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DULCE MARIA

Despertei da melhor maneira possível, com Christopher distribuindo beijos em meu ombro.

— Bom dia, linda — falou ao pé do meu ouvido me fazendo sorrir ainda de olhos fechados.

Ao me mexer, senti um pouco de desconforto entre as pernas, o que fez com que as lembranças da noite anterior voltassem com tudo.

Realmente tinha acontecido, e com o homem que eu amava.

Quando me virei para ele, notei que Christopher já tinha tomado banho e trocado de roupa, o que me deixou mortificada por ainda estar nua e toda descabelada.

— Bom dia — respondi e me sentei, tomando o cuidado de cobrir meus seios com o lençol. A Dul atiradinha tinha ido embora e ali estava aquela boba que corava por tudo.

Percebendo meu embaraço, ele passou os dedos por minha bochecha ruborizada e depositou um beijo leve em meus lábios.

Olhando-o mais detalhadamente, vi que estava usando uma calça jeans clara combinada com uma camisa branca e resolvi brincar, a fim de desanuviar o clima:

— E eu achando que você não sabia o que era jeans.

— Era a única coisa que tinha para vestir aqui no barco, mas eu gosto — respondeu ele com um sorriso.

— Eu também.

— Já retornamos à marina e nosso café-da-manhã está pronto. Por que não se arruma, vou ficar te esperando lá fora.

Assenti e Christopher saiu.

Depois de me espreguiçar, dirigi-me ao banheiro onde achei uma escova de dentes nova, além de vários outros produtos femininos. Fiz minha higiene matinal, tomei um banho rápido e coloquei o vestido que usara na noite anterior, porém, não me atrevi a vestir a calcinha, que tinha ficado um tanto melada das nossas preliminares.

Após guardá-la na bolsa, fiz um rabo-de-cavalo e não passei sequer o batom que havia levado, estava me sentindo radiante naquela manhã e não queria nenhum artifício.

Deixei a suíte e encontrei Christopher na mesma sala onde havíamos jantado. Ele se levantou ao me ver, fitou meu corpo e pude enxergar um brilho sensual se acender em seus olhos. Sem falar nada, colou nossos corpos e me beijou novamente, dessa vez com um pouco mais de intensidade.

Ao se afastar, ele sorriu e me guiou até a mesa.

— Não sabia o que você gostava, então pedi o básico — falou, puxando uma cadeira para mim.

— Está ótimo — afirmei.

Christopher sentou-se elegantemente a minha frente e abriu o jornal.

Vê-lo naquela pose, fez com que me lembrasse de que o homem à minha frente poderia ser o próximo presidente dos Estados Unidos e que se nosso relacionamento progredisse, eu teria que me inteirar de seu mundo.

Estar integrada ao seu meio e não conseguir elaborar um comentário inteligente, ou ao menos pertinente, sobre política, seria inadmissível, até mesmo para mim.

Pare de pensar e coma!, disse a mim mesma e foi o que fiz, peguei um pouco de ovos mexidos e servi uma xícara de café, mas logo me arrependi. Aquele era o típico café americano e nada tinha a ver com o que Consuelo fazia lá em casa.

Após alguns goles, que tomei apenas para acompanhar o que havia em meu prato, desisti e peguei um pouco da salada de frutas que estava deliciosa. Com sede, servi-me de suco de laranja e fiquei bebericando.

O políticoOnde histórias criam vida. Descubra agora