Capitulo 34

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- Onde está os homens?! - Gritei.

Todos estavam correndo para lá e para cá, as tropas Levionour's estavam se aproximando e já se podiam ser vistas por alguns moradores, eles estavam destruindo tudo, todo meu matrimônio. Minha mulher se aprontava para guerrear, sou um rei moderno e não posso obrigar minha família a não lutar por seus direitos.

- Onde está Sophia? - Perguntei ao guarda que estava ao meu lado.

- Eu não sei, senhor. - Respondeu.

- Como assim "não sabe"? Eu quero saber onde está a minha filha?!

Ele continuou me encarando com uma expressão neutra.

- Vá atrás dela! - Gritei e ele partiu, assim pude me dirigir ao outro guarda. - E você?

Ele se virou e fez uma reverência.

- Estou aqui para lhe informar sobre as situações da cidade. - Disse.

- O que preciso saber? - Digo enquanto visto minha armadura. - Que nós vamos ser massacrados por povos tomados pelo ódio ou pelo ex-noivo da minha filha que se revoltou e resolveu me atacar e virar aliado desses inúteis. - Bufei.

- A situação é bem preocupante. Muitas casas foram destruídas, mas agora eles estão parados em um sítio bem próximo. Muitas pessoas, um grande exército com armas enormes. - Falou um pouco nervoso.

- Está com medo? - Perguntei ao ajeitar os sapatos.
- Não senhor.

- Não minta.

- Estou um pouco nervoso sim, senhor.

Sorri.

- Quem está comandando? - Perguntei ao me aproximar.

- Bom, Malton sumiu e, neste momento, Tommy está no seu lugar.

Eu não mereço isso. Dois idiotas comandando meu exército.

- Tire, imediatamente, Tommy do comando e fique no lugar dele.

- Mas, senhor, eu estou aqui apenas para informações.

Três soldados extremamente bons, mas só confio em um. Se o colocar como comandante isso significaria que eu teria que aguentar aquele idiota na minha sala.

- Chame-o aqui. - Ordenei.

Ele se foi e logo depois Elizabeth entrou vestida em uma armadura dourada, sentei-me na beira da mesa e a puxei pela cintura, roubando-lhe um beijo.

Ela sorriu ao se afastar, mas seu sorriso durou apenas alguns segundos.

- Tudo bem? - Perguntou e eu fiz uma careta.

- Pelo menos, por enquanto. - Respondi. - Estamos preparando os homens.

- E Sophia?

- Eu não sei.

- Nicholas?

- Está organizando os guardas.

- Dante?

- Sabe que eu aí da não o vi, mas não vou me preocupar. Dante é um homem feito e sabe se cuidar, a essa altura ele já deve estar a par de tudo.

E como estava. Estava tão por dentro do que estava acontecendo que é até o mandante.

********( Cath)******

- Malton! - Gritei.

Escutei passos, mas quem apareceu na jaula foi a Lize. A reconheci pelo formato de rosto, ela estava usando uma vestimenta com as cores do palácio -Azul, vinho e bege.

- Tudo bem querida? - Perguntou com um sorriso sinico no rosto.

Não Respondi e ela deu uma risada. Abriu o ferrolho e me ofereceu a mão para sair da jaula, sai sem sua ajuda, mas não pude correr. Dante estava sentado bem perto da porta e me observava.

- Se lembra de quando você chegou aqui e você foi levada para um quarto e foi vestida adequadamente? - Perguntou e segurou a ponta do meu cabelo, retirei sua mão com um tapa e pude ter o desprazer de ouvir sua risada. - Me siga.

Seguiu até o outro lado da sala e abriu um armário empoeirado, continuei parada. Dante me observava com um sorrisinho no rosto.

- Vai ficar parada aí? -Perguntou. - Com a roupa que está usando, vai ser a primeira a morrer na batalha.

- Batalha? Que batalha? - Perguntei, me aproximando.

- A Batalha onde eu vou tomar seu povo para mim, sabe... - Disse Dante ao se levantar ao se aproximar. - Eu prefiro uma batalha do que simplesmente chegar e roubar o trono.

- "Roubar".. - Soltei uma gargalhada. - Se o trono fosse seu você não teria de rouba-lo.

- Vamos querida, vou lhe arrumar. - Disse Lize ao pegar uma mochila e uma necessaire e colocarem cima da mesa.

- Você acha que eu vou deixar você tocar em mim?

- Claro que vai. - Disse Dante.

Pegou meu braço e me sentou na cadeira. Lize se aproximou e o beijou, depois abriu a necessaire e retirou uma escova.

- Desde quando estão juntos? - Perguntei.

- Faz tanto tempo que eu nem me lembro. - Disse Lize.

- Mas... Você beijou o Tommy.

Dante caiu na gargalhada e saiu da sala, esbarrando nos móveis. Lize revirou os olhos.

- Na verdade, ele me beijou. Mas tudo era um jogo queridinha. Ele estava com raiva e queria chamar sua atenção, eu queria um motivo para você me despedir e olhe só... Eu consegui.

Começou a escovar meus cabelos e os prenderam em um rabo de cavalo.

Momentos depois, eu estava vestida em uma armadura de prata que pesava mais que o meu próprio peso corporal.

Malton apareceu e me observou.

- Ah. Agora você vai com ele até a nossa frente de batalha.

- O que vou fazer lá?

- Morrer. - Respondeu Malton com frieza.

Levantei a cabeça e o segui. Entramos por uma passagem secreta que saia em baixo da terra. Fomos calados, ele parecia não querer olhar na minha cara e muito menos eu. Não entendi o porque dele estar fazendo isso.

Saímos na frente do castelo, muitas pessoas estavam ali ajeitando a roupa e suas lanças. Isso ia ser um massacre. Avistei Dante com outros homens, quando ele me avistou com Malton, sorriu e veio ao nosso encontro.

- Minha cara, você está estonteante. - Disse ao beijar a palma da minha mão.

- Não vou lutar com você. - Falei.

- Calma minha jovem, você não irá lutar com ninguém. - Disse um dos homens. - Apenas vai ser nosso brinquedinho.

Ambos riram.

- Posicione-se.

Me colocaram na frente do exército e eu fiquei com medo, tentei observar alguém no castelo, mas tudo estava uma correria e ninguém olhava de volta, e também estamos muito longe. Suspirei ee sentei na grama, esperando algum contato com alguém do palácio

A Herdeira PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora