Acabou a hora extra.

11.2K 912 60
                                    

Alice Narrando.

Eu tinha feito brigadeiro de panela e estava me engordando enquanto o Gabriel estava em algum pagode na comunidade, a Júlia tinha saído poucos minutos depois dele e eu como não quis ir fiquei sozinha com a Mel, não entendo porquê o Gabriel tem que ir em todos esses troços o Rafael pode fazer tudo por ele e foda-se.

Resolvi ver o filme "o garoto da casa ao lado", eu era super apaixonada por esse filme. Depois que eu acabar de comer isso vou ter que perder calorias, pois engordar não é comigo.

Quando estava no meio do filme a Mel começou a andar de um lado ao outro e latir, eu sabia que ela queria ir passear e fazer suas necessidades o Igor tinha treinado ela muito bem, levantei fui até o quarto e peguei sua coleira, sapatinhos e dois sacos plásticos fechei a porta e sai. Resolvi dar uma volta por esse lugar e conhecer um pouco, pensei na minha tia que morava aqui mas não fazia idéia de onde ela morava tenho que perguntar ao Gabriel se ele a conhece eu não vou muito com a cara dela mas amo minhas primas Laura e Lara, mas sou tão idiota que nem pensei em falar com elas pelo whatsapp.

- Sabia que você queria fazer isso. - Falei enquanto a Mel fazia xixi, e depois cocô. Me abaixei e limpei joguei o saco em uma lixeira próxima de um beco e quando ia voltar pra casa fui puxada pra dentro do beco enquanto tapavam a minha boca. Fui jogada contra a parede enquando a coleira da Mel soltava da minha mão.

- Como você pode ficar ainda mais bonita? - Fiquei paralisada e senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem, era ele aqui na minha frente o cara responsável por toda a minha miséria de anos atrás.

- Falei que ia voltar Alice, por você, sempre te amei desde aquele dia que te vi quando você ainda era só uma criança. - Senti o vômito subindo pela minha garganta, isso não podia estar acontecendo ele não podia ter me achado.

- Não toca em mim seu grande doente. - Gritei e tentei lutar contra ele, mas como sempre o desgraçado era bem mais forte que eu e me segurava sem nenhum esforço. E tudo voltou como um flash na minha cabeça quando sua boca encostou meu pescoço e ele tapava minha boca como se eu ainda tivesse doze anos, e como antes eu tentava sem sucesso me soltar e bater nele.

- Eu sei que você também me ama Alice. - Me debati enquanto sua mão passava pelo meu corpo, minha vontade era de morrer ali mesmo.

Eu não queria, mas não aguentava segurar minhas lágrimas e imaginar no que estava perto de acontecer, ele poderia ter envelhecido mas sua força continuava a mesma. Ele pegou a gola da minha camisa e rasgou ao meio depois começou a desabotoar suas calças e passar a mão pela minha perna, cai no chão tentando bater nele e gritar mas tudo ficou pior pois agora estava imobilizada pelo seu peso o maldito teve acesso ao meu sutiã e felizmente o fecho era na parte de trás e mais difícil de ser aberto.

Dei um grito abafado, ele estava tão próximo de mim eu iria ser estuprada agora pra valer pois ele estava tão próximo podia sentir o cheiro do seu hálito e sua ereção roçando minha perna enquanto ele lutava contra meu sutiã. E como um passe de mágica ele estava longe de mim e sendo jogado no chão com toda força, olhei confusa e fui me arrastando no chão pra longe eu podia sentir meu coração batendo muito forte e rápido contra meu peito e meu corpo tremendo enquanto as malditas lágrimas desciam sem parar.

Gabriel Narrando.

- Gabriel? - Ouvi alguém me gritar e olhei no meio da multidão de pessoas na quadra, era dia de pagode e geral estava lá. Percebi que quem estava me chamando era o Rafael e fui até ele.

- Fala aí.

- O Roberto. - Ele apontou pro meu celular em sua mão. - Tá doido atrás de tu. - Peguei o celular e sai da quadra pra poder ouvir melhor.

Domando o vagabundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora