Flor da Pele

Capítulo Cinquenta e Sete

Gente, vocês acreditam que eu esqueci que hoje é quarta-feira? Ainda bem que lembrei a tempo.

Sem enrolação: bom capítulo...

Ah! Estamos chegando no final.

* * * * *

Jogando a toalha

Mesmo sentindo falta de Will, estou melhor com ele (e Kazimir) longe. Kazimir disse que viajaria a trabalho, mas não saiu da cidade e William está em um processo complicado, por isso divide-se entre o escritório e o tribunal, isso quando sai do tribunal. Pelo menos posso colocar minha cabeça no lugar. Tenho certeza de que William é o amor da minha vida, mas fiz o que fiz com Kazimir porque preciso dele em minhas mãos.

Se eu fosse um homem e William e Kazimir as mulheres, ninguém me julgaria, não seria acusada de leviana. Mas eu sou a mulher da história, então a errada sou eu.

Mesmo tendo perdoado Vargas, pois sei que ele jamais colocaria as câmeras e microfones no apartamento do William, até se oporia a isso, eu ainda não estava falando com Mac, Alex e Dylon. Por isso a reunião estava tão tensa. Tudo o que eu precisava falar, dizia diretamente para Vargas, sem olhar para meus amigos; eu não conseguia parar de sentir raiva.

Tudo o que eu tinha pedido era para manter Connley longe da minha vida. Não entendo como todos podem dizer que ele me ama, ele nunca nem olhou para mim. Mas com essa coisa de "Sempre Fiel", parecem cachorros atrás do dono.

"Vargas, eu não sei se posso prosseguir com isso. Algumas missões exigem confiança plena de todos os envolvidos e eu não confio mais em algumas pessoas que estão na missão. Acho que elas mentiram demais para serem confiáveis. Vou cancelar tudo, esclarecer as coisas e pagar para ver o que acontece. Estou avisando para você, porque eu quero que vá ficar com meu avô, não quero que corra nenhum risco".

"Bella, é um risco desnecessá....", Vargas começa a dizer.

"Vocês estão dispensados. Arrumem outra pessoa para atormentar", e como se falasse apenas para mim afirmei, "Eu devo ser louca por achar que vocês poderiam gostar de mim como uma irmã".

Levanto-me e vou em direção ao meu quarto, estou tão cansada. Não era o final que eu queria, isso vai ser difícil, mas é a melhor saída. Deixo William livre para viver a vida dele.

Viver.

Dou de ombros e só então percebo que estou chorando, eu perdi tanto. Será mesmo que ainda tenho forças para abrir mão de mais?

"Pequena", Alex me abraça por trás embalando-me como se eu fosse uma criança, "nós não te traímos, muito menos mentimos para você. Seu pai te ama tanto, e ele sofre tendo que manter você longe dele. Mas faz isso porque acredita que assim ele pode te manter viva. Ele prefere você viva longe dele a ser apenas mais uma lembrança".

Solto-me do abraço de Alex e me fecho em meu quarto. Queria falar com William, contar logo a decisão que tomei. Sei que ele vai sofrer, mas ele vai me esquecer. Melhor assim.

Ouço Vargas me chamar e nem me incomodo quando ele entra no quarto.

"Bella tivemos tanto trabalho para colocar o plano em ação, isso vai deixar você livre para viver o que quiser. Nunca mais terá que se preocupar em ser seguida, em alguém te transformar em alvo. Os caras não fizeram por mal, eles queriam te proteger e que maneira melhor de fazer isso que usando a influência do seu pai. Anda vamos lá para a sala, precisamos nos acertar. William também está aí."

Volto para a sala desanimada, mas William está tão feliz, com um buquê enorme em uma das mãos e uma caixinha na outra...

"Pode ficar tranquila, eu sei que você não pode dar bandeira por aí com uma aliança. É só um cordão com símbolo da eternidade. Minhas irmãs também têm", explica.

Ele está tão lindo, parece uma criança feliz.

Aconchego-me em seu colo e fico quieta enquanto ele e os meninos conversam, de repente ele levanta meu rosto e pergunta porque tanta tristeza.

"Ainda estou chateada com eles. Quer saber, me dá seu celular. Edward, não, é a Bella, estou indo para o circuito, me encontra lá?! Quero correr até acabar o combustível ou me espatifar no chão, o que acontecer primeiro".

Adrenalina, é disso que eu preciso.