Capitulo 43

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Abri a porta e entrei no salão de dança, Eu nunca imaginei que fosse sair aqui Mas deve ser por aqui que saíram os homens quando me roubaram. Olhei para trás e acenei para Tommy, lhe dizendo que estava tudo limpo.
Ele me seguiu.
Abri a porta do salão quando ele se escondeu atrás do piano e me deparei com um homem alto e forte, ele usava uma roupa de soldado e me olhou com um sorriso debochado.

- Estávamos a sua espera, alteza. - Disse. Permaneci calada, apenas sentindo minhas mãos deslizarem uma na outra por conta do suor causado pelo nervosismo. - Venha comigo.

Ele seguiu caminho corredor adentro e eu o segui. Respirei fundo quando ele abriu a porta do escritório e se afastou, liberando a entrada para mim.

Entrei.

Adam, como sempre estava maravilhosamente bonito, sentado em uma poltrona me observou dos pés a cabeça e sorriu.

- Sente-se querida. - Disse e apontou para uma poltrona a sua frente.

Me aproximei e olhei ao redor, minha mãe não estava naquele compartimento. Sentei-me e ignorei seu olhar.

- Onde está minha mãe? - Perguntei com o olhar no horizonte.

- Está bem.

- Não perguntei como ela está, perguntei onde está.

Ele ri.

- Imaginei que viesse buscá-la. - Diz enquanto se levanta e passa a andar pelo escritório. - Mas é claro que não vou lhe dar ela de mão beijada.

- O que você quer? - Pergunto, aflita.

- Que tal negociarmos?

Levanto-me e o encaro.

- Prossiga.

- Um casamento por ela e a saúde do seu povo.

- Quando você vai entender que eu não vou me casar com você? - Pergunto.

- Estou lhe oferecendo a paz. Não acha que já é muito?

Ele se aproxima e segura meus ombros.

- Um misero casamento e você ainda recusa? Pensei que fosse inteligente. - Continua.

Me afasto.

- Primeiro me mostre ela. Quero vê-la.

- Só se aceitar.

- Nunca.

- Então mandarei matá-la.

- Não.

- Você não tem escolha, minha cara. Após sair desta sala, se eu não estiver com você, é só um tiro e já era.

Suspiro.

- Adam, por favor. Porque está fazendo isso? Não tem motivo.

- Motivo?! - Grita. - Você é uma garotinha mimada, pensa que o Mundo é só seu. Você Vai se casar comigo!

- É dinheiro que você quer? Eu lhe dou.

- Eu quero você.

Nesse momento ele se aproxima e me pega pelos braços, de repente já estou no chão e ele está em cima de mim. Estou presa. Ele é muito forte.

- Adam... - Murmuro enquanto tento me soltar.

- Eu vou te ter. - Diz e tampa minha boca.

Suas mãos levantam meu vestido e cobre meu rosto enquanto me debato. Ele da um tapa na minha coxa e eu estremeço. Tento bater nele Mas e impossível.

- Você Vai ser minha. - Diz.

Sinto sua boca em mim. Me chupando. Sua lingua correndo pela minha barriga.

E um estrondo.

Ele para e depois abaixa meu vestido, me levanta e tampa minha boca novamente. Entra em um armario e alguém entra na sala.

Passos fortes e rapidos.

Tommy.

Tento me debater Mas sinto algo gelado na minha testa. Uma arma. Meus olhos se enchem de lagrimas. Tenho que fazer alguma coisa.

Dou uma cotovelada nele, com isso ele se abaixa e eu caio do armário. Antes que ele atire sou puxada. Adam sai do armário atirando enquanto Eu corro com o Tommy.

Descemos a escada as pressas desviando dos tiros, a pressão no vento faz com que balance meus cabelos. Entro na cozinha desesperada escutando apenas o som dos tiros perfurando a parede.

- Deus! E agora? - Pergunto para mim mesma. Arfando.

Tommy abre as gavetas e pega dois facões, Eu pego uma frigideira e me escondo atrás da porta. Não é o melhor equipamento mas serve para alguma coisa.

Adam chuta a porta e ela abre. Quando Ele entra Eu nem penso antes de agir, apenas bato nele com a frigideira. Tommy vem e lhe enfia a faca na barriga. Ele cospe sangue e com uma rasteira me faz de refém.

- Vai? Vem me esfaquear novamente. - Diz entre arfadas. Se se aproximar dela Eu atiro.

-EU ATIRO! - Grita enquanto se afasta da cozinha.

- Tommy. - Murmuro.

- Calada! - Grita.

Só vejo quando o corpo de Adam tomba para frente e eu caio nos braços de Tommy. Olho para trás e vejo Garrett com um escudo prateado. Tommy se afasta e pega a arma de Adam.

Ele me encara.

Viro de costas e escondo o gosto com as mãos. E de repente, uns 15 tiros. Em cada um soltei um gritinho.

Garrett segura no meu braço e eu o vejo segurando o peito. Ele foi atingido.

- Cuide do país. - Diz e caio duro no chão.

Após uns minutos encarando Garrett caido no chão, Tommy me abraça e eu começo a chorar. Nós conseguimos. Conseguimos.

- E se ele não tivesse ajudado? - Pergunto.

- Vamos achar sua mãe.

Ele me puxa e caminhamos mancando, um se apoiando no outro, ambos sujos de sangue, ambos feridos.

- Mãe! - Grito quando a vejo acorrentada.

Tommy pega as chaves do guarda morto e a salva, ela está desmaiada. Isso faz com que ambos carregassem-na. Tommy está muito fraco para carrega-la sozinho.

Saímos do castelo e caímos na grama. E daí não me lembro de mais nada, apenas os paramédicos me levando em macas e depois escuro.

Um carro.

Hospital.

A Herdeira PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora