Capítulo Trinta e Cinco

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Domingo de sol, dia de preguiça. Que tal um mini capítulo?

A autora andou com alguns probleminhas pessoais esses dias, a última semana foi complicada, então acho que vocês merecem um presentinho, um capítulo para adoçar o domingo. Não é tão bom quanto um bolo de chocolate com cobertura e recheio, mas também não engorda.

Agora o plano para capturar nosso bad boy está ficando mais visível. Será que ele vai cair nessa? E o William, vai ficar sentado vendo a Bella correr para o Kazimir?

Vamos entender mais um pouco do plano antes de saber o que vai acontecer.

E obrigada pelas estrelinhas e comentários. Adoro vocês e é muito bom ler o que deixam no final do capítulo. Falando em capítulo...

* * * * *

Pensando cuidadosamente comecei a enxergar falhas no plano dos meus amigos. "Meus amores, acho que o plano de vocês tem um probleminha. Se fizermos do jeito que pensaram ficará evidente o que estamos tramando. Precisamos ser mais sutis. Todos sumirem de uma hora para outra? Fala sério, até um estudante do jardim de infância notaria a fragilidade disso. Alex, um estrategista do seu nível pensar em algo tão pueril é degradante".

Kazimir havia desaparecido da minha vida, pelo menos fisicamente. Ele ligava e marcava um encontro, dias depois ligava novamente e desmarcava, ou fazia isso por e-mail. O plano de fazer William mais presente em minha vida não ajudaria a trazer Kazimir para perto, era a melhor aposta, certamente, mas não achava que fosse funcionar. "William, meu carro está na casa dos seus pais ainda?".

"Sim, está. Quer que peça para alguém trazer para cá?".

"Não. Primeiro eu tenho que estar no meu apartamento, voltei ontem para encontrar com o general e nem apareci em sua casa! Sério que não conseguiu pensar em uma desculpa melhor Al? Se realmente estou sendo vigiada, quem está de olho já notou isso", falo revirando os olhos. "Depois vou voltar para a casa dos seus pais para buscar meu carro. William vai me buscar em casa e parar o carro na portaria, vou com ele buscar meu carro, no meio da semana, não antes. Muito trabalho, apartamento sendo inundado, minhas amigas viajando. Não preciso realmente do meu carro comigo, tenho outro e a moto. Mas vou buscar por insistência sua".

Colocando a mão no antebraço de William, "Tente ser pegajoso comigo no carro, antes de nos distanciarmos muito do prédio, posso achar que estão exagerando com essa coisa de estar sendo tão vigiada, mas não quero arriscar".

"Por que eu tenho que ir te buscar para pegar o carro? Posso mandar alguém trazer o carro e entregar na sua casa. Se estou tentando tão insistentemente me aproximar de você, eu mesmo vou buscá-lo e faço questão de entregar as chaves em mãos. Falou das falhas do nosso plano, mas quem quer que esteja vigiando sua casa já sabe que você não está lá. E muito menos vai acreditar que viajaria duas horas de carro comigo de bom grado".

Ele não tinha duas cabeças, nem um rabo. Mas o infeliz estava certo, qualquer pessoa saberia que a última coisa que eu faria seria entrar em um carro com ele, ainda por cima sozinha e encarar duas horas de viagem até a casa de campo dos pais dele.

"Certo, Lorde Murray. Pode mandar entregar meu carro. Você acabou de fazer mais sentido que eu".

Antes mesmo que pudesse dizer que não satisfeita com os álibis de Hannah e de Vargas, minha amiga explicou que precisava viajar, de verdade, por alguns dias. Não falou para onde iria ou o que pretendia fazer, disse apenas havia planejado me contar mais cedo ou mais tarde, mas precisava se ausentar da cidade por uns dias. Que eu não me preocupasse, pois ela estaria a algumas horas de distância caso eu precisasse dela, mas que era importante. Não adiantou perguntar mais nada, aquela menina só falava o que queria, nenhuma informação desnecessária escapava dela.

"Vargas, por conta da doença do seu tio acho que seria interessante você parecer menos atento. Deixar pequenos furos de segurança, até que vai viajar daqui a, o que acha Al, cinco dias? Alex, você, Dylon e Mac vão para o Clube quantas noites forem possíveis e vão deixar clara sua preocupação com a falta de atenção do Vargas, com o sumiço dele, com a convocação de vocês, com o fato de que eu ficarei sozinha e com um novo chefe de segurança que não é muito confiável, além do fato do William estar se aproveitando do fato da mãe dele ter sido amiga da minha mãe e de nós duas estarmos convivendo".

Sentia pena de estragar meu apartamento, mas sabia que não teria alternativa.

"Vargas, uns três dias depois de você sumir eu preciso de um atentado no meu apartamento, uma bomba de pequeno porte, mais fumaça que estragos reais, mas a coisa precisa parecer assustadora. Ah, e eu tenho que estar dentro do apartamento, bombeiros, polícia e ampla cobertura da imprensa. A ideia da inundação é boa, mas não é suficiente para chamar atenção, não precisaria me mudar por canos quebrados, mas se colocam uma bomba na minha casa... Também vou precisar de alguém que atire nos pneus do meu carro. Claro que preciso que Kazimir esteja no carro comigo. E é aqui que as coisas se complicam novamente, apesar do telefonema que acabaram de ouvir ele não tem aparecido. Se querem mesmo saber, até hoje cedo ele não estava no país. E é claro, combinem com meu avô, daqui a oito dias ele vai sofrer um atentado, no mesmo horário que a bomba explodir no meu apartamento. Alex, avise o general que ele tem que ficar longe, eu não o quero perto de mim. Nem mesmo no meu enterro. Se chegarmos a isso e tudo o mais der errado".

Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora