capítulo 37.

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Subi até o meu quarto para pegar a minha arma. O galpão na Zona Leste era conhecido, mas nunca esperei que alguém tivesse coragem de usá-lo contra mim. Era pessoal agora. Cada segundo que passei observando Bianca chorar, tremendo, só aumentava minha raiva.

Desci as escadas com passos firmes, encontrando Bill e Georg já prontos na garagem. Gustav estava revisando os detalhes no tablet, conectando-se a câmera de tráfego próximos ao galpão.

Tom -  Tudo certo? - Perguntei

Gustav - Sim - ele me respondeu, sem tirar os olhos da tela. - O carro está estacionado do lado de fora do galpão. eles ainda estão lá

Tom - Perfeito. - Respondi, colocando o casaco e ajeitando a arma no coldre.

Antes de sair, olhei para cima, onde ficava o quarto. Bianca ainda estava lá, ou pelo menos era o que eu esperava. Se ela tentasse sair novamente, não haveria desculpas que a salvassem.

Tom — Georg, fica de olho. Bill, comigo. Gustav, mantenha os olhos nas câmeras. Não podemos ter erros hoje.

Eles assentiram, e saímos da mandão.


~QUEBRA DE TEMPO!~


Chegamos sem chamar atenção. O galpão era escuro, cercado por outros prédios abandonados, um cenário prefeito para quem queria passar despercebido. Bill e eu saímos do carro, movendo-nos silenciosamente até uma entrada lateral

Bill — Tem dois lá dentro, pelo menos. —  Bill sussurrou, apontando para um fresta na parede onde se podia ver o movimento.

Tom — Dois ou mais, não importa. — Respondi, a voz firme.

Abrimos a porta com cuidado, entrando no local. Era escuro, exceto por algumas luzes fracas no centro, onde os dois homens estavam conversando. Reconheci um deles imediatamente. Era o mesmo que tentou levar Bianca.

Minha raiva voltou com força total, mas me obriguei a manter o controle. Avançamos silenciosamente até ficarmos próximos o o suficiente. Antes que pudessem reagir, saquei minha arma, apontando diretamente para o homem que eu reconheci.

Tom — Surpresa. — Digo, frio.

Os dois se viraram, os olhos arregalados, mas antes que pudessem fazer  qualquer movimento, Bill já havia tirado a arma e os colocado de joelhos.

Tom — Você sabe por que estou aqui, não sabe? — Perguntei ao desgraçado que havia tocado em Bianca.

??? — Tom... eu não sabia que ela era sua! — Ele disse, a voz trêmula.

Tom — Não sabia? — Dei uma risada fria, sem humor. — Isso não é uma desculpa. Você não deveria ter tentado levá-la, e muito menos ter encostado nela.

Ele começou a balbuciar algo, mas eu não estava interessado em desculpas.

Tom — Fala para o seu chefe que isso foi só o começo. — Digo, dando u soco certeiro no rosto dele antes de sinalizar para Bill que estava na hora de sair.


~QUEBRA DE TEMPO!~


Ao chegar, minha cabeça ainda estava cheia de pensamentos. Eu sabia que aquilo não acabaria ali. Aquela tentativa de ataque era só o começo de algo maior, e eu precisava estar preparado.

Subi direto para o outro, encontrando Bianca sentada no sofá, as pernas encolhidas contra o peito. Ela me olhou assim que entrei, os olhos ainda vermelhos, mas sem dizer nada.

Tom — Eu avisei que não era para sair de casa. Parabéns — Disse, sem demonstrar nada além de frieza.

Ela apenas assentiu, com o olhar fico no chão. Por um momento, quase me deixei levar pela preocupação que senti ao vê-la assim, mas endureci novamente. Ela precisava aprender que o mundo lá fora era perigoso, e a proteção que eu oferecia tinha um preço.

Tom - Vá dormir. — Digo, tirando o casa o o jogando sobre uma cadeira

Bianca - Tom... você está bem? — Ela perguntou de repente, a voz baixa e hesitante.

A pergunta me pegou desprevenido, mas não deixei transparente

Tom - Não sou eu quem foi atacado hoje. — Respondi, direto, antes de me sentar na beira da cama.

Ela ficou em silêncio por um momento, depois se levantou do sofá, indo em direção á cama. Quando deitou, manteve-se afastada, quase como se temesse que eu fosse explodir novamente.

Suspirei, passando a mão pelo rosto. Era uma noite longa, e a amanhã seria ainda pior. Bianca tinha uma entrevista para enfrentar, e eu precisava garantir que ela estivesse preparada — e protegida.

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