Um acidente de avião, deixa uma advogada criminalista presa em uma ilha isolada de todos, onde ela conhece uma policial descompensada, que fará de tudo para protegê-la e levá-la de volta para casa em segurança. O problema era que tem muita gente que...
Li uma vez que cada ser humano possui dois lados: um bom e um mau. A luz e a escuridão coexistem dentro de nós. Precisamos desses dois lados para existir, tal como o chão e o teto, o preto e o branco, Adão e Eva, Tom e Jerry, e assim por diante. Contudo, frequentemente, a parte obscura é rejeitada e menosprezada por não se encaixar nos padrões, enquanto a parte luminosa é aceita e acolhida, pois representa o que aspiramos ser e como desejamos ser vistos pela sociedade. Digo 'frequentemente' porque cada ser humano tem seu livre arbítrio e é sua escolha decidir qual lado prevalecerá. Também li que seria ideal bloquear o lado sombrio para manter a paz interior. No entanto, acredito que bloquear ou rejeitar uma parte de nossa essência, que inevitavelmente será confrontada por situações do dia a dia, é uma tarefa difícil para não dizer impossível, assim como não se pode bloquear uma emoção ou sentimento. Enfrentar esse lado sombrio pode ser assustador, mas é extremamente necessário. Ao reconhecer e compreender essa parte, construímos nossa verdade, moralidade, compaixão, autoconsciência e essência. É através dessa honestidade profunda que definimos quem somos. Afinal, como podemos vencer uma batalha se não conhecemos bem o nosso adversário? Fica a reflexão.
E com isso, retorno ao cerne desta narrativa: Camila, que caminhava inquieta pela sua ampla sala, ansiosa e nervosa, mordiscando as pontas dos dedos, já sem unhas para roer. Seu olhar era frio e distante, os lábios levemente separados, os dentes trincados, a respiração irregular e o coração palpitante, batendo tão intensamente que o som ressoava em seus ouvidos, enquanto a adrenalina do momento fluía livremente por suas veias, como um rio em seu curso.
Enquanto seu lado que valoriza o bem acima de tudo, a parte luminosa, a consumia completamente, sussurrando: "É errado". Mas está tudo bem, o que precisamos agora é continuar no caminho correto e não sucumbir. Seu outro lado, a parte sombria, rebatia: "É certo". Você nunca se sentiu tão bem, e não deve se autoflagelar por alguém que, mais cedo ou mais tarde, encontraria aquele destino. Você está fazendo o necessário para sobreviver, para proteger quem você ama.
De repente, ela parou. Sua parte obscura estava certa. Se quisesse que algo fosse feito, tinha que agir por conta própria. Mas ela esqueceu-se que, para cada ato, há sua consequência.
------ . Com as consequências lhe damos depois. ------ murmurou para si mesma, apegando-se aquilo.
------ . O que? ------ despertou-se com a pergunta de Dinah, que estava logo atrás dela. Ela virou-se e suspirou fundo, perguntando-se quando chegou ali, que sequer notou sua presença ------ . O que você disse?
------ . Eu só queria me casar. ------ bufou chateada e levou a mão a têmpora ------ . Eu só queria casar em paz. Só me casar. Só isso. É pedir muito?
