Capítulo Cinquenta e Três

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Sim, eu sei que hoje é quinta-feira. Sim, eu também sei que ontem tinha que ter publicado um capítulo, acontece que eu me distrai e esqueci de mandar para minhas betas queridas. Aí não teve correção e não pude matar todo mundo de curiosidade.

Meu plano saiu pela culatra, porque agora estou com a consciência pesada e para compensar não vou torturar vocês por uma semana inteira. Antes de domingo todas vão descobrir o que vai acontecer com a Bella...

Agora nós temos um jantar muito importante (confesso que os capítulos 53 e 54 são meus prediletos!)

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Jantares,  decisões e decepções

O jantar foi em um pequeno e aconchegante bistrô, no quarteirão francês de Londres. Vários diretores das diferentes subsidiárias de empresa estavam lá, e entrar no salão nos braços de Kazimir não foi tão simples quanto pareceu. Nossos lugares estavam reservados na mesa principal, ao lado de William, Edward e suas acompanhantes.

"Senhorita Farid, prazer em revê-la e tão disposta. Quando a deixei hoje a tarde estava com um pouco de dor, é... De cabeça, não? Senhor Antonov, fico feliz que agora sejamos associados, nos negócios", William era a mais perfeita encarnação do anfitrião simpático e ao mesmo tempo sarcástico.

A conversa fluía de maneira quase agradável, algumas vezes eu não prestava muita atenção, porque precisava me concentrar para evitar uma nova pontada de dor, e em um desses momentos ouvi William falando comigo, acho que ele repetia uma pergunta.

"Pois não senhor Murray, desculpe, estava pensando em quanto gostaria que vovô estivesse aqui."

"Eu estava justamente falando sobre ele, o ouvi chamá-la de Ameerah, o que significa?"

"Princesa. Meus avós me chamavam de princesa porque meu avô é sultão de um pequeno país, minha mãe seria a próxima rainha."

"Quer dizer então que o prepotente do seu pai, além de arrogante e general, seria rei de uma nação?"

"Senhor Murray, meus irmãos, que Allah os proteja onde estão, tiveram um pai. Eu não tive o mesmo privilégio. Por sorte, e nós acreditamos em sorte, assim como acreditamos em destino, eu tenho o avô mais amoroso do mundo, que faz de tudo para que esqueça os sofrimentos e humilhações que aquele homem me fez passar. E já que me olha tão aturdido, esse homem que o senhor diz ser meu pai, me odeia porque eu matei minha mãe", minha voz estava tão triste, tão baixa que não sei como alguém conseguiu ouvir o que falei.

Kazimir se remexeu um tanto desconfortável e segurou minha mão para tentar quebrar o clima ruim que ficou à mesa. Só então sentiu que eu apertava fortemente uma mão contra a outra.

"Você está bem querida? Quer beber alguma coisa?", ele se inclinou em minha direção, com o cenho franzido.

"Estou ótima habib, não se preocupe", teria sido mais convincente se minha voz não denotasse uma nova onda de dor. Bebi um pouco de água e tentei não pensar em mais nada.

Antes que conseguisse me concentrar novamente, William estava ao meu lado, "Senhorita Farid, não quero ofendê-la, mas como tem um acompanhante, preciso pedir a ele. Senhor Antonov, permite uma dança com sua acompanhante?"

"Se ela não se opuser. Mas por que o senhor e não o seu irmão?"

"O senhor já reparou que ele só dança com a esposa? A única exceção que ela permite são as mulheres da família".

Nesse momento Edward se aproxima "Ora não seja por isso, venha irmã, vamos nos acabar na pista. Kazimir, Bella agora é minha irmã porque Alex e Dylon são filhos de criação do pai dela e eles namoram minhas irmãs, logo ela é nossa... o que William? Concunhada? Irmã fica mais bonitinho."

Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora