Capítulo 1

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O Primeiro Encontro.

O sol brilhava forte sobre a quadra, o calor refletindo no chão duro, criando ondas de ar que tremulavam ao longe. As arquibancadas estavam lotadas, e o murmúrio de expectativa era quase tão ensurdecedor quanto os gritos e aplausos que explodiam a cada ponto disputado. Era a partida mais aguardada do torneio, e os olhares de todos estavam fixos em dois jogadores que dominavam a cena: Pietro Wilson e Vicky Schneider.

Pietro, com seu sorriso debochado e olhar confiante, ajustou o boné enquanto lançava um olhar provocador para o outro lado da rede. Vicky, com a postura ereta e uma expressão de pura concentração, respondeu com um sorrisinho astuto, que dizia que ela não se deixaria intimidar. Ambos sabiam que estavam diante de um adversário à altura, e isso apenas tornava cada jogada ainda mais tensa.

A partida foi um verdadeiro duelo de gigantes. Saques potentes, voleios precisos e trocas de bola que arrancavam suspiros da plateia se desenrolavam sem trégua. A cada ponto conquistado, um olhar desafiador era lançado de um lado para o outro da quadra, como se ambos reconhecessem que aquele confronto era muito mais do que uma simples competição.

O marcador chegou ao empate. O suor escorria pelo rosto de ambos, mas o brilho nos olhos de Vicky e o sorriso implacável de Pietro denunciavam que nenhum deles estava disposto a ceder. As pernas estavam cansadas, os braços pesados, mas o orgulho e a ambição gritavam mais alto. Vicky limpou o suor da testa com um movimento rápido, ajeitando a raquete entre as mãos, enquanto Pietro girava a própria raquete com confiança, o olhar fixo na adversária.

— Não pense que eu vou facilitar, princesa — provocou Pietro, com a voz carregada de sarcasmo, enquanto se posicionava para o próximo saque.

Vicky arqueou uma sobrancelha, um sorriso travesso brincando em seus lábios antes de responder:

— Facilitar? Espero que você pelo menos me faça suar, queridinho.

A tensão entre os dois era palpável, e o público, hipnotizado, mal piscava, esperando para ver quem cederia primeiro. Mas nenhum deles parecia disposto a deixar o outro vencer, e a partida se prolongava em um embate que ia muito além das linhas da quadra. Naquele momento, não era apenas o troféu em jogo, mas uma questão de orgulho, de provar que o outro não tinha o que era necessário para dobrá-los.

O sol já começava a se pôr, tingindo o céu de tons alaranjados e rosa, quando mais um empate foi registrado no placar. O árbitro sugeriu uma pausa, mas a resposta foi unânime e enfática:

— Nós terminamos isso agora!

O duelo prometia continuar por mais tempo, até que um deles finalmente cedesse, ou que o verdadeiro jogo entre eles começasse, fora da quadra, onde sentimentos e rivalidades se confundiriam ainda mais.


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