles fazia sua raiva subir de forma quase incontrolável. O homem estava se tornando um fantasma, um inimigo que parecia estar sempre um passo à frente, sempre pronto para atacar onde mais doía.

— Eu sabia que isso ia acontecer, — Jace disse com a mandíbula travada. — Ele está atacando porque sabe que estamos vulneráveis.

— Sim, — Alec concordou, se recostando na cadeira. — Mas não podemos deixar que ele use isso contra nós. Precisamos nos fortalecer. Valentine já está em campo com Jonathan, traçando um plano para interceptar os próximos movimentos dele.

— E Clary? — Jace perguntou, sentindo uma familiar pontada de preocupação. — Ela está em repouso, mas eu sei que está se sentindo impotente. Esse tipo de pressão... Alec, ela está carregando um fardo enorme, mesmo que não diga nada.

Alec suspirou, entendendo o que o irmão queria dizer. 

— Ela vai precisar de você mais do que nunca. Não podemos protegê-la de tudo, mas podemos tentar.

Jace assentiu. A sensação de impotência o consumia. Ele era o líder, o marido, o protetor, mas nesse momento parecia que o mundo estava se desmoronando ao redor dele, e tudo o que ele conseguia fazer era apagar pequenos incêndios enquanto o verdadeiro perigo se aproximava.

Naquela noite, ele voltou para o apartamento onde Clary estava descansando. Valentine e Jonathan estavam no campo de batalha, liderando as operações que tentavam manter Charles e seus homens afastados, mas Jace não conseguia tirar a cabeça da situação frágil em que Clary se encontrava.

Quando ele entrou no quarto, Clary estava sentada na cama, lendo um dos relatórios que havia trazido para ela. Ela estava mais pálida do que o normal, mas parecia determinada.

— Você não devia estar lendo isso, — ele comentou, tentando manter um tom leve. — Doutor disse que repouso é a prioridade.

Ela olhou para ele com um sorriso cansado. 

— Eu não posso ficar aqui sem fazer nada, Jace. O mundo está desmoronando lá fora, e eu me sinto inútil.

Jace se aproximou e sentou ao lado dela, pegando sua mão. 

— Você está fazendo o que precisa fazer. Está se recuperando e cuidando do nosso bebê. Isso é o mais importante.

Clary desviou o olhar, e ele sabia que ela ainda não estava completamente confortável com a ideia de ser mãe em meio a toda essa confusão. Ele entendia, mais do que ela imaginava. Jace não conseguia nem imaginar trazer uma criança para esse mundo agora. Eles estavam no meio de uma guerra, e a ideia de criar uma família parecia distante e, francamente, impossível.