Capítulo 27

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Draco

"Você não pode ser expulso, Draco.

"O quê..." A voz patética de Mclaggen é cortada rapidamente, uma gavinha da magia de Draco cobrindo sua boca.

O rosto corado e as sobrancelhas franzidas de Hermione revelam sua preocupação, e sua carranca preocupada puxa o coração de Draco. Ele está lutando para manter o foco total nela, dividido entre o desejo irresistível de protegê-la e a tempestade de raiva que se forma dentro dele.

"Não serei expulso, Hermione", responde ele, com a voz fria e distante. Ele construiu uma barreira em torno de suas emoções, determinado a manter sua escuridão escondida. Não chega ao nível da oclumência, mas chega perto. O vínculo torna isso necessário. "Você pode confiar em mim."

A relutância dela em deixar o banheiro é palpável, mas inútil. Draco não a deixará testemunhar isso.

Draco respira lentamente. A energia em seu interior é instável, perversa. Ele não a deixará sair até que ela esteja em segurança.

E ele precisa ser liberado.

Com um comando silencioso, Draco canaliza sua magia, empurrando-a gentilmente em direção à porta. "Vá, Hermione", ele insiste, com seu tom comedido. "Vou me estar com você em breve."

"Você não precisa lidar com ele por mim", insiste ela, com a apreensão evidente em sua voz. "Sou mais do que capaz de lhe dar uma lição sozinha."

Hermione parece desconfiada. Mas não é por causa do filho da puta pendurado na parede.

Ela está preocupada com o que ele possa fazer. Ele pode ver isso na maneira como ela o está olhando, com olhos brilhantes e conhecedores.

Draco não pode deixar de se sentir presunçoso com a facilidade com que ela percebe sua calma pretensão - sua bruxa esperta. Toda minha. Mas isso não significa que ele a deixará ficar para testemunhar a violência que está prestes a desencadear sobre o maldito preso contra a parede.

Seus sonhos já são suficientemente assombrados. E o que ele precisa fazer vai atingir muito perto de seu coração. De seu trauma. De sua dor. E Draco se recusa a machucá-la.

Ele balança a cabeça.

"Dra..."

"Eu o encontrarei mais tarde. Vá direto para Potter. Ou para o Theo", ele instrui, interrompendo o protesto dela antes que pudesse se intensificar. Com um aceno de mão, ele invoca as correntes cinzentas de magia que estão girando pela sala. Elas correm em direção a ela, reunindo-se em torno de seu corpo.

Hermione olha para si mesma, com os olhos arregalados. "O que está fazendo?"

Draco sacode sua varinha e a magia cinza forma cordas que se apertam ao redor dela. Elas a levantam do chão e ela solta um suspiro. "Malfoy! Me solte!" Seu tom é carregado de acusação. Seus olhos se estreitam para ele.

A magia a leva em direção à barreira que está cobrindo a entrada.

Ele permitirá que ela passe por ele completamente ilesa. Mas não permitirá que ela retorne.

Ele a olha com carinho. "Você é adoravelmente teimosa demais para ir embora sozinha, e eu não posso adiar isso por mais tempo, amor."

Seus olhos se voltam para a figura que está sendo esmagada contra a parede. Draco precisa fazer com que ele pague. Agora. Sua fúria não pode ser adiada por muito mais tempo.

Pouco antes de ser expulsa da sala, Hermione o deixa com um aviso cortante. "Nós vamos conversar sobre isso, Malfoy."

Ele sorri, murmurando sua resposta na ausência dela. "Mal posso esperar, querida."

Luna Vinculum | TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora