capítulo 50.

10 0 0
                                    

O choro ecoou pelo quarto como uma melodia que fez meu coração parar por um segundo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


O choro ecoou pelo quarto como uma melodia que fez meu coração parar por um segundo.

Todos nós, do lado de fora, ficamos em silêncio absoluto, nossos olhos grudados na porta da sala de parto, esperando, torcendo, prendendo a respiração.

E então, depois do que pareceram horas, ele chegou.

Uma enfermeira abriu a porta com um sorriso cansado, mas genuíno.

Enfermeira — Podem entrar agora.

Eu senti Tom apertar minha mão, seus dedos quentes e ansiosos sobre os meus. Ele estava tão nervoso quanto eu.

Quando entramos, meus olhos foram direto para Ana.

Ela estava exausta, pálida, os cabelos colados na testa pelo suor, mas mesmo assim, ela nunca esteve tão bonita.

Porque em seus braços, Theo estava ali.

Tão pequeno, tão frágil, envolto em um cobertor azul. Seu rostinho estava um pouco vermelho, sua boquinha se mexendo como se ainda não entendesse que o mundo era agora sua nova casa.

Javon estava sentado ao lado dela, segurando uma das mãos de Ana como se sua vida dependesse daquilo.

O silêncio foi quebrado por um soluço.

Bill.

Ele estava chorando. Sem vergonha nenhuma, sem disfarçar. Ele cobriu a boca com a mão, os olhos brilhando com as lágrimas que escorriam pelo rosto.

Bill — Ele é tão pequeno… — Bill murmurou, rindo entre o choro.

Gustav e Georg apenas sorriram, completamente encantados com a cena.

E então Ana ergueu os olhos para mim.

Ana — Quer segurar ele? —  Ela perguntou, a voz baixa, cansada.

Eu congelei.

Meu coração bateu mais rápido.

Bianca — Eu? Ah, não sei, ele é tão pequeno…

Ana — Vem cá, Bianca, é seu sobrinho. — Ana riu.

Minhas mãos tremiam um pouco quando dei um passo à frente. Tom me ajudou, segurando minhas costas quando me inclinei levemente, e então…

Theo estava nos meus braços.

Tão pequeno.

Tão quente.

Ele respirava de forma suave, seu rostinho sereno, como se estivesse sonhando.

Foi aí que eu senti.

Aquela sensação de um amor inexplicável, avassalador.

Era estranho, porque ele não era meu filho, mas ao mesmo tempo, eu sabia que faria qualquer coisa para protegê-lo.

Abaixei um pouco a cabeça, encostando meu nariz na cabecinha dele, inalando aquele cheiro de recém-nascido.

◇Diferenças◇Onde histórias criam vida. Descubra agora