Capitulo 11

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Chegamos na cidade.

A cidade era maravilhosa, cheio de feiras onde estavam frutas e legumes para vender, muitas pessoas andando para lá e para cá. Prédios enormes por toda a parte.

Algumas mulheres me olhavam com desprezo, devia ser porque eu estava suja. Recebia olhares por todo o canto, tanto de desprezo quanto de surpresa.

- Tommy, o que está acontecendo?

Tommy também estava sujo, mas não recebia olhares.

- Hm.. Eu acho que é pelo fato de você estar com o vestido cortado.

Olhei para baixo e vi minhas pernas nuas, corei e me escondi atrás de Tommy. Tommy havia cortado meu vestido para, pelo menos, conseguir que eu andasse um pouco mais no deserto.

Era maravilhoso a sensação de sair do deserto, sair do sol quente, sentir a brisa.

Paramos no centro da feira.

Eu sabia o que ele queria dizer enquanto me olhava. " E agora? Para onde você vai? " . Lágrimas encheram os meus olhos, não pelo fato de deixá-lo, mas sim pelo fato de não saber onde é a minha casa. Nunca tive a oportunidade de sair muito de casa então eu não sabia onde eu morava.

- Eu ... Não sei onde moro.

Eu piscava para afastar as lágrimas que queriam cair em olhar meu rosto. Tommy passou a mão no meu rosto e eu suspirei com seu toque, Fechei os olhos para saborear a sensação da sua mão me tocando e nossos lábios se tocaram outra vez.

Era a segunda vez que nos beijavamos. Beijá-lo era tão bom, sua boca roçava na minha com carinho e ternura, nossos lábios se moviam ritmicamente e eu esquecia de tudo á minha volta.

Eu me apaixonei por Tommy de um modo que eu nem cheguei á imaginar, foi gratificante.

- Venha comigo, depois nós achamos sua casa.

E ele me guiou pela feira lotada de gente.

O palácio era grande e alto, paredes brancas e janelas envolvidas com mármore preto. Ao chegarmos, Tommy conversou com um dos muitos guardas que estavam por ali, logo depois olhou para mim e se voltou a olhar para o guarda.

Alguns dos guardas olhavam para a minha perna nua e subiam o olhar, cada olhar me fazia enojar-me. Outros guardas olhavam para mim desconfiados e cochichavam um com os outros. Enfim, Tommy se voltou para mim.

- Espere por mim aqui, não vou demorar. - Disse.

- Mas... Porque não posso entrar?

- Suas vestes não estão apropriadas.

- Eu não estou nua. - Digo, ignorante.

- Cath por favor! Me espere aqui. - Disse e largou um beijo na minha testa.

Fiquei observando ele passar pelo portão e por fim entrar no grande portão de madeira envernizada. Os olhares penetrantes dos guardas estavam me dando náuseas e eu só queria dar um jeito de entrar neste palácio. Pensei na possibilidade de roubar um vestido, mas eu não era esse tipo de pessoa.

A Herdeira PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora