Capítulo Oito

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Corridas e Perigos


"Vai, pode explicar, eu não entendo nada dessa coisa de flores e seus significados", Tonia não sabia se ria ou se continuava implicando comigo. "O que é que ele aceita? Casar com você ou ser mais um eunuco no seu já vasto séquito de homens que te seguem, mas não te tocam?".

Sem muita paciência para as implicâncias das duas as convidei para sair, depois de explicar que os lisianthus que enviei no dia anterior eram um pedido formal de desculpas.


"Vamos preguiçosas, são só onze da noite, deve ter algo para se fazer nesse fim de mundo, quero algum álcool e muita dança, mas nada de irmos para minha boate, estou proibida de pisar lá". Por essa nenhuma das duas esperava, pois elas sempre precisavam me arrastar para qualquer lugar que elas quisessem ir.

"Vargas, o que meu avô queria com você?", pergunto ao chegar ao térreo, mas já sabendo a resposta, porque sempre que apronto alguma coisa e isso é tão raro de acontecer, quem escuta é o Vargas. Me preparei para o sermão, sabia que depois de ter que aturar uma conversa com meu avô, Vargas não iria aprovar minha ideia de diversão para aquela noite. Na cabeça dele o melhor que eu poderia fazer era ficar em casa, assistindo filmes com minhas amigas. "Nada senhorita", e mais do que isso eu não conseguiria, ele sempre é tão lacônico. "Para onde vamos agora?", se limitou a perguntar. "Vamos não, estou indo para a pista e mais tarde vou encontrar com as meninas no clube, você pode ir descansar e deixe apenas um dos seguranças de prontidão no prédio, pois tem estado muito tranquilo ultimamente", disse subindo na moto.


Realmente as coisas andavam tão tranquilas, que pediam mais atenção, mas estou tão cansada disso. Não quero pensar sobre as ameaças e o medo agora. Prefiro aproveitar a calmaria e ir para o circuito correr enquanto posso.

Para correr sem medo e grandes riscos, criamos um grupo de apaixonados por velocidade e alugamos uma pista de corrida onde colocamos equipes de emergência para garantir que nada saia dos limites, paramédicos e ambulância para qualquer problema ou acidente que possa acontecer.


"Oh, veja só se não é a destruidora de bolas", grita Edward quando me vê chegando, gostaria que ele fosse um pouco mais sutil.


"Posso destruir seu ego ao te derrotar na pista? Aliás, sua mulher sabe que está aqui e que aqui também tem uma penca de mulheres?"


"Por favor, Bella, não me deixe parado muito tempo na linha de chegada, tenho uma esposa quente em casa me esperando", toda a diversão havia sumido de seu rosto.


"Okay, o perdedor paga uma rodada no Clube?", perguntei para animar um pouco.


"Feito"


Dois dos melhores corredores amadores da área disputando um mano a mano no circuito mais caro e exclusivo da cidade? Em menos de dez minutos já havia pelo menos duzentas pessoas no entorno da pista, acompanhando a disputa e apostando alto. O gerente da pista se aproximou para examinar as motos, os equipamentos de segurança e as condições da pista. Depois de tudo verificado, ele nos reuniu para os avisos finais, "Quarenta voltas crianças, sem tomada de tempo, vence quem cruzar na frente, sem regras, sem limites. Bella, você suporta essa máquina no meio das suas pernas por tanto tempo ou quer pedir para sair?". Máquina? ele quis dizer meu bebê, uma BMW S 1000 RR, vermelha e preta.

Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora