Papai.

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Alice Narrando

Acordei era onze da manhã o Gabriel estava passando a mão pelo meu cabelo suavemente.

- Bom dia baby. - Falei com uma voz de sono, ele beijou minha cabeça.

- Bom dia gatinha. - Passei a mão no rosto e fui pro banheiro escovar os dentes.

- Acordou que horas em?

- Às nove. - Porra, ele se encostou na bancada onde fica a pia e me fitou. Dei um sorriso com a boca toda branca de pasta de dente.

- Estava pensando em falar com o Miguel hoje, sobre eu ser o pai dele. - Enxaguei a boca e me sequei com a toalha de rosto.

- Pode ser, mas eu não faço ideia de como falar com ele entende? - Ele acenou com a cabeça e sorriu, passando a mão pelo cabelo.

- Eu também não sei, mas eu estou doido pra ouvir ele me chamando de pai. - Sorri e fiquei na ponta dos pés e dei um beijo em seu queixo.

- Quer falar agora? - Ele sorriu, puxei ele pelo braço e fui até o quarto do Miguel, ele estava brincando com o tablet e com a chupeta na boca.

- Miguel. - Chamei e ele me olhou.

- Oi. - Sentei ao lado dele e o Gabriel no chão apoiado na cama. - Olha mamãe o Gabliel tem um desenho de menina. - Ele apontou pra tatuagem no braço do Gabriel e eu arregalei os olhos quando vi uma gata e abaixo escrito 'gatinha'. Ele me olhou meio envergonhado e sorriu.

- Não tenho culpa eu ainda pensava pra cacete em você. - Dei um beijo em seu nariz e depois em sua boca, ele era tão perfeito.

- Ecaaa. - Ouvi o Miguel reclamar e me afastei o Gabriel deu uma gargalhada.

- Então meu amor... - Comecei a falar e olhei pro Gabriel.

- Não sei como falar.

- Olha Miguel, além de seu amigo eu sou outra coisa sua. - O Miguel olhou ele com atenção, e tirou a chupeta da boca. -O que você acha que sou seu?- O Gabriel perguntou, o Miguel pensou muito antes de falar.

- Tio?

- Não.

- Plimo?

- Também, não. - O Miguel fez cara de emburrado e encolheu os ombros.

- Então não sei.

- Sou seu pai. - A cara que o Miguel fez foi impagável, seus olhos se arregalaram e ele botou a mão na boca.

- Meu pai? - Ele olhou pra mim por confirmação e eu balancei a cabeça em positivo, e o sorriso que ele abriu foi o maior e mais bonito de todos. Foi surpreendente, ele se jogou no colo do Gabriel e o abraçou forte.

- Eu não pensei que seria assim. - Falei e o Gabriel concordou.

- Agola posso te chamar de papai?

- Claro que pode, eu te amo pra caramba carinha. - O Miguel sorriu.

- Chegamos! Alice, Miguel? - Meu pai gritou e entrou no quarto, ele olhou pro Gabriel e pra mim e balançou a cabeça. - Miguel? - Ele se separou do Gabriel e olhou pro meu pai.

- Vovô! E a vovó? - Perguntou.

- Oi meu amor vovó tá aqui. - Ele sorriu e abraçou minha mãe, o Gabriel levantou e deu um abraço nela também.

- Fico muito feliz que você tenha conseguido a condicional Gabriel. - Ele sorriu, e beijou a mão dela.

- Só tenho a te agradecer Lívia.

Domando o vagabundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora