Capitulo 26

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A primeira sensação que senti foi a dor latejante na minha cabeça, meus olhos implorando para serem abertos e minha boca por água.

A última coisa que eu me lembro é de estar sendo apalpada por aquele nojento do Adam e depois caindo nos seus braços.

Abri meus olhos com dificuldade e avistei o Nick dormindo no sofá, flores amarelas estavam na mesa ao lado da maca onde eu estava. Hospital. Eu estava em um hospital.

Minha cabeça foi levantada e água escorreu pela minha garganta, levantei o olhar para ver quem era a enfermeira que me dava água. Tinha cabelos escuros, olhos pretos como carvão, uma expressão perigosa. Tatuagens em volta dos dedos, forte e musculoso. Era um homem, jovem e bonito.

Me assustei ao vê-lo, esperava uma enfermeira e não um homem. Quase me engasguei com a água e a cuspi, gerando uma poça de baba no meu colo. Nick acordou e nos observou.

- Oi. - Disse, meio sonolento e deu um sorriso. - Esse é o Dante, nosso primo que mora no Canadá. - Disse ao se levantar.

Olhei novamente para o meu "primo" . Ele era muito esquisito.

- Oi Catarina. - Disse Dante antes de largar o copo de água no criado-mudo.

- Só eu a chamo de Catarina. - Resmungou Nick do outro lado da sala.

Dante lhe deu um olhar meio que sinistro, mas depois se voltou para mim com o mesmo olhar.

- Oi Sophia.

Minha cabeça latejou e eu cai na cama novamente. Me faltou ar, cada tentativa de respirar parecia rasgar a minha pele, tentei de tudo, mas não consegui. Quase que eu desmaio, mas o ar voltou aos meus pulmões quando uma moça me entregou um daqueles negócios de asmáticos. Eu estava com asma?

Olhei para ela afim de perguntar, mas acho que ela viu a pergunta no meu rosto.

- Não. A senhorita não está com asma. - Ela ri e pega alguns papéis.

- O que eu tenho? - Falei, um pouco ofegante.

- Aann, nada concreto ainda. Tens que fazer uma bateria de exercícios. - Disse ela.

Suspirei.

- Ela já tem alta? - Perguntou Nick.

Nicholas parecia preocupado e se movia com rapidez no quarto, diferente de Dante que me encarava totalmente paralisado.

- Sim. - Respondeu a enfermeira. - Já pode ir sim para a casa, mas é recomendável que venha fazer a bateria de exercícios.

- Eu mesmo a trarei. - Disse Nick.

- Onde está nossos pais? - Perguntei, evitando o olhar de Dante.

- Eles estão bem... acomodados em casa. - Disse Dante que resolveu se pronunciar.

Nick me ajudou a levantar, enquanto eu pensava no porque que os meus pais não vieram me ver no hospital. Fui ao banheiro e vesti a roupa que eu nunca achei que uma princesa fosse vestir: Um short branco com cinto preto e pedras douradas, junto com uma blusa preta, um casaco marrom e um tênis cano longo preto. Prendi meu cabelo em um coque, deixando os cachos se avolumarem nas minhas costas e coloquei o óculos dourado. Sai do banheiro, muito desconcertada.

Nick Riu.

- Pode explicar o porque dessa roupa? - Perguntei.

Ele Riu mais e o Dante apenas sorria.

- Vou te levar pra passear um pouco. - Disse Dante. - Precisamos nos conhecer.

- Eu não estou me sentindo muito bem, prefiro ir pra casa. - Falei.

A Herdeira PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora