capítulo 29.

71 6 0
                                    

A noite caiu rápida, e a mansão parecia ainda mais intimidadora sob o brilho pálido da lua

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A noite caiu rápida, e a mansão parecia ainda mais intimidadora sob o brilho pálido da lua. Depois do jantar, eu fiquei no quarto, tentando organizar meus pensamentos. Os acontecimentos das últimas 24 horas ainda ecoavam na minha mente. Por mais que Tom tivesse mostrado um lado um pouco mais calmo hoje, eu sabia que a tempestade dentro dele ainda não havia passado completamente.

O silêncio da mansão foi quebrado por passos pesados no corredor. Meu coração disparou quando a porta do quarto se abriu, e Tom entrou, a expressão séria. Ele parecia pronto para sair, vestido com um casaco escuro e botas de couro.

Tom - Nós vamos sair agora — ele anunciou, sem rodeios. — E você vai ficar aqui.

Eu assenti rapidamente, mas ele não parecia satisfeito com minha resposta passiva. Ele deu alguns passos na minha direção, a presença dele tão intensa que me fez recuar involuntariamente.

Tom - E, Bianca, escuta bem o que eu vou te dizer — ele continuou, com a voz firme e fria. — Se você fizer qualquer coisa estúpida como tentar fugir de novo... — Ele parou, inclinando-se ligeiramente para frente, o olhar fixo no meu. — Você vai se arrepender amargamente.

Eu engoli em seco, o medo crescendo no meu peito. Não era apenas pelas palavras, mas pelo tom dele. Eu sabia que ele não fazia ameaças vazias.

Bianca - Eu não vou fugir — sussurrei, minha voz falhando.

Ele me observou por um momento, como se estivesse avaliando minha sinceridade. Então, deu um passo para trás, sem tirar os olhos de mim.

Tom - Melhor assim.

Ele saiu sem olhar para trás, deixando a porta entreaberta. Respirei fundo, tentando acalmar meu coração acelerado. Apesar do medo, uma coisa estava clara: eu não tinha coragem de desafiar Tom novamente.

 Apesar do medo, uma coisa estava clara: eu não tinha coragem de desafiar Tom novamente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Caminhei pelo corredor com passos firmes, deixando o quarto de Bianca para trás. Parte de mim odiava ser tão rígido com ela, mas não havia outra escolha. No nosso mundo, uma única falha podia custar tudo — inclusive nossas vidas. E Bianca ainda não entendia isso completamente.

Encontrei os meninos na sala de estar, todos prontos para partir. Georg estava verificando as armas, Gustav ajustava o colete tático sob a jaqueta, e Bill estava no telefone, dando instruções finais para a equipe que nos esperava no armazém.

Tom - Tudo certo? — Perguntei, parando ao lado de Georg.

Georg - Tudo tranquilo. O carregamento está a caminho, mas o contato avisou que pode haver movimentação da polícia na área. — Ele respondeu, fechando a bolsa de equipamentos.

Bill - Não é novidade. — Bill desligou o telefone e olhou para mim. — Estamos prontos?

Tom - Sim. Vamos acabar com isso rápido. — Eu disse, pegando minha jaqueta e me dirigindo para a saída.

A van nos esperava do lado de fora, com um dos nossos motoristas de confiança ao volante. Entramos em silêncio, a tensão no ar era quase palpável. Cada um de nós sabia o que estava em jogo.

---

Chegamos ao ponto de encontro, um galpão abandonado nos arredores da cidade. O lugar estava escuro, mas a presença de homens armados do nosso lado me dava a confiança de que tudo estava sob controle — pelo menos por enquanto.

Tom - A carga já chegou? — Perguntei para o Gudan enquanto caminhava pelo galpão.

Gudan - Sim, senhor. Está sendo descarregada agora.

Eu assenti e me aproximei dos caminhões. Georg e Gustav começaram a verificar as caixas enquanto Bill supervisionava o processo. Tudo parecia correr bem, até que um som distante chamou minha atenção: pneus cantando no asfalto.

Tom - Temos companhia — eu disse, puxando a arma do coldre na minha cintura.

Georg olhou para mim e assentiu, já se posicionando perto do caminhão. Bill foi rápido em dar ordens para os homens.

Bill - Fechem as entradas! Ninguém entra aqui.

Um carro preto apareceu na entrada do galpão, seguido por outro. Era uma patrulha não oficial da polícia, provavelmente comprada por algum concorrente.

Tom - Gustav, com você! — Gritei, correndo para me posicionar atrás de uma pilha de caixas.

Os tiros começaram quase imediatamente. Os policiais não oficiais abriram fogo, mas estávamos preparados. Nossos homens responderam rapidamente, e o galpão foi tomado pelo som de balas ricocheteando e gritos.

Eu mantinha o foco, eliminando cada ameaça com precisão. Sabia que não podíamos falhar. Esse carregamento era crucial para nossas operações nos próximos meses.

Depois de longos minutos de confronto, o silêncio finalmente tomou conta do lugar. Os carros dos policiais estavam destruídos, e os sobreviventes fugiram às pressas.

Tom - Status? — Perguntei, levantando-me de trás das caixas.

Gustav - Tudo limpo. Carregamento intacto. — o mesmo respondeu, limpando o suor da testa.

Tom - Ótimo. Vamos terminar aqui e sair.

---

Chegamos de madrugada, exaustos, mas aliviados por tudo ter corrido bem. Enquanto os meninos iam para seus quartos, eu decidi verificar Bianca. Subi as escadas silenciosamente e abri a porta do quarto.

Ela estava deitada, mas não dormia. Quando me viu, sentou-se rapidamente, os olhos arregalados.

Bianca -Eu não fugi... — ela disse, apressada, antes que eu pudesse falar qualquer coisa.

Eu fiquei em silêncio por um momento, observando-a. Parte de mim queria dizer algo para confortá-la, mas sabia que isso só a deixaria confusa.

Tom - Bom. Continue assim. — Respondi, antes de fechar a porta e deixá-la sozinha.

Havia muito a resolver ainda, mas, por enquanto, a ordem estava mantida. E isso era o que realmente importava.

◇Diferenças◇Onde histórias criam vida. Descubra agora