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DULCE MARIA

Comecei a despertar com uma sensação deliciosa em meu corpo.

Assim que tomei consciência, notei que ela vinha dos beijos que Christopher dava em meu pescoço.

Sorri imediatamente, deliciada por estar nos braços dele.

— Bom dia.

— Bom dia — respondeu com a voz ainda rouca do sono.

— O que acha de continuar de onde paramos ontem à tarde? — brinquei quando um arrepio tomou toda a minha pele.

— Eu até faria isso, mas tenho planos para nós dois.

— Hum, que planos?

— Vamos sair para comer alguma coisa e depois vou te levar para conhecer a cidade.

— Sério? — falei, animada.

— Sim — confirmou, levantando-se em seguida e me puxando para fazer o mesmo.

— O que eu devo usar? — perguntei, pois não sabia para onde iríamos.

— O que você quiser, Dul, ficará linda de qualquer jeito. Ah, esse homem!

Demos um beijo rápido e ele saiu dizendo que iria fazer um café.

Estava tentando decidir o que usar, quando seu celular começou a tocar em cima da mesa de cabeceira.

Curiosa, fui até lá ver quem estava ligando e vi o nome Anahí. A chamada foi encerrada, mas logo vi uma mensagem chegar.

Não se esqueça do almoço com o pessoal do comitê.

PS: Continuo achando uma loucura investir nessa garota.

Enrijeci o corpo ao ler a pré-visualização, mas não estranhei sua postura, Anahí deixou claro desde o momento em que me viu, que não ficou feliz com a minha presença.

Bom, azar o dela, se Christopher realmente me quisesse, como estava demonstrando, não seria sua assistente pessoal que ficaria em nosso caminho.

Deixei o celular de lado e voltei à minha mala.

Após escolher algo que achei adequado, entrei no banheiro, onde fiz um coque no cabelo e minha higiene matinal. Decidi tomar um banho rápido, também, já que não sabia a que horas retornaríamos.

Ao terminar, saí enrolada em uma toalha e estaquei ao ver Christopher entrando. Mais uma vez seus cabelos estavam úmidos, mas diferente da noite anterior, ele usava um roupão de banho.

Vê-lo daquele jeito me deixou um pouco sem graça, mas ao mesmo tempo tive uma vontade súbita de desfazer o nó da faixa que o mantinha vestido para ver como ele era sem nada.

O impacto que sua visão me causou deve ter ficado implícito em meu rosto, pois ele perguntou:

— O que foi, Dul?

Sem querer expor meus pensamentos impróprios, falei a primeira coisa que veio à cabeça:

— Nada, só não fico a vontade de ter que tirá-lo de seu próprio quarto.

E era verdade, se eu não tivesse amarelado, nós já teríamos dormido juntos e Christopher não precisaria estar usando o quarto de hóspedes.

— Besteira — ele garantiu, indo ao meu encontro e me envolvendo em seus braços.

Aceitei seu abraço, rezando para que minha toalha não caísse.

Christopher tocou de leve meus lábios com os seus, de início com delicadeza, mas logo começou a aprofundar o toque, fazendo minha respiração acelerar.

O políticoOnde histórias criam vida. Descubra agora