Brilho e Frieza.
Os dias seguintes foram repletos de intensidade e treinamento para Vicky. Enquanto se preparava para seu retorno às quadras, ela se dedicou completamente aos treinos, focando em aprimorar suas habilidades. No entanto, havia uma nuvem de tensão pairando sobre ela, especialmente quando se tratava de seu avô Alan.
No clube, a quadra ressoava com o som de raquetes batendo na bola, mas Vicky se sentia cada vez mais distante de Alan. Ele a observava com uma expressão crítica, e suas palavras, antes encorajadoras, agora pareciam carregadas de uma expectativa esmagadora.
— Vicky, você precisa ser mais consistente — Alan disse durante um dos treinos, sua voz soando severa. — Não pode se dar ao luxo de cometer esses erros. Você é uma jogadora talentosa, mas precisa focar!
Vicky sentiu seu coração apertar. Não era a primeira vez que ouvia isso, e a pressão estava começando a se tornar insuportável. — Eu entendo, avô, mas estou tentando — respondeu, sua voz trêmula. — Eu preciso de um tempo para me adaptar a tudo isso.
Alan a olhou, um misto de preocupação e frustração em seu olhar. — Você não pode se permitir fraquejar, Vicky. Estamos falando de sua carreira e do legado da nossa família.
As palavras dele cortaram como uma faca, e Vicky respondeu, mais fria do que pretendia. — Eu não sou você, Alan. Estou vivendo minha própria jornada. E, a propósito, não sou a única que está mudando. — Com isso, ela se afastou, decidindo terminar o treino mais cedo.
Nos dias que se seguiram, Vicky brilhou nas quadras, fazendo jogadas impressionantes e demonstrando uma habilidade que deixava todos os outros tenistas admirados. Mas, apesar de seu desempenho, seu relacionamento com Alan continuava tenso. A frieza que se estabeleceu entre eles era palpável.
— Por que você está sendo tão difícil? — Alan perguntou em um dos treinos, quando finalmente conseguiu se aproximar dela. — Eu só quero o melhor para você!
— O melhor para mim ou o melhor para o seu legado? — Vicky rebateu, não se contendo. — Eu amo o tênis, mas também estou lidando com mudanças em minha vida. Estou tentando encontrar meu próprio caminho.
Alan suspirou, claramente frustrado. — Vicky, você é uma guerreira, e sei que pode lidar com isso. Mas eu só estou tentando ajudar. Não quero que você se machuque, fisicamente ou emocionalmente.
Vicky se sentiu dividida. Por um lado, ela sabia que Alan tinha razão, e ele só queria protegê-la. Mas, por outro, ela sentia que precisava de espaço para crescer como jogadora e como mulher. — Eu aprecio sua preocupação, mas preciso do seu apoio, não da sua crítica. Estou aqui para brilhar, e quero que você me veja assim.
A expressão de Alan suavizou um pouco, mas ele ainda parecia hesitante. — Eu vou tentar, Vicky. Prometo. Mas você também precisa se abrir um pouco mais. Deixe-me ajudá-la.
Ela assentiu, percebendo que a relação com seu avô precisava de um novo começo, assim como sua carreira. — Vamos fazer isso juntos, avô. Eu só preciso de tempo.
Com isso, os dois começaram a encontrar um meio-termo. Vicky se dedicou a brilhar em cada treino, mostrando seu talento e potencial, mas também trabalhou para reconquistar a confiança e a conexão com Alan.
Enquanto a quadra se enchia de risadas e incentivo, Vicky percebeu que, mesmo nas tensões, havia espaço para o amor familiar. Com o apoio de Pietro, ela sabia que podia enfrentar qualquer desafio — tanto nas quadras quanto fora delas. A jornada de autodescoberta estava apenas começando, e Vicky estava determinada a brilhar, não apenas como a neta de um grande jogador, mas como uma estrela por direito próprio.
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Rivais em Quadra!
RomanceBoa Tarde, Queridos Leitores! Em Rivais em Quadra, a adrenalina das competições de tênis se mistura ao fogo de uma paixão proibida. Entre saques poderosos e olhares intensos, dois adversários não apenas disputam o topo do ranking, mas também o contr...