Perdendo a Paciência.

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Alice Narrando

Na manhã seguinte acordei com meu celular tocando, o sol bateu bem no meu olho assim que o abri me cegando.

- Atende logo essa merda, eu quero dormir Alice. - Resmungou a chata da Júlia me jogando um travesseiro.

- Alô. - Minha voz saiu mais rouca do que já é por conta do sono.

- Bom dia, foi mal se te acordei. - Daniel falou do outro lado da linha.

- Alice porra vai conversar lá fora. - Eu bufei e levantei jogando o travesseiro nela de volta.

- Como você é chata. - Saí do quarto e fui pro sofá.

- O que aconteceu? - Perguntei e deitei no sofá, affs esse meu baby doll era uma merda de curto tenho que falar pro Carlos me trazer novas roupas estou começando a repetir as que estão aqui e preciso de mais roupas de dormir.

- Queria saber se você quer sair comigo mais tarde. Te liguei agora para não perder a coragem. - A porta do quarto do Gabriel abriu e ele saiu lá de dentro usando somente uma cueca box preta, nossa ele estava um tesão com seu cabelo loiro todo bagunçado. Essas tatuagens eram uma perdição e esse piercing no seu mamilo eu nunca tinha visto.

- Ok, horas? - Perguntei, e o Gabriel foi pra cozinha e ficou apoiado no murinho da cozinha americana me olhando com um copo de água na mão.

- Pode ser umas nove da noite? A gente pode se encontrar em frente a associação.

- Pode ser então tchauzinho. - Falei e desliguei.

- Quem era? - Levantei do sofá e puxei o meu shortinho de dormir mais pra baixo a fim de tampar um pouco mais minha bunda.

- Não te interessa. - ele me lançou um olhar assassino e eu mordi minha língua para conter um sorriso. - Sabe você deveria usar um short e não sair por aí só de cueca.

Ele levantou uma sobrancelha e comeu meu corpo com os olhos.

- Digo o mesmo, bote um short porque a carne é fraca né gatinha. - Bufei e revirei os olhos passando por ele e indo até a geladeira pra beber água.

- Só não olhar pra mim. - Falei e botei o copo em cima do balcão um pouco forte.

- Impossível, você pode ter uma boquinha inteligente mas na hora H sempre rola uma mordaça né. - Fechei meus olhos e balancei a cabeça pra jogar os pensamentos dele me amordaçando e depois me fodendo pra longe da minha mente, nossa que porra estava acontecendo comigo?

Acho que são os hormônios.

- Haha vai sonhando. - Ele riu e encostou na pia meus olhos viajaram pros pelinhos loiros que seguiam por baixo de seu umbigo em direção pra dentro da cueca.

- Vista ta boa hein. - Ele provocou e riu, desviei meu olhar e sai da cozinha pois isso estava ficando muito estranho.

Quando eu deitei no colchão de novo não consegui mais dormir pois sempre vinha imagens não muito inocentes na minha mente do Gabriel e eu fazendo tudo que tem direito na cama, porra me desculpe mas esse garoto pode ser a pessoa mais odiosa e chata do mundo mas o babaca é muito gostoso e pra uma pessoa que está há três meses sem sexo mais ou menos é difícil resistir a ter pensamentos pecaminosos com ele, estou cansada do meu amiguinho movido a pilha, eu tenho necessidades poxa e uma delas é transar com um homem de verdade e não com um vibrador rosa e bonitinho igual ao que tenho. Ta bom Alice já deu agora controle-se!

***

Faltava meia hora pra eu me encontrar com o Daniel e o Gabriel ainda não tinha saído, se ele ficasse em casa eu obviamente não iria sair pois ele com certeza iria me barrar. Eu me arrumei e botei um robe de seda por cima pra ele não vê minha roupa de sair me maquiei e fiquei trancada no quarto.

Assim que ouvi a porta da frente abrindo e fechando eu levantei e abri um pouquinho a porta do quarto pra poder espiar, ele ainda estava lá mas agora se agarrando com uma ruiva com o cabelo curtinho. Ele a puxou pro seu quarto e fechou a porta, agora é minha deixa pra sair deste lugar, peguei meu tênis e sai na ponta dos pés quando estava fora calcei a sapatilha e fui me encontrar com o Daniel que já estava me esperando.

- Nossa ta linda. - Sorri e agradeci.

- Onde nós vamos? - Perguntei curiosa e ele pegou minha mão.

- Pensei em comer uma pizza e da uma volta na praia o que você acha?

- Ótimo.

Gabriel Narrando

A Diana amiga da Júlia estava me dando um boquete delicioso essa menina era insaciável, hora queria trepar ou me chupar a e eu é claro amava, quando o meu rádio apitou e a voz do Pretinho ressoou pelo quarto. O tesão acabou na mesma hora.

- Qual foi chefe o Paulo deu o papo que a Alice saiu do morro já faz umas duas horas. - Ah porra claro pra acabar com a minha noite tinha que ter essa garota envolvida. Puxei a cabeça da Diana pra longe de mim e peguei minha cueca.

- Infelizmente eu tenho que ir Diana, mas você continue aí volto daqui a pouco. - Botei uma bermuda e joguei minha camisa no ombro saindo de casa e fui até onde os moleques estavam.

- Que caralho, a mina sai do morro há duas horas e vocês vem me falar agora? - Cheguei gritando com todo mundo, estava bolado por ela ter conseguido sair de casa enquanto eu estava lá e por ter tido um boquete interrompido, o bom era que já tinha ganho vários outros da Diana.

- Chefe o Paulo nem sabia que era pra ficar de olho na patricinha.

- Buceta todo mundo sabia nesse cacete. - Peguei o Paulo pela gola da camisa e olhei em seus olhos.

- Ela saiu sozinha? - Rosnei em seu rosto e ele ficou tenso, quase senti pena dele o cara era novo tinha só dezessete anos nem sabia manusear uma arma direito.

- Não, ela estava com o Daniel desculpe chefe eu não sabia mesmo. - Soltei ele e bati em seu ombro suavemente.

- Fique mais atento da próxima vez, agora desce lá e assim que esses dois voltarem me passa um rádio. - Ele assentiu e saiu correndo, Daniel esse filho da puta estava brincando comigo vou te que dar mais um aviso pra ele ficar longe da Alice de uma vez por todas, não consigo imaginar ninguém tocando nela a não ser eu.

Vou quebrar a mão desse babaca, ele já passou dos limites me tirando como otário, primeiro porque estava roubando morador do morro, depois comprou droga e não pagou, tranquilo ele estava pagando com serviços pra comunidade mas agora? Depois que eu disse pra ele ficar longe dela o desgraçado continua saindo com ela passando por cima de mim então está na hora de dar um alerta pra ele. Porra o cara não aprende, já estava perdendo a paciência com essa menina.

Domando o vagabundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora