Flor da Pele

Capítulo Trinta e Oito

E hoje é quarta-feira? Ainda não. 

É o seguinte amores, os últimos 15 dias foram pauleira. Não tive uma folguinha e para piorar, passei o dia de ontem de cama , com uma crise de enxaqueca que quase me enlouqueceu. Foi por muito pouco que não fiquei mais maluquinha do que já sou.

Como sempre minhas amigas aqui do wattpad e dos grupos de leitores que seguraram a onda. E aí com tudo o que me aconteceu pensei: E se meus leitores também estiverem tendo uma semana, um mês, um ano pouco agradável? Um capítulo do livro não vai mudar a vida de ninguém, mas pode ser um momento de distração, que ajuda a tornar as coisas mais leves.

Obrigada a vocês por me ajudarem a deixar minha vida mais leve!

E vamos nos divertir com um capítulo fora do dia?

PS: A trilha me acalma e não ajudou nada na composição do capítulo, mas ela tem uma voz tão gostosa e tenho certeza que Bella e Will estavam ouvindo isso em algum momento. Ou ainda vão ouvir...

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Colocando o plano em ação

Após a longa reunião onde discutimos os planos até que estivessem completamente entranhados em nossas mentes e onde me perdi várias vezes divagando sobre assuntos que nada tinham a ver com o tema, passei a conviver mais com William. Ele ainda era um ogro, mas tinha algo mais lá. Cada dia que passava, ele me lembrava mais e mais do Shrek, havia talvez uma doçura mal disfarçada, ainda rosnava e grunhia, mas agora não batia no peito e imitava um homem das cavernas. Parecia verdadeiramente se tratar de uma pequena evolução da espécie. Ele fazia todo o possível para que eu ficasse confortável com a presença dele, nunca invadindo muito meu espaço pessoal, mas estando sempre perto. William suavizou seu tratamento comigo de tal maneira, que quando parei para analisar, começou parecer natural tê-lo ao meu redor.

Desde que meu apartamento e trabalho estavam definitivamente comprometidos e que era obrigada a fingir não saber disso para não despertar suspeitas em quem estivesse me espionando, praticamente vivia na academia onde eu e Alex treinávamos. Minha vida se dividia entre os trabalhos; sim, voltei a frequentar mais a boate, a tomar conta do que efetivamente era meu, já que todo o dinheiro investido na execução saiu da minha conta; e a academia. Ia pouquíssimo ao hotel. Sei que esse não era o plano original, mas não conseguia ficar sozinha naquele quarto, sem poder me comunicar com meus amigos. Tinha a sensação de estar abandonada, solitária e nem quando morei na rua esse sentimento tomou conta do meu coração. O fato de William ter passado a treinar na academia, também colaborou para que eu frequentasse mais o local, já que precisava conviver mais com ele para me acostumar à sua presença frequentar tanto a academia é que William passou a treinar lá todos os dias depois do trabalho, se eu tinha que me acostumar com a presença dele, precisava conviver com ele. E essa convivência me trouxe constatações diferentes do pré-julgamento que fiz sobre ele. William era um homem inteligente, engraçado, com senso de família e justiça que rivalizava com o dos meus irmãos.

Descobri que o futuro lorde Murray tem um senso de humor afiado e que gosta de velocidade. Não tanto quanto seu irmão Edward ou eu, mas ele também ama a adrenalina de uma pista de corridas e eu estava sentindo-me tão sozinha que nem pensei duas vezes, simplesmente liguei para Will e o chamei para dirigir em uma de minhas pistas prediletas, Cadwell Park.

O lugar é fantástico, quem conhece um pouco de corridas e automobilismo sabe bem o motivo de Cadwell ser chamado de pequena Nürburgring, simplesmente uma das melhores pistas do mundo. Graças ao meu irmão Jesse me tornei apaixonada por carros, motos e velocidade. No ano passado me inscrevi para as 24 horas de Nürburgring, uma emocionante corrida de carros que acontece em um dos mais antigos autódromos da Europa. Segredo: eu patrocino uma escuderia de corrida e tenho credencial de piloto. Meu avô odeia isso, diz que é coisa de meninos, mas eu amo! Amo! Amo!