Luna Vinculum | Tradução

Capítulo 22

Hermione

Escondida sob a capa de invisibilidade de Harry, Hermione se move com passos silenciosos em direção à entrada da sala comum da Grifinória. O tecido da capa a envolve confortavelmente, um escudo contra olhares curiosos, enquanto ela percorre os cantos pouco iluminados de Hogwarts. Ela já lançou seu feitiço de ilusão noturno - feito com facilidade e prática -, garantindo que sua ausência da própria cama passe despercebida até a manhã seguinte, quando a ilusão desaparece naturalmente, deixando um rastro de cama perfeitamente feita. É uma rotina que ela aperfeiçoou e que lhe dá a liberdade de escapar despercebida todas as noites.

Felizmente, Harry ainda não pediu sua capa de volta - talvez sentindo que ela precise mais dela. Desde que descobriu que Draco é um lobisomem, ele tem se mostrado bastante aberto em relação à amizade dela com os Sonserinos. Hermione se pergunta se é porque ele sente falta do professor Lupin. Ela também notou que Harry e Theo parecem ter desenvolvido uma espécie de amizade, já que eles são vistos conversando com frequência fora das aulas. Isso favorece a festa que eles estão planejando na sala comum da ROR.

Ele já foi aprovado, cortesia de uma conversa sincera entre Hermione, Harry e a diretora da escola. Nada de Ron. Ela ainda está um pouco irritada com ele, embora ele esteja tentando ganhar seu perdão quase todos os dias. Sinceramente, ela está gostando de vê-lo se contorcer.

Hermione chega à pesada porta da sala comum e, o mais silenciosamente que pode, abre-a.

Para o mundo externo, a ausência de Hermione todos os dias antes da aula foi facilmente explicada por um acordo feito com a diretora McGonagall. Ela passa as manhãs ajudando a Madame Pomfrey na preparação de poções de cura complexas, ganhando créditos extras no processo. É um disfarce que seus amigos aceitam prontamente, dado seu interesse de longa data nas artes da cura e na preparação de poções.

Entretanto, o que permanece oculto aos olhos curiosos dos funcionários de Hogwarts e de seus amigos mais próximos é o verdadeiro destino de suas andanças noturnas. Ela não vai para a enfermaria de seu próprio quarto na seção da Grifinória do castelo, mas da cama de Draco Malfoy.

A sensação de olhares sobre ela interrompe seus pensamentos.

"Eu lhe disse para me deixar caminhar sozinho até lá de agora em diante. É muito arriscado por aqui!" Ela sussurra - grita, esperando que ele saia das sombras.

Uma mão se estende para agarrar o tecido que a cobre. Ela nunca entendeu como ele sempre sabe exatamente onde ela está, apesar do fato de que a magia da capa a torna invisível.

"Me deixe entrar".

Hermione revira os olhos para ele. Seria uma imagem assustadora para quem estivesse observando de fora, pois a cabeça dela pareceria estar flutuando, com apenas o corpo coberto pela capa. "Você é muito grande. Não vamos caber."

Seus cabelos loiros são tão claros que quase brilham na escuridão. É difícil distinguir qualquer uma de suas outras características em uma luz tão fraca, mas Hermione consegue ver o suficiente para notar o pequeno sorriso nos lábios dele. "Vou me certificar de que... caiba. Granger."

As bochechas dela se aquecem quando ela percebe o duplo sentido das palavras.

Mas antes que ela tenha tempo de responder, Malfoy já está tirando a capa dela e indo para trás dela. Ele a coloca sobre si mesmo e depois se move de modo a ficar colado às costas dela, com os braços envolvendo-a. O tecido cai sobre os dois enquanto ele se curva ligeiramente, com o rosto próximo ao dela. O tecido cai sobre os dois enquanto ele se inclina ligeiramente, com o rosto próximo ao dela.

"Onde está sua bengala?" Ela murmura.

"Posso andar sem ela por um tempo." Draco acompanhou seus passos por trás.