Capitulo 18

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Bateram na minha porta as 19:34 . Era a Rainha.

Tommy abriu a porta e ela entrou. Eu estava deitada, estava com muita dor de cabeça.

- Você está bem? - Perguntou-me.

Era estranho falar com uma pessoa que era a sua cópia, a única coisa que nos diferenciava era a própria voz.

- Um pouco majestade. - Sorri, sem jeito.

Sua expressão se transformou de preocupação para decepção.

- Não me chame de Majestade, eu sou sua mae.

Logo ela se sentou na beira da cama e fez carinho nos meus dedos do pé. Eu não ousaria a dizer que ela nunca iria ser minha mãe.

- Desculpe.

- Você é tão bonita. - Susurrou. - Eu te amo.

Ela me abraçou, mas eu não retribui.

- Sei o quanto é difícil, mas eu sempre soube que você estava pela região. Nunca parei de procura-la.

Ela se afastou e eu ainda estava parada.

- Você me ama? - Perguntou-me.

Suspirei .

- Não. - Falei sinceramente.

Sua expressão ficou neutra e logo depois triste.

- Me desculpe, mas eu não a conheço direito. Você pode dizer que é minha mãe e tudo mais... Mas, eu não a vejo como minha parente. Não sou daquelas pessoas que dizem que ama alguém da boca pra fora.

- Compreendo.

Ficamos em silêncio, mas logo ela se levantou e foi até a janela.

- Está gostando do quarto?

- Sim. Quando sai o resultado do teste?

- Você acha que vai dar negativo?

- Eu... Não sei.

Ela assentiu e eu também.

- Eu sinto que você é minha filha. - Disse e sorriu.

Me levantei e peguei meu robe.

- Você é uma garota muito elegante.

- Tínhamos pouco dinheiro, mas minha mãe soube me ensinar.

Eu não tinha intenção de magoa-la mas, ela sentiu algo quando eu disse " mãe" .

- Podemos recomeçar do zero?

- Como assim?

- Se arrume para um jantar. Hoje a noite.

Ela sorri e me da um beijo na bochecha.

Sai do quarto e Tommy entra.

- Tudo bem?

Ele entra, fecha a porta e senta ao meu lado.

- É.. Um pouco.

Me abraça e eu deito minha cabeça no seu ombro.

- Soube de uma confusão no labirinto. Quer me contar?

Suspiro.

- Porque voce não gosta do Malton?

- Não é que eu não goste. Eu...

- O que ele fez?

Me levantei e deixei Tommy na cama com os punhos cerrados.

- Não fez nada.

Eu não podia contar que Malton me beijou, ele poderia fazer alguma coisa. Se bem que eu não devia satisfações.

- Vá embora. Se Lize te ver aqui estamos encrencados.

Ele ri e me puxa. Ambos caímos na cama. Logo ele estava em cima de mim, sugando meus labios e eu estava puxando a bitaca da sua calça. Suas mãos desciam pela minhas curvas e logo me levantou um pouco do colchão e passou a beijar meu pescoço. Suspirei e dei mais espaço enquanto minhas unhas entravam em seus cabelos. 

- Cath... - Suspirou .

Sua boca procurou a minha e quando se encontraram se encaixaram perfeitamente, como imãs.

- Tommy.. Se Lize.. - Suspirei antes da sua boca encontrar a minha novamente.

Sua língua explorou a região e eu gemi. Estávamos em um estado mais avançado do que antes e eu sentia o laço do meu robe se desfazer e Tommy tirar o robe de mim. Beijava seu pescoço enquanto ele beijava o meu e lançava mordidas que me faziam estremecer.

Retomei a consciência que ainda tinha em mim e o empurrei. Nem precisei dizer. Ele saiu de cima de mim e eu o empurrei para a porta, ambos rindo.

- Te amo Catherine, ou melhor, Sophia.

Eu ri e lancei minha boca na dele, ambos com a respiração ofegante. Batiamos em móveis enquanto nos beijavamos e a porta foi escancarada. Se separamos e eu tossi para disfarçar.

Lize nos encarava com uma expressão furiosa.

- O que está acontecendo aqui?

- Tommy... - Comecei.

- Ela estava pedindo remédio, mas quando entrei ela disse que já estava melhor. - Mentiu Tommy.

Mordi o lábio para não rir.

- Pra fora.

Lize apontou para a porta e eolhou com cara de deboche para Tommy, não consegui segurar e soltei uma gargalhada que fez Tommy e Lize rirem.

Empurrei Tommy e antes da porta se fechar demos um selinho.

- Estava despida . - Disse Lize.

- Eu estou de vestido.

- Seu banho está pronto. - Resmungou. - Vá logo!

- Sim senhora.

E fui rindo para o banheiro, mas agora os dois beijos não saíam da minha cabeça.

A Herdeira PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora