!SEGUNDA TEMPORADA!

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1 MÊS DEPOIS

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1 MÊS DEPOIS

° 02/04 °

• 00:20 A.M •

Bom, dia 23 desse mês vai fazer três meses desde que minha vida mudou completamente, vim pra cá em fevereiro e já é abri. Três meses desde que eu cruzei a porta daquela mansão gigantesca, cheia de duvidas e, para ser honesta, um pouco de medo. Mas, com o tempo, aquelas paredes que antes pareciam tão frias agora se sentiam como um lar.

Tom, Bill, Gustav e Georg... cada um deles era tão diferente, mas todos me acolheram à sua maneira. Claro, o Tom demorou um pouco mais. Ele era mais reservado, mais protetor, e com o passar do tempo, comecei a entender que era o jeito dele de demonstrar cuidado. Bill era como o irmão mais divertido que eu nunca tive. Sempre com uma piada, um conselho ou um toque dramático para tudo. Gustav e Georg eram os que traziam equilíbrio. Eles mantinham o humor leve, mesmo nos dias mais difíceis.

Minha relação com Tom era, sem dúvida, a mais intensa. Ele não era só o homem que me tirou da confusão que era minha vida. Ele era meu porto seguro, meu confidente, e o único capaz de me fazer sentir verdadeiramente protegida. Nos últimos meses, nosso relacionamento evoluiu tanto que, às vezes, parecia surreal olhar para ele e perceber o quanto ele significava para mim.

Quanto aos meus pais... ou melhor, ao que eu achava que eram meus pais, isso ainda era complicado. Christopher e Charlotte não sabiam que eu descobri a verdade sobre meu passado. Descobrir que Charlotte era minha tia e não minha mãe, e que minha verdadeira mãe tinha morrido no meu nascimento, foi um choque tão grande que ainda ecoava dentro de mim. Era estranho olhar para eles e fingir que tudo estava normal.

Eu entendia as razões deles. Christopher era jovem e desesperado, sem ideia de como criar uma filha sozinho, e Charlotte estava ali para ajudá-lo. Eles formaram uma família para mim, mesmo que não fosse perfeita ou baseada na verdade. Mas, ainda assim, havia uma mágoa que eu não conseguia ignorar.

"Você está quieta hoje, anjo." — A voz de Tom me tirou dos meus pensamentos. Ele estava deitado ao meu lado, os olhos me analisando com aquele olhar atento.

Bianca — Só estava pensando... em tudo que mudou desde que eu vim para cá. — Respondi, girando a cabeça para olhá-lo.

Tom — Foi dois meses cheios, não foi? — Ele sorriu de canto, estendendo a mão para segurar a minha.

Bianca — Cheio é pouco. Mas, honestamente, foi os melhores dois meses da minha vida. Mesmo com todas as reviravoltas. — Suspirei, apertando sua mão. — Eu só queria que as coisas com meus pais fossem mais... fáceis.

Tom ficou em silêncio por um momento, como sempre fazia quando escolhia suas palavras com cuidado.

Tom — Você vai saber a hora certa de falar com eles, Bianca. Mas, enquanto isso, lembre-se de que não está sozinha. Não importa o que aconteça, eu estarei aqui. — Ele disse, a voz firme e sincera.

Aquelas palavras sempre tinham um efeito em mim. Por mais que tudo ainda parecesse confuso e incerto, Tom sempre me fazia sentir que eu não precisava enfrentar nada sozinha.

Eu não sabia o que o futuro reservava, especialmente com meu aniversário chegando. Mas, pela primeira vez em muito tempo, eu me sentia pronta para enfrentar o que viesse, porque eu tinha algo que nunca tive antes: um lar, uma família de verdade, e o amor de alguém que estava disposto a lutar ao meu lado.

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