Capítulo 11

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Draco

Ele nunca havia encontrado muita alegria no Quadribol antes, sempre muito preocupado em superar Potter e deixar seu pai orgulhoso. Atualmente, no entanto, ele não se importava com o reconhecimento do pai, o que o livrava de se colocar constantemente contra o garoto que vivia.

Não ajudava o fato de ele perder com frequência.

Mas acontece que ele gosta muito de sua nova posição como batedor.

Isso desperta nele um tipo diferente de competitividade, que não parece esmagadora e opressora. Ele não esperava que jogar com fins puramente recreativos pudesse ser tão agradável.

Sinceramente, ele estava perdido na alegria do jogo - até que a parte de sua consciência que parece estar sempre sintonizada com ela gritou em alerta. Draco olhou para ela várias vezes durante todo o tempo, não apenas porque seu corpo exigia isso, mas porque uma sensação perversa de satisfação crescia dentro dele toda vez que ele fazia uma jogada inteligente com ela observando.

Foi por isso que ele notou imediatamente quando o maldito Marcus mergulhou descuidadamente em um pomo que havia se posicionado perigosamente perto de Granger.

Ele agiu mais rápido do que nunca em sua vida - até mesmo mais rápido do que quando pulou na frente de um lobisomem por ela - e voou em sua vassoura em um ritmo suicida, movido pela raiva e pelo medo. Se ela se machucasse, todo o controle que ele vinha acumulando seria, sem dúvida, destruído.

Essa obsessão dentro dele, essa necessidade enlouquecedora por ela, deixou algo claro: se o garoto buscador a atingisse, ele morreria. Draco não teria sido capaz de se conter.

"Malfoy? Você está ouvindo?"

Sua voz soa irritada.

"O que foi?"

"Você tem que beber a poção."

"Não, não tenho."

Ela solta um suspiro de exasperação. "Pare de ser imaturo. O gosto não é tão ruim assim."

Ele sabe por experiência própria que o gosto é, de fato, muito ruim.

Draco está deitado em uma das camas da enfermaria, depois que um feitiço de diagnóstico revelou uma concussão bastante séria. Hermione fez isso sozinha, sem ter certeza se a maldição dele seria exposta se fosse a Madame Pomfrey quem lançasse a magia. A vantagem de ser a princesa da Grifinória é que a curandeira mais velha nem sequer questionou a bruxinha.

"Não seja um chato e aceite. Mesmo com uma cabeça tão dura quanto a sua, esse tipo de lesão pode ser perigoso."

Ele sorri para ela. "Você vai brincar de enfermeira para mim, Granger?"

Ela zomba, cruzando os braços. "Em seus sonhos."

Draco levanta uma sobrancelha, ainda sorrindo para ela. "De fato."

Seu peito se enche de diversão quando ele vê as bochechas dela ficarem três tons mais quentes. Será que ela já se perguntou de que forma ela aparece nos sonhos dele? Como ela o assombra à noite?

Em todos os sentidos, Granger. Todos os ruins e todos os bons.

Mas ela não está pronta para ouvir isso.

"Apenas beba."

"Não."

"Sim."

"Minhas papilas gustativas são sensíveis demais para algo tão horripilante."

Luna Vinculum | TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora