FIM...

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Então é isso. Acabou!

Não tem o que dizer...

Oito meses intensos, em que eu quebrei a cabeça para melhorar a história e deixá-la de uma maneira que vocês gostassem.

Cada leitor foi importante nessa jornada. Cada estrelinha. Não, eu não estou falando das votações. Estou falando das mais de 35 mil visualizações, de cada pessoa que parou uns minutinhos, uma vez por semana e leu o que escrevi com tanto carinho. Saibam que cada letrinha, cada parágrafo é para vocês. Foi feito pensando em vocês.

São tantas pessoas especiais que me ajudaram que não vou citar um único nome, seria injusto não citar todos.

Meu muito obrigada e

... até a próxima história meus amores!

***

Segredos revelados

Foram dez dias de negociações com os mais diferentes criminosos do submundo e na última hora não houve um único tiro. Ele me esperava em um restaurante, na costa Amalfitana, de frente para o mar, parecia tão civilizado... Ele sabia que eu havia vencido quando mandei o corpo de Kotaro para ele, isso foi à prova de que ele não me quebraria como queria, nunca. Tenho mais recursos, mais sangue frio e principalmente mais gente do meu lado. Alguns dos meus aliados simplesmente voltaram dos mortos. Ou quase isso.

Caminhei até a mesa e me sentei a sua frente, "Yuri, você já leu Um Conto de Natal de Charles Dickens? Eu trouxe os fantasmas dos Natais passados para ter um conversa com você".

Ele quase morreu quando viu Cillian, Jesse e Aedus entrarem pela porta. Meus irmãos se sentaram ao meu lado, de frente para Yuri e o encararam.

"Eu matei vocês! Acabei com suas vidas. Vi quando um pistoleiro deu um tiro na sua cabeça Cillian. Eu mesmo montei a bomba que explodiu sua moto Jesse. E eu estava no galpão quando você enfiou a faca na barriga Aedus, vi quando você parou de respirar".

Meus irmãos riram para ele. Riram dele. "Você viu o que você queria ver", Cillian respondeu, dando de ombros. "Eu desapareci em combate. Você viu um homem atirar em alguém ou em alguma coisa, mas você nunca viu meu corpo".

Jesse bebeu a água que estava a minha frente, ele tem cicatrizes no braço e no rosto, além da prótese em uma perna. Depois, calmamente, ele respondeu a Yuri, "Você explodiu minha moto, e cara, como eu fiquei puto... Eu amava aquela moto. Mas não tinha ninguém em cima da moto, nunca houve um corpo para ser reconhecido. Você acreditou que eu estava morto, seu erro não é culpa minha. Ou é?".

"Mas Aedus...", Yuri queria alcançar meu irmão que estava mais perto dele.

"Você me viu enfiar uma faca no meu abdômen, e cara, aquilo doeu. Você me viu sangrar... Tudo verdade. Mas não verificou se eu parei de respirar, verificou? Claro que não, você saiu correndo daquele galpão como menininha medrosa".

Cillian começou a falar de novo, "Desaparecemos. Fomos morar muito longe, deixamos de existir... Isso era o mais seguro não apenas para nós como para nossa irmã e... Você resolveu que estávamos mortos. Confesso que me diverti vendo sua ingenuidade egocêntrica; acreditava tanto no próprio poder que nem cogitou conferir se havia falhado... Tão principiante!" ironizou.

Yuri estava vermelho a essa altura, mas Cillian não parou.

"O mais difícil foi ficar longe de nossa irmã, deixando que ela acreditasse que morremos e sofrendo com isso ainda por cima. Nunca o perdoarei por ter forçado a gente a chegar a isso", apontou para ele, praticamente cuspindo as palavras, e continuou, "Só quem sabia a verdade era nosso avô, mas depois que você reapareceu, voltamos para a vida dela. E agora acabamos com a sua".

Lentamente me levantei e olhei uma última vez para aquele homem. Sabia que nunca mais seria assombrada por um fantasma. Deixei a faca onde ela estava, sabia que ele estava me olhando partir e considerando as possibilidades. Simplesmente dei as costas e continuei andando para longe dele. Tinha muito a recuperar com meus irmãos.

William ainda estaria me esperando. E eu seria a mãe dos filhos dele.


Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora