DULCE MARIA
Era difícil voltar para a realidade depois de ter vivido um sonho com Christopher em Nova York. Ele prometeu que iria para Washington no sábado e eu já estava contando os dias para ficarmos juntos novamente.
Nossa despedida foi triste e até um pouco dramática, uma vez que eu me negava a deixá-lo e ele também parecia bastante insatisfeito com a nossa despedida.
Mesmo não podendo me acompanhar, disponibilizou seu jato, cujo serviço de bordo foi muito atencioso, mas eu sentia um vazio enorme e uma saudade que já começava apertar.
Quando o taxi que peguei no aeroporto parou em frente à mansão, senti um arrepio perpassar meu corpo. A única coisa que me consolava por estar ali novamente era saber que Maite, Consuelo e Benito estavam à minha espera.
— Pode começar a me contar tudo — exigiu Maite quando passei pela porta.
— Deixe-a respirar, menina! — Consuelo pediu quando Maite continuou grudada a mim em um abraço apertado.
— Eu também morri de saudades — falei, abraçando todos eles.
Benito pegou minha mala e a levou para o meu quarto, já eu e as mulheres nos dirigimos à cozinha. Consuelo havia feito um bolo para me receber e iria passar um café fresquinho para tomarmos enquanto eu contava as novidades.
E foi o que fiz, contei com detalhes como tinha sido minha semana, omitindo, obviamente, o fato de ter perdido a virgindade com Christopher, isso eu contaria apenas a Maite quando estivéssemos sozinhas.
Após meu relato, deixaram-me a par de tudo que aconteceu durante a semana. Segundo elas, Blanca não ligou nenhuma vez, ao que eu agradeci imensamente, não queria nem imaginar o que ela faria se soubesse onde eu me encontrava.
Infelizmente para todos nós, ela chegaria no dia seguinte, de forma que iria aproveitar meus últimos momentos de paz.
Quando subi para o meu quarto com a intenção de desfazer minha mala, Maite me seguiu.
— Vai falando, Dul, quero todos os detalhes — pediu, jogando-se em minha cama.
Eu conhecia muito bem a minha amiga e sabia que não adiantava esconder nada, e nem pretendia, afinal, Maite era minha única amiga.
— Bom, nós transamos — soltei e ela arregalou os olhos, mas eu continuei tirando as coisas de dentro da mala e as organizando no guarda- roupa.
— Ai, meu Deus, me conta tudo. Doeu? Você gozou? Ele é grande? Tive uma crise de riso que era uma mistura de divertimento e vergonha, evidenciada pelo calor que sentia em meu rosto.
— Sim para todas as perguntas — respondi e separei as roupas que precisavam ser lavadas.
— Detalhes, por favor — pediu ela, sentando-se.
— A primeira vez foi esquisito, doeu no começo, mas depois foi bom, ele foi cuidadoso, maravilhoso, na verdade, e acabou sendo como eu sonhei.
— Fala sério, você é muito sortuda.
Isso era verdade, Christopher Uckermann poderia namorar com qualquer mulher do mundo e eu fui a escolhida, quer mais sorte que isso?
Depois de contar mais detalhes, tais como: o tamanho dele, quantas vezes fizemos e coisas do gênero, ela quis saber sobre como tinha sido tratada.
— Entre nós foi incrível, o problema são as pessoas que trabalham com ele, principalmente a coordenadora da campanha e a assistente pessoal. Elas fizeram de tudo pra melar nosso lance. Sorte que eu sou bem observadora, isso me ajudou a não cair na armadilha delas — afirmei.
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O político
RomanceChristopher Uckermann foi criado em um ambiente de luxo, riqueza e poder, típico da família Uckermann, famosa pela gestão da maior fábrica de armas do mundo e pela beleza que atravessa gerações. Desde cedo, ele se interessou por política, e seus pas...