E então é domingo. Futebol, sol - apesar de ser inverno - e dia de capítulo.
Antes de entrar no capítulo propriamente dito, preciso agradecer muito todos que comentam, votam e indicam. Passei de 20 mil visualizações. Isso é um prêmio e tanto para mim. Confesso que nunca esperei tantas leituras, comentários e incentivo. Essa história de para vocês. Divirtam-se e continuem indicando, comentando e votando. Amo o carinho de vocês.
Obrigada!
* * * * * *
Atraindo Kazimir
"Senhora, tudo bem?", perguntou Brian. Ele era quase tão bom em minha segurança quanto Vargas; não tinha nada a temer com ele perto, apenas o fato de que ele poderia, em algum momento, esquecer que deveria ser relapso.
"Tudo bem Brian, apenas bebi de estômago vazio, acho que você terá que levar o carro".
"De qualquer maneira, a senhora não vai voltar comigo, lembra-se?", Brian era muito educado, mas também frio e distante.
"Claro, claro, você tem razão", falei sem olhar para ele.
Não conseguia pensar claramente e tenho certeza que não foi o álcool, uma vez que a quantidade de bebida em meus copos era insignificante, apenas algumas gotas diluídas em muita, muita água. Eu precisava parecer que havia bebido, não tinha que beber realmente. Para a farsa funcionar, eu precisava cheirar a álcool, além claro, de ter uma aparência alcoolizada: falar um tanto enrolado, cambalear.
O que estava realmente me deixando aérea eram meus pensamentos. Ficar perto de Kazimir me embriagava mais do que qualquer garrafa de whisky. O cheiro, o toque, os olhos. Sei que deveria odiá-lo, mas não consigo... Por mais que me esforce, eu não consigo odiar aquele homem. Ele não é o responsável por nada do que me aconteceu, realmente, é apenas irmão do monstro que me sequestrou e que matou meus irmãos. Ele pode ser uma vítima tanto quanto eu, não pode? Até o Vargas disse isso.
Por outro lado, todo o medo que eu sentia de Will tem se transformado em outra coisa. Eu não entendo os sentimentos que ele diz sentir por mim, não sei como um homem que pode ter tudo, que está acostumado a ter tudo, pode dizer que me quer tanto quanto ele diz. Ninguém, em sã consciência, quer comprar um vaso barato e que ainda por cima está quebrado.
Pensando bem, não era medo o que eu sentia por ele, nem aversão. Não posso dizer que não gostava dele, eu não sabia da existência dele. Como é que poderia não gostar de uma pessoa que nem sabia que exista? Hoje posso afirmar que o incômodo que ele me causava desde que nos conhecemos não existe mais. Só não consigo explicar as sensações que ele, a única certeza é que não apenas gosto como também quero tê-lo por perto com relativa frequência.
"Senhora", Brian toca meu braço, "vamos nos preparar?".
William atravessa o estacionamento quase correndo.
"O senhor Edward disse que Kazimir está procurando pelo senhor William e que perguntou a um garçom se a senhora já saiu do estacionamento", Brian me informa o que Edward vê do posto de observação.
Percebendo que estou encostada ao carro, William começou a correr mais rápido. "O que houve Cotovia? Você está se sentindo bem? Brian, vamos cancelar, leve Bella para a casa dos meus pais agora", falou apressado, demonstrando que achou que algo poderia estar errado comigo pela reação que tive no salão.
"Ei, calma aí, essa é a nossa melhor aposta, ele está quase fisgado. Estou cansada, é verdade, mais do que havia imaginado, mas ainda consigo dar conta e... Vocês estarão por perto para salvar a pobre donzela em perigo, certo?", tentei imprimir força e arrogância a minha fala, na esperança de que talvez assim eu conseguisse serenar Will.
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Flor da Pele
ChickLitTudo o que ela queria era sua família. Tudo o que foi tirado dela foi sua família. Sem seus irmãos, sem o amor do pai, como lutar contra quem quer acabar com sua vida? Para se realizar alguns desejos precisamos lutar e abrir mão de algumas coisas. E...