capítulo 21.

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Depois que chegamos em casa, eu saí do carro e não esperei a mesma, a raiva tinha tomado conta de mim, e para não descontar dela preferi a ignorar o dia inteiro, fiquei a tarde e a noite toda no me escritório, vi o sol se pondo, vi a lua e as estrelas nascerem, vi as luzes da cidade se acenderem, fiquei a tarde inteira tentando achar uma resposta para aquele segredo da Bianca, enquanto tentava descobrir, enchia a cara de bebidas

~AUTORA ON~

A noite em Berlim era um véu de escuridão, e a mansão de Tom, com suas janelas iluminadas por lanternas pretas, parecia um castelo que se erguia contra o céu negro. Bianca estava na grande sala, seus olhos arregalados, o coração batendo tão rápido que quase podia ouvir. Ela sabia que Tom estava vindo. Ele vinha em sua direção, e a atmosfera, sempre opressiva, estava carregada de algo ainda mais pesado.

Quando a porta do escritório se abriu, a figura alta e imponente de Tom apareceu, seus olhos negros como carvão e suas feições contorcidas pela raiva. A mão que as vezes costumava ser gentil com ela, agora estava cerrada em um punho, e sua respiração vinha pesada, abafada pela tensão.

Tom- Por que, Bianca? — Ele falou, e a voz, geralmente fria e controlada, agora era um rugido contido, que parecia fazer o ar tremer. — Por que você impediu que eu acabasse com aquele homem?

Bianca não recuou, mesmo sabendo que a raiva de Tom podia ser mais perigosa do que qualquer arma. Ela sabia que ele era o mafioso mais temido da Alemanha, mas, naquele momento, a raiva que ela sentia era maior do que o medo.

Bianca- Ele não merecia isso, Tom! — Ela tentou manter a voz firme, mas a tremedeira era inescapável. — Eu não podia deixar você fazer isso, mesmo sabendo o que ele fez!

Tom se aproximou, seus passos como o tamborilar de um juiz condenando um réu. Bianca sentiu a garganta fechar, o medo voltando com força. Mas ela não se deixou intimidar. Não naquela noite. Não depois do que ele quase fez na frente de todos.

Tom- Você não entende, Bianca — a voz dele se baixou, mas o ódio ainda estava lá, afiado como uma lâmina. — Você não sabe o que é ser traído. Na verdade foi sim, pela Cloe. Mas o que ele fez foi mais do que um insulto a você. Foi uma afronta a mim, ao que eu sou.

Bianca- E eu? — Bianca se lançou, e a palavra saiu como um grito de desafio. — E eu, Tom? O que você fez comigo, me sequestrando e me mantendo presa aqui? Você acha que eu confio em você depois disso? Você acha que eu confio em alguém que é capaz de destruir tudo para manter seu poder?

Ele parou, os olhos estreitando. Bianca sabia que havia atingido um ponto esperto, mas não se arrependeu. Ele precisava entender o que ela sentia, mesmo que isso significasse enfrentar o monstro que ele era.

Tom- Você foi feita para ser minha — ele disse, a voz uma mistura de raiva e desespero. — Eu te fiz, eu que fiz você conseguir ser a porra do seu sonho Bianca. E mesmo agora, você não consegue entender o que isso significa?

Bianca- Não, Tom! — Ela gritou, finalmente deixando o medo se transformar em raiva. — Eu sou mais do que isso. Eu sou mais do que sua propriedade!

Houve um silêncio, denso e mortal. O olhar de Tom era uma tempestade, e Bianca sabia que ele estava à beira da explosão. Ela podia ver o conflito em seus olhos — uma luta interna que, por um instante, parecia deixá-lo vulnerável.

Mas então ele deu um passo à frente, seu rosto perto o suficiente para sentir o calor da sua respiração. Ela podia ver as cicatrizes que a raiva deixava em sua pele, as linhas que diziam que ele estava além da redenção. Mas Bianca não queria que ele fosse além. Ela não podia.

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